À la folie... pas du tout


Em português conhecido como "bem me quer, mal me quer", é um filme francês de 2001

Angélique (Audrey Tautou) é uma artista plástica que desenvolve uma paixão desmedida pelo médico Loïc (Samuel Le Bihan). A despeito de tudo o que seus amigos lhe dizem e de diversos acontecimentos que provam o contrário, Angélique persiste na idéia de que Loïc também a ama, transformando o que de início parecia ser um desencontro amoroso em uma perigosa obsessão.


Não posso falar dessa resenha sem mostrar como meus pensamentos sobre o filme mudaram a medida que o mesmo acontecia. Eu tinha uma opinião sobre como a história se desenvolveria, mas não foi NADA como eu imaginei. Por isso gostei muito do filme, já adianto que está na minha lista dos MELHORES que já vi.

O filme é com aquela atriz, Audrey Tautou, famosa na minha vida por ser a Amelie Poulain de Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain, mas provavelmente mais conhecida pelos filmes "Coisas Belas E Sujas" e "Código da Vinci". Já é um ponto positivo. Pra mim. O nome da personagem dela é Angélique, que remete a angelical, anjos, divino. Ela também é uma pintura.


O personagem que faz "par romântico" com a mesma é um cardiologista. Irônico, não? Afinal o coração é conhecido por ser o órgão que trata dos sentimentos. Num filme sobre amor, nada mais justo.

Então eu imaginei todo aquele conflito entre ciência e religião. De algum modo relacionei as artes com a religião e a medicina com a ciência. Inclusive há uma passagem do filme que mostra um conflito entre a racionalidade (ficar com o filho, mantendo a base familiar) versus a fé (ficar com a estudante, correr rumo ao inesperado).


Lembrei também da rosa do desenho animado da Bela e a Fera. Não parece? Ela tinha que ficar nessa redoma, senão murcharia. O que será que aconteceu? É engraçado como a rosa realmente faz um paralelo com o filme, já que mostra que o tempo para que o relacionamento floresça de verdade está acabando e que as coisas precisam acontecer urgentemente, senão...


É aqui que o filme muda e só consigo pensar que é incrível como algumas pessoas (como Afonso imaginando a briga imaginária e a vingança de Bianca para cima de Túlio) têm uma capacidade criativa infinita para imaginar situações complexas a partir de uma simples premissa.


"Há um mundo na minha cabeça, diferente do mundo real".

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