American Horror Story (Primeira temporada)


8 de Novembro de 2011. Ariane me recomendou AHS. Assisti 20 minutos do piloto, achei um saco e desisti. 7 de Dezembro do mesmo ano, Juliana recomenda. Vejo o piloto completo e um pedaço do segundo... e desisto. Daí agora, sexta passada, Lissa fala da série. Três pessoas não podiam estar enganadas. Em dois dias terminei de assistir. E é muito bom! (O errado era eu).


A ideia que eu tinha sobre a série é que ela era de terror. Por causa do nome. Horror. Terror pra mim significa ter susto, medo ou suspense. Depois que terminei a série percebi que ela não tem os dois primeiros ingredientes, mas o suspense... sabe aquela ansiedade para descobrir alguma coisa? Quando você assiste algo e passa a teorizar sobre o acontecimento e a resposta não está explicita? Esse é o sentimento. Tipo, mas não igual, a Lost.


Tudo que acontece em American Horror Story é horrível, mas a série tem um mérito impressionante em nos instigar a favor dela. Não é – e agora percebo isso muito bem – uma questão de susto. É uma questão de angústia. De incômodo. De medo. Mas não do medo que faz você gritar por conta de uma sombra, mas o medo que te faz temer a dor, muito mais que a morte.(Fonte)


O enredo é clichê, mas não seja enganado como eu fui. Há um casal (Ben e Vivian) com sua filha (Violet). Ben traiu Vivian e, depois de muita insistência, de modo a tentar superar o ocorrido e começar do zero, resolveram se mudar para um novo lugar. Sempre há esperanças que as coisas melhorem em um local novo, né? É que nem formatar o computador. A gente sempre acha que vai ficar mais rápido, mas vai ser tudo como antes ou pior. Divago.


Esse novo local é uma mansão dos anos 1920. Um local muito aprazível. Só que tem alguns poréns. A casa é muito barata e o casal HARMON questiona a corretora o motivo. Ela explica que a última família que viveu na casa (um casal gay) morreu por lá. Assassinato seguido de suicídio. Por isso o imóvel vale tão pouco. OH, MAS NÃO TEM PROBLEMA SENHORA CORRETA, EU NÃO ACREDITO EM ASSOMBRAÇÃO/FANTASMAS/ESPÍRITOS/ETC. Bom pra você. Sua crença não significa nada.


(Outro paralelo que faço com LOST é a casa. Tudo gira em torno do local. Igual ao que aconteceu na ILHA. E, não, a série não é "dos mesmos criadores de LOST". É do criador de Nip/Tuck).


Ao longo da temporada vamos descobrindo que não foi só isso que aconteceu por lá. Isso já se percebe no episódio piloto, mas não posso estragar a surpresa de vocês.


SURPRESA. Isso mesmo. A principio todos os personagens que vão sendo inseridos na trama parecem desconexos, estão lá apenas por estar, mas será que é assim? O que eles tem em comum? As pistas são dadas na história e cabe ao espectador, em um primeiro momento, tentar desvendá-las. Um verdadeiro trabalho de detetive.


(Mais uma semelhança com Lost. Ben lembra muito Jack. A razão. Sempre em busca de explicação para tudo. Ele se esforça demais para dar sentido as coisas, não quer acreditar/aceitar o que seus olhos veem).


A série nos joga um monte de perguntas, mas boa parte delas são respondidas no episódio seguinte. E é tudo bastante CRÍVEL, sabe? Para uma série com elementos sobrenaturais. A história é bem montada, as coisas fazem sentido. Quando você terminar de ver a série, talvez até queira revê-la. Porque quando as respostas são mostradas, o seu novo olhar assistirá já sabendo de tudo e frases como "AH, ENTÃO FOI POR ISSO QUE FULANO FEZ ISSO" ou "AGORA FAZ SENTIDO PORQUE ELA AGIU ASSIM COM ELE" sairão de sua boca (ou da sua mente, se você não falar com seu monitor).


(Ainda Lost. A série se passa no presente, mas sempre há flashbacks dos moradores, antigos e atuais. Esse recurso é usado para "costurar" algumas pontas soltas na história).


Eu não tô contando muita coisa para não estragar a surpresa de vocês. Pode confiar e assistir que o final não vai decepcionar. Não conheço muitas séries de terror (pra falar a verdade não lembro de ter visto nenhuma). Recomendo.


Para mais imagens da primeira temporada, visite meu tumblr: http://DiasComuns.tumblr.com.

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