Revolution S01E01-02


E aí, vocês tão vendo Revolution? Assistam! Já saiu o episódio 2... EU RECOMENDO. Tenho tantas expectativas sobre essa série que começarei a resenhar semanalmente ela aqui. O que escrevo a seguir se refere aos dois primeiros episódios da série.

A história se passa 15 anos depois do presente (da série) num futuro pós-apocalíptico. Alguma coisa aconteceu no mundo, não se sabe o que, e todas as formas de energia elétrica foram extintas. Nada funciona. Não temos eletricidade. O QUE HOUVE? FOI OBRA HUMANA? SE SIM, QUEM FEZ ISSO? QUAIS INTERESSES? Esse é um dos motes da série.


Nesse mundo, acompanharemos como uma família "comum" se portará sem todos os apetrechos da vida moderna. Como arranjar comida, onde tomar banho, qual água podemos beber, como lidar com estranhos... só que a família não é comum. Aparentemente o pai, Ben, esconde algum segredo sobre o apagão/blecaute global. A mãe, Rachel, também aparenta saber do que se trata, mas nada fala.

Um aspecto curioso é a forma de criar as crianças. Tenho essa impressão que Danny e Charlie são criados por Ben na expectativa da energia voltar... porem se passaram 15 anos e até agora nada, né? Mas tente se por no lugar do pai: deve ser difícil educar seus filhos em um mundo cujo você nunca foi preparado para lidar. Ele não nasceu num mundo sem energia e mesmo com as capacidades adaptativas dos seres humanos, Ben sempre vai se lembrar de como era mais simples antes. Talvez seja isso que mantenha sua sanidade (e de toda sua família). Por isso acredito que caso ele realmente esconda alguma coisa referente a maneira de trazer a energia de volta, deve ter vivido com essa esperança, não querendo que seus filhos se tornassem bárbaros (matar pessoas, chantagear, sequestrar, ameaçar, etc). Uma questão de valores. Para Ben, pelo menos.

(Pensei até em comparar com The Walking Dead, onde as crianças são ensinadas a se defender de zumbis desde pequeno, mas seria uma comparação estapafúrdia: se defender de zumbis é muito diferente de se proteger de outros seres humanos.)


A falta de energia elétrica também trouxe um colapso governamental. O governo dos Estados Unidos caiu e as regiões são controladas por milicias. Elas que detêm o poderio armamentístico. A região em que a família se localiza pertence a República Monroe. Monroe é nome do general e, 15 anos atrás, era amigo de Miles, irmão de Ben (o pai da família).


A história começa a ANDAR, por assim dizer, quando a milicia encontra Ben e quer levá-lo para um interrogatório a respeito da energia (sim, suspeitam que ele saiba de algo. POR QUE SUSPEITAM? NÃO SEI). Danny, o filho e irmão da protagonista (Charlie), tenta se interpor no caminho, porem isso só gera um caos: o vilarejo ataca a milicia que responde com FOGO e Ben acaba morrendo. Danny é capturado.


Veremos então os esforços realizados por Charlie para tentar resgatar seu irmão. Para isso ela precisará encontrar e solicitar auxílio do seu tio, Miles, o qual não vê há mais de uma década. Junto dela nessa QUEST (aventura) estarão sua madrasta, Maggie (Esqueci de dizer, a mãe dela estaria supostamente morta. Veja o PS ao fim do texto) e um nerd chamado Aaron (ele trabalhou no Google!).

(A série tem muito disso. De fazer referências aos produtos tecnológicos do nosso presente. No primeiro episódio, lembro dessa menção ao Google, enquanto no segundo é o iPhone).


Os cenários pós-apocalípticos são bonitos demais. Parecem aqueles documentários, mostrando a terra sem os seres humanos. Pra você ver como interferimos radicalmente em nosso meio ambiente...

Acho a protagonista muito meia boca. Não sei se é o roteiro ou é ela que não sabe demonstrar as emoções... infelizmente associo ela com Katniss de Jogos Vorazes, ai fodeu (porque acho Katniss infinitamente superior, mesmo que a comparação não seja valida, são situações semelhantes, porem diferentes. Em Jogos Vorazes há energia). Torço pra que a personagem evolua.


(E tenho grandes esperanças que isso ocorra! O background da história dela, sendo ameaçada desde criança, vendo sua mãe matar um estranho a sangue frio... ela só APARENTA ser mosca morta, mas estou aguardando grandes ações dela)

Outro ponto interessante do segundo episódio foi a loirinha, Maggie (a madrasta), que carregava o iphone pra todo canto, pois era o único lugar que guardava as imagens de seus filhos. Ela não as tinha no suporte usual (o papel). Uma bela crítica, né? Imagine hoje, nós guardando tudo aqui na internet e se rola um apocalipse por falta de energia não teríamos como acessar tais informações (ver fotos, ler livros, etc)

(E eu estou vendendo meus livros, migrando gradativamente para o formato digital. Se uma coisa dessas acontecer, não vou ter mais o que ler. Estaria lascado :P)


Sobre o capitão da milicia, o Tom (o espelho mágico de Once Upon a Time): creio que, de algum modo, sua família esteja sendo mantida em cativeiro. Por isso que ele faz o que faz. Mas é só uma teoria, talvez ele seja um psicopata, só que não quero acreditar nisso. Quando eles vão enterrar o miliciano, tive a sensação de que a série quer mostrar que não existe isso de pessoas boas de um lado e pessoas ruins de outro (maniqueísmo). A galera está apenas fazendo o necessário pra sobreviver naquela situação. Não dá pra julgar sem conhecer.


E por fim, voltando a Charlie (a protagonista), é legal ver que ela se choca com as coisas que os outros acham comum/normal. O lance dos escravos transportando o helicóptero foi um bom exemplo (lembrei daquelas figuras dos livros de História do colégio, onde mostram escravos egípcios carregando blocos imensos para construir pirâmides). Miles e Nora viram o mesmo que ela, mas nenhum dos dois tocou no assunto. Não se importavam com a situação, só com o seu umbigo. Ok, provavelmente estou ROMANTIZANDO a situação, mas não acho que devamos ser indiferentes aos problemas dos outros.

Traçando um paralelo com o hoje, vemos que é a mesma coisa: observamos impassivos as imagens na TV (ou em qualquer mídia) sobre um monte de desgraça e pensamos "é, é isso aí, o mundo é assim mesmo" e mudamos de canal. Conformismo. Não são muitos que se dispõem a mudar uma situação ou mesmo se importar com ela.

P.S.: Pelo menos descobrimos, no fim do segundo episódio, que "Juliet" está viva.


Semana que vem escreverei a resenha do terceiro episódio. A série sai as segundas-feiras nos EUA.

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