A corrupção, o iPhone e a Agenda Telefônica


Dia desses estava conversando sobre a COLEGA DA NAMORADA DE UM AMIGO MEU. Nesse clima de manifestações e protestos, essa colega esteve presente na Marcha da Família com Deus pela Liberdade 2013 manifestação sobre os 20 centavos (mas não é só isso!). Carregava, empolgada, uma cartaz "contra a corrupção" (oi? alguém já se pronunciou a favor dela?). Meu amigo então me contou que essa mesma garota, dias antes, havia encontrado um iPhone na rua. Ao invés de ir atrás do dono, foi desbloqueá-lo e usa-o até hoje.

Coerência.

Semana passada entregamos, eu e Batuta, o relatório do estágio de História. Ao nos encaminharmos para voltar para casa, encontramos um iPhone numa poça d'água. Fomos verificar a agenda telefônica (lista de contatos) para ver se encontrávamos algum nome genérico (PAI, MÃE, TIA, TIO, CASA) de modo a ligar e dizer que o aparelho estava em boas mãos. SÓ QUE NÃO HAVIA NENHUM. Todos os contatos tinham nomes próprios. Iriamos deixar pra lá e esperar a(o) dona(o) ligasse para marcamos de devolver, mas nem foi preciso. Uma garota super aperriada saiu do CCHLA tateando loucamente o chão e pensamos "só pode ser ela". 

- "É você que perdeu um iPhone?"
- "Sim, ele é de tal jeito, tem isso, isso e aquilo..."

Entregamos pra ela. 

Comecei a pensar então na minha lista de contatos. Ela não tem NENHUM NOME PRÓPRIO. São só apelidos que dei aos contatos. Por exemplo: Igor é "amIgor" (ok, essa é fácil), mas Ariane é Dorothy, porque ela é fã de O Mágico de Oz. Eu não tenho um "CASA/HOME", mas sim um "OZ". Porque "there is no place like home" (não há lugar como nosso lar). Só minhas tias tem "TXIA" antes. Como se fosse um carioca falando. Mas será que quem fosse ler entenderia?


Tomara que eu nunca o perca.

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