Black Mirror - Segunda Temporada


Ano passado eu conheci Black Mirror. Depois de um episódio já se tornou a melhor série que eu já vi, desde que nasci até hoje. Sim, sou exagerado, mas DESSA VEZ há fundamentação EMPÍRICA!

Nessa segunda temporada, as ideias de roteiro foram tão boas quanto as da primeira. Talvez até melhor!


O primeiro episódio da segunda temporada, BE RIGHT BACK, conta a história de um casal no qual um deles, o homem, falece. A mulher, claro, fica muito triste, não consegue aceitar a perda. Daí entra essa conversa da imagem acima. É sobre um programa de computador, inteligencia artificial, que coleta os dados do usuário disponíveis publicamente na internet e permite a garota "conversar" com essa I.A.

Só que não pára por aí. Essa inteligência, a principio aplicada apenas no chat (mensagens de texto), vai evoluindo e torna-se possível FALAR AO TELEFONE com a I.A. E depois, e depois? Um androide!

O grande barato desse primeiro episódio é a questão do desapego e da morte. Nem todo mundo lida bem com a perda de um ente querido. E se fosse possível continuar se comunicando, mesmo sabendo que é só um programa de computador? Será que VOCÊ faria isso? 


Em WHITE BEAR, a história se desenrola num futuro distópico. Uma garota acorda numa casa, não se lembra de quem é ou o que está fazendo lá. Ao por o pé na rua, várias pessoas começam a segui-la, tirar fotos e filmar. Ela tenta conversar com eles, mas ninguém interage, apenas OBSERVAM. De repente surge um grupo de pessoas que tentam MATAR a garota. Sem entender o porque, ela foge e recebe ajuda de outra menina, que explica o que aconteceu na imagem acima.

A principal crítica que percebi é a das pessoas que vivem a vida através das lentes das câmeras. Apenas olham, olham e olham. Não produzem nada, não fazem nada, não ajudam em nada. O Voyeurismo, né? Não no sentido sexual, mas da falta de interação. Tipo o Big Brother, sabe?

Esse é o episódio mais cheio de reviravoltas de toda a série!


Por fim, o último episódio da segunda temporada: THE WALDO MOMENT. Sabe aqueles políticos que aparecem mais pelas suas bizarrices do que pelas suas propostas em tempos de eleição? Então. 

Waldo é esse boneco azul da imagem acima. Em um programa de TV, está ele e dois políticos. Waldo começa a criticar o que eles fazem e a opinião pública passa a querer que o boneco SE TORNE CANDIDATO. O seu dublador não o quer, mas e daí? O boneco pertence a uma emissora, e se não for ele, será outro (dublador). Assim começa uma corrida política entre um FANTOCHE (literalmente) e duas pessoas "reais". 

Imagine o Marcelinho, dos contos eróticos, se candidatar a algo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologar a candidatura e ele, por ventura, vencer. Imaginou? E aí? Quem é o Marcelinho? É o dublador dele? É a empresa que detêm seus direitos autorais? São muitos questionamentos! E nesse episódio você vê um suposto cenário de como isso seria.

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