Aulas imaginárias #2: Como um aluno de História do ensino fundamental pode produzir um texto melhor?

O que é plágio?

Segundo a Wikipédia, baseada nos estudos de Ken Kirkpatrick e Lécio Ramos, existem cinco tipos de plágio:

1. Direto ou Integral: consiste em copiar uma fonte palavra por palavra sem indicar que é uma citação e sem fazer referência ao autor.
2. Parcial: é a ‘colagem’ resultante da seleção de parágrafos ou frases de um ou diversos autores, sem menção às obras.
3. Conceitual: é a utilização da essência da obra do autor expressa de forma distinta da original.
4. Plágio Mosaico: é o tipo de plágio mais comum. este plágio acontece quando o ‘plagiador’ não faz uma cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada frase ou levemente reformula um parágrafo, sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou frases não são citações, mas estão tão próximas de ser citações que eles deveriam ter sido citados ou, se eles foram modificados o bastante para serem classificados como paráfrases, deveria ter sido feito referência à fonte.
5. Autoplágio: consiste na apresentação total ou parcial de textos já publicados pelo mesmo autor, sem as devidas referências aos trabalhos anteriores.
Ao que devo me atentar quando leio um texto?

Sabe aquela criança chata, que fica fazendo birra com os pais, perguntando o “porque” de tudo? Então. Seja aquela criança. Questione. Investigue. Informe-se. Para ajudar você a saber COMO fazer isso, sugerimos um método conhecido como “5w+h”. Ao fazer a leitura de um texto qualquer, atente-se em perceber esses 6 pontos:

Who – Quem?  
What
– O Que? 
When
– Quando?
Where – Onde? 
Why
– Por que? 
How
– Como?

Esses questionamentos podem (e devem) ser usados como um GUIA na sua pesquisa e, consequentemente, na produção de um texto PRÓPRIO. Devido ao fato de não ser possível responde-las diretamente com um “sim” ou “não”, é necessário conhecimento sobre o tema.

No caso especifico da história, sugerimos pensar da seguinte maneira:

Who – Quem são os personagens envolvidos? São pessoas? Países? Grupos étnicos? Religiosos? Minorias? Qual a importância deles? Por que?
What – O Que estava acontecendo no mundo? E no Brasil? E na sua Cidade? Qual era o contexto da época?
When – Quando isso ocorreu (datas)? Tem a ver com algum outro fato histórico conhecido?
Where – Onde aconteceu? Numa cidade? Em um país inteiro? Em determinadas regiões? No mundo inteiro?
Why – Por que aconteceu isso? Será que as pessoas da época perceberam que isso poderia acontecer? Baseado em que você afirma/desmente a assertiva anterior?
How – Como ocorreu o processo?

Onde e como eu adquiro conhecimento? 

Quase TUDO pode ser usado como fonte de conhecimento.

Se tiver acesso a internet, o Google lhe oferece milhões de resultados para sua pesquisa. Por que se ater apenas a um ou dois sites? Pesquise 10, 20. Cheque as informações com outros sites. Veja se um deles não está apenas copiando outro.

Em casa você pode assistir um telejornal e saber o que está acontecendo no mundo e na sua cidade. Pode ver um filme e pesquisar em que ano ele foi feito e se o tema da história tem a ver com algum acontecimento. (Exemplo: V de Vingança é uma clara referência aos governos totalitários antes e durante a Segunda Guerra Mundial). É possível fazer o mesmo com um livro, mangás e histórias em quadrinhos (A Turma da Mônica possui várias história temáticas). Revistas como Veja e Carta Capital tendem a defender interesses, respectivamente, de “direita” e de “esquerda”. Ler ambas fará você perceber o cunho editorial das mesmas.

Na rua, preste atenção aos outdoors. Que produtos eles vendem? Que palavras são mais usadas para chamar atenção? Isso também vale para os comerciais de televisão. Repare também nas pichações e grafites. Alguns são bastante criativos e utilizam-se de palavras de ordem para requerer mudanças: Quais são elas? Tem a ver com a sua vida? Procure tambémvisitar uma biblioteca pública pelo menos uma vez ao ano.

Beleza, já tenho as informações necessárias, e agora, como produzo meu texto?
Uma coisa que acontece frequentemente é que, quanto mais se sabe de um assunto, mais dúvidas são criadas. Em outros casos, certamente você se verá diante de situações em que não saberá o que fazer com o excessivo número de informações que tem em mãos.

TENHA CALMA!!!

A primeira coisa que se deve pensar ANTES de produzir o texto é: FOCO. Sobre o que vou escrever? Como eu vou CONVENCER quem vai ler minha redação sobre as minhas ideias? Sabendo responder essas duas perguntas, já terás 42% do caminho andado.

Em seguida tente responder as questões do “5w+h”, uma por uma, da forma mais extensa que conseguir. Se conseguir pensar em mais “questões dentro da questão”, ÓTIMO. É sinal que você está começando a investigar o assunto. Ao fim desse passo, chegaremos a 83% de nossa pesquisa.

Os últimos 17% se referem a, de fato, escrever o texto. Já tens o esboço do passo anterior, então procure escrever seu texto de uma forma legível (caso faça a mão), coerente e coesa. Sugerimos que o faça de maneira cronológica, para não se perder e nem deixar o leitor perdido no assunto.

A medida que suas habilidades de escrita e argumentação forem aumentando, você pode até começar o texto pelo final! Por exemplo: “O Príncipe e a Princesa não viveram felizes para sempre. Isso aconteceu por diversos fatores que serão explicados ao longo desta história marca por tristeza, traição e trouxas

Fontes: Five Ws, Portal dos Estudantes, Plágio, TV Escola, Scielo, Vida.

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