CROUZET, Maurice. O Oriente e a Grécia. Tomo I. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1955.

A Mesopotâmia é a região banhada por dois grandes rios, Tigre e Eufrates. Dividida em alta, media e baixa mesopotâmia, apresenta terras férteis e terrenos montanhosos. Os povos que a habitaram recebiam influencias de outras civilizações e sua fragmentação em várias cidades-estados, precárias defesas naturais e conflitos internos, não permitiram que houvesse uma unificação duradoura na região. A cidade era a unidade política principal e cada uma delas “pertencia” a uma divindade diferente. O Soberano mesopotâmico tinha obrigações administrativas, militares e religiosas. No papel de representante dos deuses, intercedia a favor dos homens para garantir condições favoráveis à vida. Os Assírios são uma das civilizações que se destacam pelo seu poderio militar e o uso do cavalo como arma de guerra. O Código de Hamurábi revela  a existência de uma guarda real permanente, enquanto o resto da população é mobilizada apenas em caso de necessidade e recebem um soldo por isso. Na reinado de Hamurábi houve certo controle sobre as comunidades mesopotâmicas, onde o mesmo designava governadores para gerenciar estas comunidades. O Palácio é o centro de organização administrativa da mesopotâmia. É lá que o soberano está e onde escravos, soldados, servidores e escribas exercem algumas de suas funções, todos sob a supervisão de um intendente. Ainda no palácio havia os armazéns onde era acumulada a riqueza do estado. Este capital podia ser emprestado a título de juros, tornando o rei uma espécie de banqueiro. Os templos eram inúmeros na cidade e obedeciam a uma hierarquia, na qual o mais importante era o que representava a divindade da cidade em questão. Neles eram realizadas as cerimônias ritualísticas promovidas pelos sacerdotes e todas as classes sociais estavam representadas no templo. Também funcionava como administrador das terras arrendadas e possuía armazéns, depósitos, tesouros e comerciantes. A sociedade, conforme o código de Hamurábi, é dividida em três classes: a dos cidadãos livres, a classe intermediária dos subalternos e os escravos como bens imobiliários. Estes escravos eram supostamente estrangeiros e com o tempo haviam nascidos escravos no próprio país, tanto por pais escravos, como de pais livres. A libertação de um escravo se dava em comum acordo com o senhor por meio de um pagamento. Depois haveria o ritual da “purificação” para que ele se tornasse realmente liberto. A mulher possuía autonomia jurídica e podia pedir a separação com um motivo válido. Entretanto, apesar da monogamia vigente, o homem poderia arranjar uma outra esposa caso a sua fosse estéril ou não arcasse com os deveres do lar. Entretanto, a primeira continuaria sendo a “oficial”. A Agricultura era uma tarefa economia essencial para o bom funcionamento da sociedade.  A terra era preparada para o plantio, canais de irrigação e drenagens eram construídos, bem como reservatórios. A domesticação de animais exerceu um papel fundamental no trabalho de arar a terra, por exemplo. A região da mesopotâmia não era rica em recursos minerais. Estes eram importadas do exterior. Os comboios e os canais eram o meio de transporte para a importação e exportação de recursos.




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