FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala. 46. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.79-159.

Em Casa-Grande e Senzala é abordado, inicialmente, o porquê da aptidão dos portugueses a América tropical. Um dos fatores para isto é a influência africana na península ibérica. Outro fator é o clima propicio: Portugal está mais para um clima africano do que europeu.

A Pequena população portuguesa não impediu os mesmos de colonizarem diversas regiões. Uma das soluções usadas era engravidas as nativas. É traçado um paralelo entre as mulheres sarracenas e as índias brasileiras. Estas sociedades colonizadas pelos portugueses são, em maior ou menor grau, hibridas.

É retratado o antagonismo entre a cultura européia e a africana, que propiciaram a formação do homem português. Entretanto, não existe este português típico, segundo Ferraz de Macedo.

Os Portugueses, em relação aos outros povos europeus, conseguiram formar uma sociedade nos trópicos com características nacionais. Sua chegada ao Brasil trouxe uma mudança nos seus hábitos alimentares: a mandioca prevalecia sobre o trigo. Tudo por aqui era ou em demasia ou em déficit. Apesar das condições físicas adversas ao estabelecimento, os portugueses se esforçaram para “civilizar” os nativos.

As regiões tropicais, antes da colonização portuguesa do Brasil, serviam apenas para exploração comercial e das riquezas minerais. Após eles, a riqueza era criada no local, não mais apenas explorada. Foi assim chamada de “Colônia de Plantação”.

A Sociedade elitista desenvolvida na colônia era essencialmente patriarcal e aristocrática. A Família foi o grande fator colonizador do Brasil. Segundo Gilberto Freyre, ela era a unidade produtiva, pois construía fazendas, adquiria as ferramentas necessária para o desenvolvimento e detinha o capital para desbravar o solo. No caso do capital, foi a iniciativa particular que ajudou efetivamente a povoar e defender o Brasil. Outro destaque para a família colonial é que a mesma detinha funções econômicas, sociais e políticas (oligarquias e nepotismos).

A População vinda de Portugal para o Brasil consista basicamente nos degredados. Assim, o Brasil formou-se sem a preocupação de uma pureza da raça, pois para adentrar no território brasileiro era necessário apenas ser católico. Os Jesuítas garantiram esta unidade religiosa.


A Monocultura prevaleceu sobre o território. Isto teria trazido problemas a dieta da população. Segundo o autor, apenas os extremos tinham sua comida garantida diariamente (“brancos das casas-grandes e os negros da senzala”).

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