Pelada na praia

Foto meramente ilustrativa.


Dia desses joguei bola na praia com um grupo de italianos. Para um observador qualquer seria apenas uma SIMPLÓRIA pelada, mas não para mim. Com o peso da HISTÓRIA em meus ombros, rememorei que carregava um grande ESTEREÓTIPO na visão deles: de que todo brasileiro sabia sambar e era bom de bola. Sambar eu não sabia, mas futebol eu gostava e jogava até com certa freqüência. Não podia fazer feio.

Lembrei dos cinco campeonatos mundiais de futebol  masculinos em contraponto a TRAGÉDIA DE SARRIÁ. Percebi nos olhos dos italianos uma expectativa imensa. "o que esse GORDINHO brasileiro que pediu para jogar conosco pode fazer?" Temi ante a resposta! Dois eram adultos, um era da minha idade e os outros mais novos. Todos cheios de gás, enquanto eu não praticava uma atividade física há algum tempo.

Percebi que não podia fazer nada que tinha feito em jogos com meus amigos: não podia demonstrar cansaço, muito menos por as mãos nos joelhos aparentando fatiga; devia ir atras de  cada lance e correr sempre mais um pouco; não temer uma dividida; falar menos e jogar mais.

Demonstrando altivez, fibra, determinação, ginga, raça e técnica, joguei um partidaço: dois gols, uma assistência e um carrinho para interceptar uma bola que faria Dunga vibrar.

Venci e ganhei o respeito imaginário dos italianos (que não aguentaram mais e pediram para "dar um tempo"!).

Ciao.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Solubilidade dos Sais

O conto do monstro sem nome (The Monster Without a Name / The Nameless Monster)