Copa

De uma hora da manhã de uma sexta-feira treze, Igor me liga dizendo "se você quiser ir a copa, tem ingressos pro setor mais barato. TEM QUE COMPRAR AGORA!". No impulso, sem dinheiro na conta, sem carteira de estudante, mas com um cartão de crédito, consegui adquirir o meu. México contra Camarões. Parei de jogar LoL e fui dormir, porque recebi as instruções do amigo futebolista que deveria ir pegar o ingresso no cidade jardim O MAIS CEDO POSSÍVEL, para evitar filas e pessoas que fazem tudo de última hora (eu). 

Abaixo imagem do trânsito. 


CHOVEU O DIA INTEIRO EM NATAL. Após resgatar os ingressos, na volta para casa, atravessei uma LAGOA que se formou em uma rua genérica qualquer e os faróis do carro pararam de funcionar. Só fui perceber isso quando cheguei na residência. "Fodeu". Não tinha como dirigir assim, tendo em vista a quantidade SOBRESSALENTE de policiais pelas ruas. Sem dinheiro, solicitei carona a Igor, que prontamente recusou. Segunda vez que entro numa roubada por causa dele: comprei o Fifa 14 no começo do ano, recomendação, e odiei o jogo (PES <3). Deveria ter testado antes. IMPULSO.

Estava RESIGNADO a ir a pé até o shopping onde DEVERIA ter ônibus gratuitos para fazer o trajeto até o estádio. Mal conseguia sair da rua tamanha a força da correnteza. Consegui dinheiro emprestado com a vizinha e peguei um táxi. Pra não dizer que não falei das flores, Igor liga com REMORSO oferecendo a carona que tanto queria, mas já era tarde demais.

O taxista era TEMENTE A DEUS. Perguntou qual era minha religião. "Nenhuma", respondi". "Como assim?", replicou. "Não acredito em nada disso não". Silêncio. E então ele começou a contar a saga de como o SENHOR mudou a vida dele: que bebia muito, que a mulher se separou dele, pediu uma ordem de restrição e uniu-se a um traficante. Hoje ele namora várias garotinhas e a ex corre atrás, mas "eu nem dou bola". Bom pra ele, né? No fim das contas ele disse que gostou muito de mim. Sempre irreverentes esses taxistas! Curti.

Cheguei no destino.

Lembra dos ônibus 0800? SPOILER: LENDA URBANA. Não vi nenhum. Ouvi dizer que houve, mas eram poucos. Sei que a chuva tinha dado uma ACALMADA, as ruas não pareciam alagadas por aquelas bandas e eu não queria gastar mais dinheiro. Fui a pé. O que são 2 quilômetros, não é mesmo?

Do lado de fora nenhum VOLUNTÁRIO para dar instruções. Andei com a manada em busca do setor sul. Uma caminhada interminável.

Ei, mas o clima da copa só foi por mim percebido nessa caminhada. Mexicanos, Camaroneses, gente que falava francês, um monte de americanos... que coisa massa! A chuva não parava e a galera continuava animada, mesmo com tantos contratempos.

Na fila para entrar, tive que me despedir do meu guarda-chuva. Ninguém pediu identidade na hora de passar o ingresso, talvez pelo atraso na abertura dos portões. Lá dentro era praticamente o estádio AZTECA, apesar da imagem abaixo não deixar isso claro.


Sobre o jogo... bem, isso é o de menos, né? 3 gols anulados, México 1x0, euforia total. Apesar da chuva, havia muitas pessoas presentes no estádio, mas no setor que estava, o mais barato, muitos espaços vazios. Isso permitiu que eu sentasse ao lado de BRENO, que estava sentado em um local incorreto. Ao fim do jogo, peguei um guarda-chuva qualquer onde havia depositado o meu e recebi uma carona do meu amigo!



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