Consideração crítica acerca do trabalho “A IMPORT}ANCIA DO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NA INFÂNCIA” observada na CIENTEC

O trabalho enfoca a importância do ensino de línguas estrangeiras para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental baseado, tendo em vista que já existem leis que obrigam esta prática nos anos finais do ensino fundamental (6 ao 9º ano) e no ensino médio.
A justificativa para esse ensino nesta tenra idade é amparada em autores como Vygotsky e Bakhtin que afirmam que a infância é o melhor momento para a aquisição da aprendizagem, principalmente de línguas estrangeiras. Acredito que o prolongamento do tempo do aluno na escola com mais uma disciplina é benéfico no sentido da socialização e na questão da logística, pois muitas vezes pais inscrevem seus filhos em atividades extracurriculares (como cursos de inglês) em um horário diferente do da escola, fazendo com que a criança acumule várias atividades desde pequena, renegando assim seu horário de lazer e repouso.
A adição de uma nova disciplina nos primeiros anos do ensino fundamental necessitaria de reformas estruturais na escola, no sentido de prover ao aluno ambientes de distração e conforto para aguentar um longo período na escola.
Os aspectos apontados no trabalho para o ensino da língua espanhola e inglesa são fundamentalmente econômicos, percebendo assim a ótica marxista do mesmo. No caso da língua espanhola, justifica-se o ensino devido ao acordo do MERCOSUL, tendo em vista que os outros países da América do Sul compartilham esta linguagem. A língua inglesa é justificada pelos acordos comerciais com os EUA.
A justificativa é coerente, mas acredito que seguindo essa linha de raciocínio e analisando o contexto global, deveríamos aprender Mandarim, a língua chinesa, pois a China é, desde 2009, o maior parceiro econômico do Brasil e segunda maior economia global, sendo uma das que mais crescem no planeta.

Um ponto importante sobre o trabalho é que o mesmo objetiva não apenas aprender a língua por si, mas compreender a cultura estrangeira de modo a se relacionar e comunicar-se com os indivíduos estrangeiros (seja dentro ou fora do Brasil), dando ao aluno atributos que farão com que o mesmo possa entender as especificidades dos estrangeiros. Isso é um ponto positivo no sentido de evitar estereótipos e preconceitos sobre o “outro”, o estrangeiro.

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