Até recentemente não tinha jogado NENHUM dos que comprei. Sim, puro consumismo (em minha defesa posso alegar que "estava tão baratinho, nem ia fazer falta!"). Então, 5 dias atrás, com as férias em vias de chegar, fui testar cada um deles. Bem, essa era a ideia, porque não consegui! Viciei em Evoland!
E por que me viciei tanto? A medida que joguei os primeiros 15 minutos do jogo, percebi que este nada mais era do que uma HOMENAGEM aos famosos RPG. O próprio game vai evoluindo conforme a historia avança, saindo de gráficos preto-e-branco pixelizados para formas coloridas e em 3D.
(Tenho esse problema de baixar jogos a partir das screenshots e do gênero. Por exemplo: nunca vou baixar um FPS, também conhecido como "jogo de tiro", ou algum MMORPG, aqui descrito como "jogo infinito que consome minha vida". Hack'n'slash e RPG sempre serão minhas escolhas principais)
Eu só exclamava "que massa!", "que irado!", "essa cena lembra muito..." e todos os RPGs que joguei vinham na cabeça. O jogo torna-se mais e mais divertido a medida que o player (jogador) vai desbloqueando as novas features (recursos) da história. Por exemplo nessas duas imagens abaixo:
Você tem 256 cores exibidas. Bem parecido com gráficos reais, né?
"Você obteve a habilidade de entrar nas casas: agora podes invadir livremente a privacidade das pessoas!"
Ri alto nessas cenas. O jogo reflete, de forma cômica, diversos aspectos: se por um lado mostra como nós, jogadores, nos deslumbrávamos com as tecnologias da época ("Parece real!" e apontávamos para um gráfico, hoje, tratado como inferior), por outro foca a questão antropológica (Invadir casas de estranhos não é visto com bons olhos em nossa sociedade. Tampouco quebrar os vasos da casa de alguém em busca de itens poderosos).
E eu continuava rindo!
Além disso, o jogo também conta com várias referências a cultura pop: ora através de frases de Shigeru Miyamoto (criador de Mario, Donkey Kong, Zelda, entre outros) dentro das casas de certos personagens, ora com isso:
Que, pra quem não percebeu a referência, é a frase que Gandalf fala para o Balrog em Senhor dos Aneis:
Tá claro que tô apaixonado pelo jogo, né?
Tenho ciência de que a narrativa é totalmente genérica, focando na jornada do herói que, ao longo do seu caminho, encontra outros companheiros com diferentes motivações, porem com o mesmo objetivo: lutar contra o mal. Mas e daí?
As referências pop são o grande charme e diferencial de Evoland para outros jogos do gênero: brincar e rir de si mesmo. Sem os clichês, o jogo passaria totalmente despercebido!
Tenho ciência de que a narrativa é totalmente genérica, focando na jornada do herói que, ao longo do seu caminho, encontra outros companheiros com diferentes motivações, porem com o mesmo objetivo: lutar contra o mal. Mas e daí?
As referências pop são o grande charme e diferencial de Evoland para outros jogos do gênero: brincar e rir de si mesmo. Sem os clichês, o jogo passaria totalmente despercebido!
E é por isso que me diverti tanto jogando-o! Certamente o jogo não impactará a todos pelo apelo emocional: é um game de NICHO. Apenas quem teve a oportunidade de vivenciar as evoluções dos RPGs poderá experimentar, em sua totalidade, o sentimento de nostalgia que Evoland proporciona.















