Cambistas


Cambistas[1] são aquelas pessoas que vendem ingressos de forma a ter um ganho a mais pelo seu valor real, tirando a oportunidade das pessoas de adquirirem o ingresso pelo seu valor original. Se fosse empregado um conceito medieval, seria chamado de Usura[2], pois seria dinheiro gerando dinheiro, sem trabalho (Atualmente, no Brasil existe a lei da usura, que especifica o limite que pode ser cobrado para empréstimos pessoais).

É um emprego informal. Alguns devem ter outro serviço formal para custear os gastos na compra de ingressos.[3] Outros devem ter pedido dinheiro emprestado e após a primeira tentativa bem sucedida, pago-a e usado de seus próprios recursos. Talvez haja até uma máfia/cooperativa por trás de tudo (teoria conspiratoria?). O negocio funciona de maneira especulativo. "Um cambista pega um ingresso que já está disponível pro publico, compra em quantidades especulativos e depois revende cobrando mais caro. Se não houvessem cambistas, poderíamos comprar os ingressos por preços normais nas bilheterias. é um mercado paralelo."[4]

Nos casos que o cambista vende por um preço inferior da bilheteria, a culpa é do mesmo. "Fracasso na especulação"[4]. Para evitar um prejuízo maior, vendem como podem.

Duas conclusões sobre o assunto:

"Eu acho que é um meio de ganhar a vida que não viola o bem-estar de ninguém, só de quem não sabe moderar seus desejos. se está achando caro, não compre, opção de atividades gratuitas não faltam."[5]

"Viola sim o bem-estar de muita gente. Não tem nada a ver com moderar seus desejos ou não, é crime e está previsto na Lei. Certo, "Lei não é justiça". Quem pensa dessa forma, certamente NUNCA foi prejudicado ou não gosta de algo demais. Pois é, boa parte do povo brasileiro tem uma paixão chamada Futebol. Outros vão a shows regularmente, teatro ou coisas assim. E essas pessoas tem SIM seu bem-estar violado. Elas são ROUBADAS. Sim, roubadas. O Ingresso custa 10 reais, o cambista compra todos os ingressos, mesmo tentando comprar antecipado, já foram esgotados. Eles cobram 25 reais, 15 reais de lucro. O lucro dele é MEU DINHEIRO. Que se ele não tivesse cometido o CRIME, o ROUBO, ainda estaria comigo. Ano passado, na Série B, ingresso de 20 reais estava sendo vendido a 60, 80!! Ser indiferente a isto é coisa de quem não foi atingido. É a mesma coisa de eu não estar nem aí e apoiar a fome, corrupção, desde que não me atinja."[1]

Contribuiram neste post: [1] Igor, [2] Elias Gabriel, [3] Talis, [4] Elias Jacob e [5] Raoni.

A ilustração do post é a imagem de capa do livro "A Bolsa e a Vida" de Jacques Le Goff, que conta a história da Usura.

Mais sobre o assunto: wikipedia, tribuna Livre, os escorredores e discussão sobre cambistas na comunidade de um time de futebol.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Solubilidade dos Sais

O conto do monstro sem nome (The Monster Without a Name / The Nameless Monster)