Salvos pela "roda", o envelhecimento europeu e o problema dos imigrantes

O aumento do número de recém-nascidos abandonados – principalmente por imigrantes ilegais – tem feito alguns países da Europa reviver uma prática medieval: a "roda dos enjeitados". Instalados nas portas de igrejas e conventos, cilindros de madeira giratórios serviam para que mães deixassem seus filhos em mãos seguras, sem ser identificadas. Ao colocar os bebês no cilindro, elas tocavam uma campainha que avisava freiras e padres de que ali estava uma criança abandonada. A versão moderna da "roda" entrou em uso em hospitais na Itália, Alemanha, Áustria e Suíça. No lugar dos cilindros de madeira, o bebê é colocado num berço, através de uma janela que impede a identificação da pessoa que o deixou ali. O berço é aquecido e equipado com sensores que alertam médicos e enfermeiros sobre a presença da criança. Localizado em um bairro de Roma com grande concentração de imigrantes, o Hospital Casilino ativou o sistema recentemente. Na noite do último dia 24, o primeiro bebê foi deixado ali. Em quarenta segundos, uma equipe do hospital já estava cuidando do menino de 3 meses, a quem deram o nome de Stefano.
A história da "Roda dos Enjeitados"

A "roda dos enjeitados" foi criada em Marselha, na França, em 1188. Mas foi apenas na década seguinte que seu uso se popularizou. Na ocasião, chocado com o número de bebês mortos encontrados no Rio Tibre, o papa Inocêncio III mandou que o sistema fosse adotado nos territórios da Igreja. No fim do século XIX, o Hospital Santo Spirito, próximo ao Vaticano, um dos primeiros a dispor da "roda dos enjeitados", chegou a receber cerca de 3.000 bebês abandonados por ano. Sobrenomes comuns de famílias italianas teriam origem na "roda dos enjeitados". Entre eles, Esposito, que vem de "exposto" e Innocenti (alusão à inocência infantil). Um dos mais famosos usuários da "roda" foi o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que abandonou os cinco filhos que teve com a serviçal Thérèse le Vasseur. No Brasil, assim como em Portugal, ela era mais conhecida como "roda dos expostos" e funcionou até meados do século passado, sobretudo nas Santas Casas de Misericórdia do Rio de Janeiro e de São Paulo. "De tão comum, Machado de Assis cita a 'roda' no seu conto Pai contra Mãe", diz Rosane de Albuquerque Porto, da Universidade do Sul de Santa Catarina, autora de uma dissertação de mestrado sobre o tema. No curta Roda dos Expostos, a cineasta Maria Emília de Azevedo expõe a dor de um filho abandonado por esse método. Todas as noites, o personagem volta à "roda", na esperança de reencontrar a sua mãe.

Fonte: Veja. Veja mais no Terra.

o número de crianças abandonadas na Europa do século XIX atingiu proporções ainda mais assustadoras do que as brasileiras. Frente a tal situação, vários países europeus reavaliaram o sistema assistencial herdado do Antigo Regime e progressivamente, a começar pela França, adotaram a política de "subsídios às mães pobres (...) para impedir que estas abandonassem seus filhos".

Fonte: Revista brasileira de história.

O que não é levado em consideração nesse texto é que as pessoas poderiam ter filhos em série, eximindo-se da responsabilidade, já que não teriam como ser identificadas. Clima de impunidade. Só iria aumentar o número de filhos e o conseqüente abandono (estou sendo pessimista).

Isso poderia acarretar um relaxamento na prevenção da gravidez, "opa, engravidei a mina, bora deixar lá no hospital".

Também pode-se abortar, mas isso já entra no plano mais ético-religioso. Você pode tomar um remédio por outras vias além da oral e isso pode acarretar esterilidade na mulher se não for bem realizado. O local pode ser ferido.

E com qual dinheiro o hospital custeará essas crianças? Não há referência sobre.

O que deveria ser feito é intensificar a prevenção contra gravidez indesejada (não só na Europa, que tem baixos índices de natalidade, mas principalmente em países do terceiro mundo, respeitando suas respectivas culturas).

O envelhecimento europeu e o problema dos imigrantes

Uma outra problemática é o envelhecimento da população européia, não citada no texto, mas implícito quando se fala dos imigrantes.

Por último, a estratégia de Lisboa aborda um dos problemas mais delicados da Europa: o do envelhecimento da população e as suas graves implicações nos domínios do emprego e do financiamento dos sistemas de segurança social e de reforma. É insuficiente a participação dos europeus no mercado do trabalho, em especial das mulheres e dos trabalhadores mais idosos. Ao mesmo tempo, o desemprego de longa duração tem carácter endémico nalgumas regiões da UE, e o desemprego em geral apresenta variações consideráveis de uma região para outra.

Outra texto cita que A Europa poderia ter sofrido uma redução de 4,4 milhões de habitantes em apenas cinco anos (1995 a 200), se não tivessem entrado cinco milhões de imigrantes, segundo se conclui de um estudo mundial publicado ontem.

Fonte: Europa.eu. Leia mais sobre como os imigrantes salvam Europa da redução de população e a imigração na Europa.

Podemos constatar esses casos quando vemos o problemas dos Muçulmanos na França, Turcos na Alemanha, Albaneses na Grécia e Itália, Iranianos na Suécia, Russos e Estónios na Finlândia, etc.

Mais disto aqui.

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