Os 10 melhores livros não best sellers
Nessas férias, Breno me perguntou quantos livros eu já tinha lido na vida. Após ouvir a resposta, disse: "por que você não faz uma lista com os 10 melhores que você já leu?". Só que eu gosto muito mais de 10 livros. Então eu resolvi fazer TRÊS listas. Essa primeira lista, os livros não best sellers, serão os livros que, acredito, não são tão conhecidos assim do público em geral. Os livros citados aqui englobam diversos gêneros (história, economia, romance, esportes).
As outras duas listas são de livros best sellers, aqueles super famosos, que todos já ouviram falar (suponho) e de livros escritos por autores brasileiros.
É muito provável que eu tenha esquecido algum nessa lista, porque alguns dos livros que li eu nem cheguei a comprar. Peguei emprestado ou algo semelhante. O primeiro lugar, por exemplo, li inteiro na internet, pois a editora, na época, estava com os estoques esgotados. Consegui lembrar porque realmente foi marcante.
Organizei a lista em ordem decrescente. Citei o nome do livro e do autor. Todos os aqui citados tem tradução para o português do Brasil. Botei também uma citação acerca de cada livro feita por outras pessoas e, quando há, um post meu acerca do mesmo.
Enfim, vamos a lista.
Décimo lugar
Livro: O livro negro do colonialismo.
Autor: Vários autores. Organização de Marc Ferro.
Nono lugar
Livro: Devagar.
Autor: Carl Honoré.
Oitavo lugar
Livro: O direito a preguiça.
Autor: Paul Lafargue.
Sétimo lugar
Livro: Free: o futuro dos preços.
Autor: Chris Anderson.
Acho que vou acabar comprando todos os livros de Chris Anderson que sairem no Brasil. Já falei de Free aqui.
Sexto lugar
Livro: Crime no colégio.
Autor: James Hilton.
Ótimo livro. Li quando era pequeno, mas nunca esqueci. Ótimo mistério.
Quinto lugar
Livro: Freakonomics: o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta.
Autor: Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner.
Já falei aqui. O livro tem uma continuação chamada Super Freakonomics, mas não botei na lista do top 10 porque seria mais do mesmo para vocês.
Quarto lugar
Livro: A cauda longa.
Autor: Chris Anderson.
Terceiro lugar
Livro: Portões de Fogo.
Autor: Steven Pressfield.
Já falei desse livro neste post.
Segundo lugar
Livro: Como eles roubaram o jogo: segredos dos subterrâneos da FIFA.
Autor: David Yallop.
Primeiro lugar
Livro: Belas maldições: as belas e precisas previsões de Agnes Nutter, bruxa.
Autores: Neil Gaiman e Terry Pratchett.
Também falei dele anteriormente aqui no blog.
As outras duas listas são de livros best sellers, aqueles super famosos, que todos já ouviram falar (suponho) e de livros escritos por autores brasileiros.
É muito provável que eu tenha esquecido algum nessa lista, porque alguns dos livros que li eu nem cheguei a comprar. Peguei emprestado ou algo semelhante. O primeiro lugar, por exemplo, li inteiro na internet, pois a editora, na época, estava com os estoques esgotados. Consegui lembrar porque realmente foi marcante.
Organizei a lista em ordem decrescente. Citei o nome do livro e do autor. Todos os aqui citados tem tradução para o português do Brasil. Botei também uma citação acerca de cada livro feita por outras pessoas e, quando há, um post meu acerca do mesmo.
Enfim, vamos a lista.
Décimo lugar
Livro: O livro negro do colonialismo.
Autor: Vários autores. Organização de Marc Ferro.
O Livro Negro do Colonialismo, como se pode imaginar ao olharmos para a miséria de mundo que vivemos hoje em dia, apresenta muitos capítulos, escritos pelos mais variados especialistas. Sua divisão se dá por espaço e cronologia – seguindo, aliás, as etapas da dominação. A primeira parte apresenta o suplício dos povos que inicialmente sofreram nas mãos dos europeus, e que, em minha opinião, foram os que mais sofreram na história da humanidade: o massacre dos povos indígenas – e nesse contexto, por assim dizer, um capítulo se dedica aos nativos da Austrália.
Porque eu acho que ninguém sofreu mais na história do que estes povos? Simplesmente porque eles foram dizimados de forma muito mais dramática do que qualquer outro povo. Peguemos como exemplo os judeus, que foram sistematicamente eliminados durante a II Guerra Mundial. Foi uma aberração da humanidade, ainda mais se pensarmos que chegamos até o século XX para testemunharmos isso, mas ainda assim foram “só” 6 milhões que morreram. Ao massacre dos armênios nas mãos dos turcos no início do século XX podemos pensar da mesma forma: milhões foram dizimados, mas a cultura persistiu, ambos os povos estão aí.
E quanto aos índios de todas as partes da América e da Austrália? Você conhece algum povo que mantém sua cultura preservada (não digo nem intacta, mas pelo menos íntegra), no México, no Peru ou no Brasil, depois de toda “assimilação”? Nos Estados Unidos, muitos dos povos tradicionais hoje são proprietários de grandes redes de cassinos... Os especialistas não chegam, e acho que nunca chegarão, a um consenso sobre a quantidade de gente que morreu durante a colonização da América, mas só para se ter uma idéia, alguns povos foram dizimados antes mesmo de entrar em contato com os europeus, vítimas de doenças espalhadas através de animais. Aos que sobreviveram, sobrou a desarticulação de seus antigos modos de vida, exploração, alcoolismo, degeneração moral, humilhação e finalmente assimilação. Renato Russo estava certíssimo, “todos os índios foram mortos”. (Fonte)
Nono lugar
Livro: Devagar.
Autor: Carl Honoré.
Vya Estelar - Como as pessoas devem fazer para existirem dentro de suas vidas, num dia que só tem 24 horas?
Carl Honoré - Uma das razões para sentirmos que não temos tempo suficiente para tudo ao longo de um dia, é o fato de vivermos numa cultura que nos encoraja constantemente a ter tudo, a fazer mais e mais coisas e até sentir-se fracassado se diminuirmos o ritmo, pararmos ou se fizermos menos coisas. A mensagem que temos a partir disto é que a melhor forma de utilizar o nosso tempo é preenchendo cada segundo com o máximo de atividade possível. Mas isto é um absurdo. Significa que nunca temos tempo para descansar e que nunca fazemos algo realmente bem-feito ou ainda que não conseguimos aproveitar as coisas de forma apropriada, porque estamos sempre com pressa.
Significa que colocamos a quantidade na frente da qualidade e que vivemos nossas vidas superficialmente. Uma vez que você percebe que essa é a forma errada de lidar com o tempo, a forma errada de viver, fica mais fácil mudar. Para muitos de nós, as mudanças começam ao diminuir o número de atividades extras na agenda, abrindo mais tempo livre para você. As pessoas podem trabalhar menos horas, ou assistir menos televisão (os brasileiros assistem mais de quatro horas de TV por dia e reclamam que não têm tempo, por exemplo), ou cortar parte das atividades extra-curriculares das crianças. Depende de cada pessoa a forma que essas mudanças serão implantadas no cotidiano. Mas o princípio é universal: fazer menos coisas possibilita parar de correr o tempo todo, dando assim o tempo necessário para o que é realmente importante. Isso nos dá a liberdade de descansar e de aproveitar a vida - assim como ser mais produtivo no trabalho. Em outras palavras, menos é mais.
Outra forma de conseguirmos mais tempo para nós mesmos, é se desligar um pouco da tecnologia que domina o mundo de hoje e invade nosso tempo privado. Celulares e laptops são instrumentos fabulosos e podem ajudar você a ser mais produtivo, estar socialmente conectado e, às vezes, até ajudam a relaxar. Mas precisamos usá-los de forma mais equilibrada. Precisamos desligá-los de vez em quando. Dessa forma teremos mais tempo para descansar e refletir. Teremos tempo para nós mesmos, sem interrupções. (Fonte)
Oitavo lugar
Livro: O direito a preguiça.
Autor: Paul Lafargue.
Seu texto mais conhecido é, provavelmente, "O Direito à Preguiça", publicado em Paris, em 1880; um panfleto que Kautsky considerou "uma sátira política magistral", Charles Rappoport chamou de "obra-prima de crítica ao regime capitalista" e Jean-Marie Brohm exaltou como um "clássico da literatura francesa".
Na época, os trabalhadores nas oficinas parisienses ainda trabalhavam em média 12 ou 13 horas por dia e, às vezes, as jornadas de trabalho se estendiam a 15, 16 e até 17 horas. A essa situação monstruosa ainda se acrescentava a circunstância de muitos operários estarem convencidos de que o trabalho em si mesmo era uma atividade dignificante e benéfica.
Lafargue insurgiu-se contra essa convicção, denunciando a "santificação" do trabalho promovida por escritores, economistas e moralistas. O trabalho, dentro de limites impostos pela necessidade humana do ócio e do lazer, é uma atividade imprescindível à autoconstrução da humanidade. Desde que passa a nos ser imposto em excesso, torna-se uma desgraça. (Fonte)
Sétimo lugar
Livro: Free: o futuro dos preços.
Autor: Chris Anderson.
Neste excelente livro, “Free – O futuro dos preços”, Chris Anderson (autor do best-seller A Cauda Longa) discorre de forma clara e envolvente como o crescimento da economia digital está mudando radicalmente os preços em direção ao zero. Um exemplo clássico é do Flickr que oferece até 200 fotos gratuitamente, e para os usuários mais avançados oferece a versão Premium. Este modelo é conhecido como “Freemium” no qual uma parcela pequena dos usuários pagam pela maioria que utiliza o serviço gratuitamente. Os principais argumentos são de o fato dos custos de armazenamento, distribuição e divulgação no mundo digital estarem caminhando para o zero rapidamente. (Fonte)
Acho que vou acabar comprando todos os livros de Chris Anderson que sairem no Brasil. Já falei de Free aqui.
Sexto lugar
Livro: Crime no colégio.
Autor: James Hilton.
Tudo começa, naturalmente, com um cadáver. Um menino morre, aparentemente de forma acidental, em sua escola, a tradicional Oakington. O diretor, preocupado com a reputação de seu estabelecimento (e com a possibilidade de o acidente não ter sido nada acidental), chama um velho aluno, detetive amador, para investigar o caso.
Colin Revell, o protagonista, é um detetive inteligente e culto, mas que eventualmente se embaraça nas teorias demasiadamente complicadas que elabora. A investigação faz com que desenterre memórias que deveriam permanecer esquecidas, provocando professores, inspetores e alunos ao limite de sua resistência psicológica. Cheio de surpresas e reviravoltas, CRIME NO COLÉGIO tem uma trama muito bem-desenvolvida e narrativa envolvente até a última linha. Um clássico pouco conhecido que, se não bastasse a boa história, já valeria pela fama de Hilton. (Fonte)
Ótimo livro. Li quando era pequeno, mas nunca esqueci. Ótimo mistério.
Quinto lugar
Livro: Freakonomics: o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta.
Autor: Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner.
À primeira vista, pode parecer que as situações abordadas por Levitt e Dubner beirem o trivial e tenham pouca importância em termos práticos. Entretanto, esta visão revela-se como enganosa a partir da leitura das primeiras páginas do livro. Além de seguirem uma linha agora tradicional em Economia – a de aplicar princípios econômicos às mais variadas situações da vida cotidiana, tradição esta iniciada por economistas como Gary Becker – os autores preocupam-se em confrontar explicações baseadas na chamada "sabedoria convencional". Este último termo é usado ao longo do texto para denotar idéias simples, convenientes e confortadoras, geralmente aceitas pela maior parte da sociedade, mas que não são necessariamente verdadeiras. Na verdade, essa definição do termo já fora empregada décadas antes por John Kenneth Galbraith, no seu conhecido livro A sociedade afluente. De certa forma, o fato dos autores basearem-se nos ensinamentos de autores com visões de mundo tão distintas como Becker e Galbraith apenas demonstra seu forte ecletismo intelectual. (Fonte)
Já falei aqui. O livro tem uma continuação chamada Super Freakonomics, mas não botei na lista do top 10 porque seria mais do mesmo para vocês.
Quarto lugar
Livro: A cauda longa.
Autor: Chris Anderson.
ÉPOCA - O que é a teoria da Cauda Longa?
Chris Anderson - A teoria da Cauda Longa diz que nossa cultura e economia estão mudando do foco de um relativo pequeno número de 'hits" (produtos que vendem muito no grande mercado) no topo da curva de demanda, para um grande número de nichos na cauda. Como o custo de produção e distribuição caiu, especialmente nas transações online, agora é menos necessário massificar produtos em um único formato e tamanho para consumidores. Em uma era sem problema de espaço nas prateleiras e sem gargalos de distribuição, produtos e serviços segmentados podem ser economicamente tão atrativos quanto produtos de massa. (Fonte)
Terceiro lugar
Livro: Portões de Fogo.
Autor: Steven Pressfield.
Um romance épico, retratando toda a grandeza dos conflitos e guerreiros que existiram durante a distante era em que os Persas estendiam sobre o mundo os vastos e irresistíveis braços de seu império. Diante dos olhos do escravo Xeones, um dos mais incríveis acontecimentos desta época tomou palco, e de sua boca saíram as palavras que mais tarde dariam forma e cor a este inimaginável evento: a Batalha das Termópilas. Este é um resumo (mas bem resumido mesmo) do que você deverá encontrar na leitura de “Portões de Fogo” de Steven Pressefield.
A narrativa é alternada entre o escravo Xeones e um dos historiadores do rei persa, Xerxes. Durante ela, além de conhecer mais e melhor os acontecimentos e personagens que estiveram envolvidos direta e indiretamente nesta batalha, é possível conhecer melhor também a essência dos notórios protagonistas deste evento: os espartanos. (Fonte)
Já falei desse livro neste post.
Segundo lugar
Livro: Como eles roubaram o jogo: segredos dos subterrâneos da FIFA.
Autor: David Yallop.
Para o jornalista inglês David A. Yallop, autor do livro Como Eles Roubaram o Jogo, o culpado pela transformação do futebol em negócio tem nome e sobrenome: João Havelange, o brasileiro que comandou o futebol mundial por 24 anos. No livro, Yallop expõe vários argumentos que colocam em xeque a lisura dos resultados de alguns jogos decisivos da Copa do Mundo. Mostra também como as conspirações e os interesses comerciais tomaram conta do esporte mais popular do planeta. Conspirações que, segundo Yallop, aumentaram sobretudo com a eleição de Havelange à presidência da Fifa, 1974, quando venceu o inglês Stanley Rous numa eleição marcada por denúncias de compra de votos. A seguir, algumas histórias suspeitas citadas no livro de Yallop. (Fonte)
Primeiro lugar
Livro: Belas maldições: as belas e precisas previsões de Agnes Nutter, bruxa.
Autores: Neil Gaiman e Terry Pratchett.
A história começa por volta de 6000 anos atrás, com o inusitado diálogo entre Arizaphale, o anjo do Portão Leste do Éden e Crowley, a serpente que tentara Eva a morder a maçã. Apenas uma pequena introdução para a trama que virá.
5089 anos depois, ou seja, 11 anos atrás, Crowley está muito preocupado com um parto em particular, pois dele nascerá o Filho das Trevas, a criatura que, nos nossos dias, seria o responsável pelo início do Apocalipse. Para que isso aconteça, essa criança deveria ser tirada secretamente de seus pais verdadeiros e entregue a uma família – cuja mulher também daria à luz a um menino na mesma hora e hospital – que o criaria sob preceitos satanistas. A idéia era a de que atingisse o ápice de seus poderes aos onze anos de idade. As coisas dão errado e o menino, Adam, tem uma infância normal. Mesmo assim, alheios a tudo isso, Céu e Inferno preparam-se para o Armagedon e mobilizam seus principais agentes na Terra: Arizaphale e Crowley. No entanto, há um pequeno problema com o qual nenhuma das partes envolvidas contava: o anjo e o demônio adoram a Terra e seu povo e não querem que tudo seja destruído.
Hoje é quarta-feira e os dois tem três dias para encontrar um meio de impedir que o plano inefável do Céu e do Inferno aconteça... (Fonte)
Também falei dele anteriormente aqui no blog.
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