A Árvore da Vida (The Tree of Life)

Se você tiver feito uso de ENTORPECENTES ou estiver particularmente inspirado e com uma grande capacidade de ABSTRAÇÃO filosófica, talvez você possa gostar de Árvore da Vida. Não era o meu caso, então achei chato. Acho que fiquei usando o “forward” nos primeiros 50 minutos do filme de tão LERDO que ele é.


Mas então: como os pais lidam com a perda de um filho? Como é sentir a dor de não ter expressado o quanto se ama alguém e perde-lo repentinamente? Como é remoer esses sentimentos e se arrepender do que fez (e do que não fez)?


A história aparentemente era sobre um casal que perde um de seus filhos (são três). Nós, telespectadores, não sabemos qual. A partir daí o filme começa a mostrar imagens da natureza, do universo, do céu, do sol, da terra passando por mudanças, etc. Tudo isso com uma música clássica ao fundo. Poético. Muito lindo mesmo. Mas o que isso tudo tem a ver com a história?


Não sei, mas tenho uma ideia. E a seguir possíveis spoilers ou falhas de interpretação da minha parte. Falei que precisava de abstração, né?

O pai e a mãe são mostrados como opostos, um é sisudo e rigoroso e a outra é leve e descontraída. Um dos filhos acredita que seu pai o odeia. Mas será isso mesmo? Ou será que o pai não tem outra forma de mostrar o amor? Mesmo o filho acreditando nisso, ele ainda se acha parecido mais com o pai do que a mãe. E a partir de certa idade começa a questioná-lo. Por que deve seguir o que o pai diz, se o mesmo não dá um exemplo?


Acredito que o filme proponha uma reflexão sobre a vida. Que acabamos por gostar das pessoas mesmo sem saber por quê. Até quando se tenta agir “racionalmente”, é difícil evitar o afeto. Quando o garoto diz “Eu quero ver o que você vê”, é como se ele tentasse se por no lugar do outro.

O final, pelo que interpretei, seria a união de toda a família em um suposto pós-vida. No além. Todos superando seus ressentimentos e ficando juntos. Mimimi. Achei peba.

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