Por que compro jogos se não os jogo? - Conclusão
Esta série de post (relembre aqui: parte 1, parte 2, parte 3) tinha o intuito de responder a uma questão pessoal: "por que compro jogos se não os jogo?", com foco no jogos distribuídos pelo programa Steam. A medida que conversava com amigos, fui percebendo que este era um problema bastante comum a quase todos eles. Nesse DESFECHO, irei enumerar e comentar algumas das respostas que pensei, bem como expor algumas opiniões que me foram feitas.
Vamos as conclusões.
A primeira tem a ver com o autoconhecimento/autocritica. É saber das suas limitações pessoais que impedem de finalizar um jogo. Essa série de posts foi toda sobre isso.
Esse é um ponto muito forte. A aparência do Steam é muito amigável (user-friendly). A primeira impressão causada pelo programa faz o usuário ter vontade de conhecer melhor a plataforma. Conquistado, ele passa a conhecer melhor as funções do produto. Com isso vem...
...essa "necessidade" de acumular as coisas, do fetiche de possuir o produto, de poder estar com ele sempre a mão (ou a um clique do mouse). Uma das razões pessoais que atribuo a isso, no caso dos jogos, é o que chamo de EFEITO PLAYSTATION. O que quero dizer? Na época do Playstation, tanto o 1 como o 2, os jogos piratas estavam facilmente disponíveis na internet ou em qualquer esquina por preços "ridículos": com 10 reais era possível comprar até 3 jogos. E eu comprava ou era presenteado com eles, sem contar os que baixava na internet. Cheguei a ter, talvez, mais de 150 jogos piratas. Se eu tiver finalizado 20, acho que é muito. Provavelmente esses que ZEREI são aqueles considerados "clássicos": Final Fantasy 12, Ico, Shadow of The Colossus, God of War, etc.
(Um parentese: acredito que jogar em videogame ainda traz menos distração do que no computador)
Outra razão para o Steam sobressair é, claro, as promoções (consumismo, oi!)! Ora, se CADA jogo fosse R$100,00 ou R$150,00, certamente nem estaria escrevendo isso. Por esse valor temos que ter PLENA CERTEZA de que usufruiremos ao máximo! Por outro lado, a classe média tem condições de arcar com R$30 por mês em 3 ou 4 jogos. Dizem por aí, os GURUS AMOROSOS, que a arte da conquista é muito mais gratificante que a próprio ficada, porque tem todo um desafio envolvido. Neste caso, dizer que ao conseguir o jogo, ele perde o valor, faz todo sentido. Isso casa bem com a próxima resposta que é a seguinte:
Compro porque posso. Isso soa meio arrogante, mas é a verdade e não podemos ignorá-la. Nem todo mundo possui dinheiro ou cartão de crédito para realizar as transações. As minhas escolhas se baseiam, através de imagens, trailers e opiniões de amigos, em games que considero que podem me agradar (você nunca vai me ver comprando um jogo de tiro, por exemplo). Apesar de poder comprar, isso não deve ser visto somente como um ato de esbanjamento, mas sim pela óptica de adquirir o que ambiciona com a intenção de jogar.
Isso não tem NADA A VER COMIGO. Eu tenho essa FIXAÇÃO por querer completar tudo até o fim, receber todas as recompensas, ver todos os possíveis finais, etc. Jogo - quando jogo - o tempo necessário para alcançar todas as conquistas. É como na frase a seguir:
Apesar desse pensamento estar voltado para quem joga, isso acontece bastante. Sim, há meios de finalizar o jogo procurando os DETONADOS na internet, mas qual a graça disso? O jogo desperta seu instinto investigativo e não há razão para que você use os avanços dos outros como se fossem seus. Simplesmente perde a graça ir atrás das respostas sem nem ao menos tentar. E se você tenta e não consegue, o caminho natural é o esquecimento.
Outro argumento que levanto, também pessoal, é a questão da nostalgia. Boa parte dos jogos que adquiro são do gênero indie, que além de serem "alternativos", ainda possuem muitos traços característicos dos primórdios dos videogames: são em plataforma, personagens pequeninos, medidor de vida, contador de tempo, possibilidade de game over ou continue, etc.
Esses dois comentários possuem algo em comum: a vontade de jogar em equipe (multiplayer) e a necessidade que o jogo seja breve. Usamos os jogos hoje como uma forma de socialização, de botar as conversas em dia. Nem sempre podemos sair de casa e ver quem gostamos pessoalmente, então fazemos isso pela internet. Os games preenchem, em certa medida, essa necessidade. A exemplo de League of Legends, outros jogos possibilitam uma partida breve, tais como: Age of Empires, centenas de jogos de tiro (CS, Battlefield, Call of Duty), StarCraft, WarCraft, etc. Até mesmo em MMO, dependendo da forma como se joga, juntar os amigos para completar uma QUEST em World of Warcraft torna o jogo "breve".
Em relação ao tempo, penso que somos uma geração cheia de PROCRASTINADORES, ou seja, de gente que deixa pra fazer tudo de última hora. Talvez não seja uma exclusividade nossa, mas com certeza é uma característica. Fruto da globalização, quem sabe. Muitos devaneios neste paragrafo. O que quero dizer é que protelamos demais nossas tarefas (não só em jogos, mas na vida), deixamos tudo para depois e as vezes nunca fazemos nada. As vezes me pego pensando:
No fim, acabo não fazendo nem uma coisa nem outra. Já aconteceu com você? Pois é. O que sempre me lembra o verso de uma canção:
E é isso. Encerro abruptamente esta série de posts com várias respostas levantadas, mas com a certeza de que existem tantas outras que sequer cogitei (cogitamos). No momento estas foram, para mim, suficientes e satisfatórias. E como eu não paro de me questionar, aqui vai uma difícil para você pensar:
Quando é que irei jogar esses jogos até o fim?
"Eu vi esse post [o primeiro da série] aparecer [na minha linha do tempo] enquanto tava comprando jogos que eu sei que vou demorar anos pra zerar." (BRITO, Ary)
A primeira tem a ver com o autoconhecimento/autocritica. É saber das suas limitações pessoais que impedem de finalizar um jogo. Essa série de posts foi toda sobre isso.
"Uma das coisas que eu mais gosto no Steam é que eu posso jogar e falar com os amigos facilmente." (RODRIGUES, Bianca)
Esse é um ponto muito forte. A aparência do Steam é muito amigável (user-friendly). A primeira impressão causada pelo programa faz o usuário ter vontade de conhecer melhor a plataforma. Conquistado, ele passa a conhecer melhor as funções do produto. Com isso vem...
"A gente compra pelo prazer mesmo, as vezes nem por querer jogar. É muito bom ver aquela lista da biblioteca CHEIA de jogos. Chega a dar uma felicidade! (BRÜCH, Guilherme)
...essa "necessidade" de acumular as coisas, do fetiche de possuir o produto, de poder estar com ele sempre a mão (ou a um clique do mouse). Uma das razões pessoais que atribuo a isso, no caso dos jogos, é o que chamo de EFEITO PLAYSTATION. O que quero dizer? Na época do Playstation, tanto o 1 como o 2, os jogos piratas estavam facilmente disponíveis na internet ou em qualquer esquina por preços "ridículos": com 10 reais era possível comprar até 3 jogos. E eu comprava ou era presenteado com eles, sem contar os que baixava na internet. Cheguei a ter, talvez, mais de 150 jogos piratas. Se eu tiver finalizado 20, acho que é muito. Provavelmente esses que ZEREI são aqueles considerados "clássicos": Final Fantasy 12, Ico, Shadow of The Colossus, God of War, etc.
(Um parentese: acredito que jogar em videogame ainda traz menos distração do que no computador)
"Acho melhor esperar e comprar meus jogos em promoções, porque pago mais barato para tê-los. Eu quero as coisas só quando não tenho. Quando consigo, elas perdem o valor" (CHINA, Afonso)
Outra razão para o Steam sobressair é, claro, as promoções (consumismo, oi!)! Ora, se CADA jogo fosse R$100,00 ou R$150,00, certamente nem estaria escrevendo isso. Por esse valor temos que ter PLENA CERTEZA de que usufruiremos ao máximo! Por outro lado, a classe média tem condições de arcar com R$30 por mês em 3 ou 4 jogos. Dizem por aí, os GURUS AMOROSOS, que a arte da conquista é muito mais gratificante que a próprio ficada, porque tem todo um desafio envolvido. Neste caso, dizer que ao conseguir o jogo, ele perde o valor, faz todo sentido. Isso casa bem com a próxima resposta que é a seguinte:
"A gente vai crescendo e o dinheiro para jogos sobe enquanto o tempo para jogá-los diminui e talvez até um pouco de paciência de zerar um jogo 100% como antigamente." (GOULART, Thiago)
Compro porque posso. Isso soa meio arrogante, mas é a verdade e não podemos ignorá-la. Nem todo mundo possui dinheiro ou cartão de crédito para realizar as transações. As minhas escolhas se baseiam, através de imagens, trailers e opiniões de amigos, em games que considero que podem me agradar (você nunca vai me ver comprando um jogo de tiro, por exemplo). Apesar de poder comprar, isso não deve ser visto somente como um ato de esbanjamento, mas sim pela óptica de adquirir o que ambiciona com a intenção de jogar.
"Eu ainda adoro zerar jogos, mas nunca zero 100%. Eu jogo a história principal, posso me esforçar para ver algum final alternativo. Mas 100% nunca." (STAMMATO, Alessandro)
Isso não tem NADA A VER COMIGO. Eu tenho essa FIXAÇÃO por querer completar tudo até o fim, receber todas as recompensas, ver todos os possíveis finais, etc. Jogo - quando jogo - o tempo necessário para alcançar todas as conquistas. É como na frase a seguir:
"Eu tenho sempre o sentimento de terminar querendo fazer tudo do jogo, mais como não consigo fazer tudo, eu não termino. Isso se prolonga ate o abandonamento do jogo antes do fim" (CHINA, Afonso)
Apesar desse pensamento estar voltado para quem joga, isso acontece bastante. Sim, há meios de finalizar o jogo procurando os DETONADOS na internet, mas qual a graça disso? O jogo desperta seu instinto investigativo e não há razão para que você use os avanços dos outros como se fossem seus. Simplesmente perde a graça ir atrás das respostas sem nem ao menos tentar. E se você tenta e não consegue, o caminho natural é o esquecimento.
Outro argumento que levanto, também pessoal, é a questão da nostalgia. Boa parte dos jogos que adquiro são do gênero indie, que além de serem "alternativos", ainda possuem muitos traços característicos dos primórdios dos videogames: são em plataforma, personagens pequeninos, medidor de vida, contador de tempo, possibilidade de game over ou continue, etc.
"Não consigo jogar muitos jogos da Steam porque geralmente são games que exigem um certo tempo disponível. Aquele que mais jogo é League of Legends que, quando estou a fim de jogar, entro e jogo por meia hora, mais ou menos. Se eu quiser parar, paro. Não preciso gastar horas para "zerar" (VILLELA, Pedro)
"Acho chato fazer as coisas sozinho, então geralmente os jogos que mais me divertem e consomem as minhas horas são aqueles que jogo com outras pessoas, ou seja, gosto mesmo é de interagir, fazer coisas em grupo, que não te deixam "sozinho" (RIGHI, Diogo)
Esses dois comentários possuem algo em comum: a vontade de jogar em equipe (multiplayer) e a necessidade que o jogo seja breve. Usamos os jogos hoje como uma forma de socialização, de botar as conversas em dia. Nem sempre podemos sair de casa e ver quem gostamos pessoalmente, então fazemos isso pela internet. Os games preenchem, em certa medida, essa necessidade. A exemplo de League of Legends, outros jogos possibilitam uma partida breve, tais como: Age of Empires, centenas de jogos de tiro (CS, Battlefield, Call of Duty), StarCraft, WarCraft, etc. Até mesmo em MMO, dependendo da forma como se joga, juntar os amigos para completar uma QUEST em World of Warcraft torna o jogo "breve".
Em relação ao tempo, penso que somos uma geração cheia de PROCRASTINADORES, ou seja, de gente que deixa pra fazer tudo de última hora. Talvez não seja uma exclusividade nossa, mas com certeza é uma característica. Fruto da globalização, quem sabe. Muitos devaneios neste paragrafo. O que quero dizer é que protelamos demais nossas tarefas (não só em jogos, mas na vida), deixamos tudo para depois e as vezes nunca fazemos nada. As vezes me pego pensando:
"Poxa, vou demorar tantos minutos para realizar isso. Vai demorar muito mesmo! Melhor deixar pra lá e fazer alguma outra coisa que seja mais rápida".
No fim, acabo não fazendo nem uma coisa nem outra. Já aconteceu com você? Pois é. O que sempre me lembra o verso de uma canção:
"NADA melhor do que não fazer NADA"
E é isso. Encerro abruptamente esta série de posts com várias respostas levantadas, mas com a certeza de que existem tantas outras que sequer cogitei (cogitamos). No momento estas foram, para mim, suficientes e satisfatórias. E como eu não paro de me questionar, aqui vai uma difícil para você pensar:
Quando é que irei jogar esses jogos até o fim?
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