Natal: um europrostibulo no Brasil?

A explosão do sexo turismo em Natal, com a praia de Ponta Negra como principal palco do problema, foi destaque negativo na edição do último domingo do jornal espanhol El Mundo, editado na capital Madri e um dos principais da Espanha. A repercussão negativa em terras espanholas foi comunicada ao secretário estadual de Turismo, Renato Garcia, através de Miguel Cantalapiedra del Castillo, diretor Comercial da Club Vacaciones, empresa que vende o destino Natal na Espanha.

Continue a ler na fonte: DN Online

A Materia em espanhol diz o seguinte:

A cada semana parte um vôo diretamente da Espanha para Natal. Durante quatro meses no ano, tem vôos que são duplicados. No total, 21 mil passageiros nacionais e com freqüência pessoas ávidas por sexo fácil e barato. Mas, que podem ter uma surpresa. E não vão ter coragem porque é muito difícil assumir: ‘‘transei com uma menina de 15 anos e me dei mal’’.

Apesar de alguns equívocos na materia espanhola (estado mais pobre?), a coisa é por aí mesmo.

Atualizado: 27/3/2007.

Brasil se destaca como `grande fornecedor´ em tráfico sexual

O tráfico internacional de mulheres movimenta US$ 32 bilhões por ano e escraviza um milhão de mulheres. E mais: o Brasil funciona como grande fornecedor de capital humano para alimentar uma crescente demanda, localizada principalmente em países da Europa como Espanha, Holanda, Itália, Suíça, Alemanha e França.

Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), lista as principais razões que favorecem a atuação de aliciadores no Brasil: o baixo custo operacional, a existência de uma boa rede de comunicações, o fácil acesso a bancos e casas de câmbio e a portos e aeroportos, a facilidade de ingresso em vários países sem necessidade de visto consular, a tradição hospitaleira da população em relação aos turistas e a miscigenação racial, fator que encanta os clientes europeus da prostituição.

O Ministério da Justiça brasileiro aponta Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás como os estados onde a situação é mais grave. Por outro lado, entre 1990 e 2004 apenas 72 inquéritos policiais foram instaurados para apurar denúncias de aliciamento de mulheres para o exterior.

Na maioria das vezes, a mulher é abordada por "olheiros" que atuam dentro da própria comunidade, e são convencidas por falsas propostas de trabalho e até de casamento no exterior para fugir de uma realidade que muitas vezes inclui a miséria e a violência doméstica. Não há estatísticas oficiais sobre o número de brasileiras escravizadas no exterior.

Em Portugal, no entanto, as autoridades estimam em quatro mil o número de brasileiras envolvidas nas redes de prostituição. Uma vez aliciadas e levadas para fora do país, essas mulheres dificilmente conseguem se desligar da rede de prostituição até que paguem sua "dívida" - a passagem e os custos de entrada no exterior são pagos pelos traficantes, que também retêm o passaporte da vítima.

Segundo a OIT, com a publicação do relatório “Uma Aliança Global Contra o
Trabalho Forçado” em 2005, a OIT estimou em cerca de 2,4 milhões o número de pessoas no mundo que foram traficadas. A entidade calcula que 43% dessas vítimas sejam subjugadas para exploração sexual e 32% para exploração econômica - as 25% restantes são traficadas para uma combinação dessas formas ou por razões indeterminadas.

Ainda segundo um relatório da OIT, os países industrializados respondem por metade dessa soma (US$ 15,5 bilhões), ficando o resto com Ásia (US$ 9,7 bilhões), Leste Europeu (US$ 3,4 bilhões), Oriente Médio (US$ 1,5 bilhão),América Latina (US$ 1,3 bilhão) e África subsaariana (US$ 159 milhões).

Segundo estimativas do escritório da ONU contra Drogas e Crime (UNODC), o lucro estimado com o trabalho de cada pessoa transportada ilegalmente chegue a US$ 13 mil por ano, podendo chegar a US$ 30 mil no tráfico internacional.


Fonte: G1.

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