Historietas de Leonardo - I

Antes de mais nada, um breve histórico de como Léo marcou minha vida. Até escrevi um testemunho para ele no orkut sobre isso. Vamos a ele:

Léo me deixou uma lição para a vida toda. Eu nunca esqueci. Aconteceu durante uma aula no Neves. Era manhã. O sol brilhava forte. Dois mil e quatro. Ele tinha acabado de voltar do Salesiano. Com certeza o destino o guiou até mim. Neste dia, meu celular travou. Simplesmente travou. Sabe quando o windows trava? Igualzinho. Só não fez barulho.

Léo então pediu-me emprestado o aparelho. Abriu. Retirou a bateria e colocou novamente. Milagrosamente o celular voltou a funcionar.

Obrigado, Léo.

Epílogo: alguns dias depois meu celular caiu no copo de água. E nunca mais funcionou.


Agora vamos a historieta dele.

Leonardo foi ao estúdio pegar alguns equipamentos para seu espetáculo no mesmo dia (ele é DJ). Dentro do local estava havendo um culto de crentes. Léo não deu muita importância. Assim que o culto foi encerrado, ele pegou o equipamento e deu no pé.

Todavia, um amigo dele do estúdio perguntou se era possível dar carona a um dos crentes ("maior arrependimento da minha vida", palavras dele).

Léo: opa.. boa tarde!
Crente: paz do senhor! boa tarde, graças ao senhor!

Entra no carro.

Crente: que o senhor nos abençoe!
Léo: como é teu nome?
Crente: "fulano", graças ao senhor.
Léo: vai pra onde?
Crente: pra "xxx"... se o senhor permitir.

E foi o caminho todo assim. O sinal abria: "foi o senhor". Tudo era o senhor. Quando deixei o bicho foi meia hora para se despedir, dizendo que o senhor estava em tudo,
que se não fosse pelo senhor nenhum de nós teria sobrevivido ao trajeto, que eu ficasse com o senhor, que o senhor estava nas arvores, nas bananas, nos gatos, cachorros, coqueiros e tudo mais.

E lembre-se: deus não é surdo.

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