Os 10 melhores livros brasileiros (que eu já li, claro)

Dando continuidade a minha lista de melhores livros com apenas dois meses de defasagem (veja o primeiro post aqui), apresento hoje os 10 melhores livros escritos por autores brasileiros. Ao que parece, não leio muita coisa da literatura nacional. Preciso balancear isso um pouco.

Bom, vamos a lista.

10. Atiria na Amazonia de Lúcia Machado de Almeida.

Botei só pra preencher a lista. Foi o primeiro livro DE VERDADE que li na vida, lá pelos 6 anos. As revistinhas da turma da mônica e do mickey não contam. Nem os livros ilustrados.

Com a ajuda do Falcão Peregrino, que está viajando para seu país natal no Ártico, a borboleta Atíria e o Príncipe Grilo viajam para o Jardim das Delícias, na selva amazônica. Mas, chegando lá, o Príncipe Grilo é sequestrado e Atíria encara muitos perigos para resgatar seu grande amor.


9. os donos da voz de Márcia Tosta Dias.

Esse livro me ajudou bastante na minha monografia. Foi a partir dele que descobri outros livros interessantes sobre a minha temática (música e internet). Recomendo.

Este livro oferece uma análise primorosa e inédita do funcionamento da indústria fonográfica brasileira e nos permite compreender os meandros da produção dessas mercadorias culturais.

A autora avalia os avanços da indústria fonográfica no mundo, examinando sua organização administrativa, seus critérios de produção, seus números cada vez mais astronômicos, suas fusões e seus produtos em série ou diferenciados. Traça um amplo diagnóstico da produção independente e lança questões instigantes sobre a difusão musical via internet, procurando estimar o impacto das novas tecnologias na manutenção do poder das grandes companhias.

Ela demonstra que são donos da voz não somente os grandes conglomerados empresariais, mas todos os agentes envolvidos na produção de músicas, mesmo os que ainda não têm acesso à grande difusão. Considerando o enorme potencial musical existente no Brasil, por mais que hoje esses donos ainda sejam poucos, a autora nos mostra, afinal, que a voz pode ser de todos.


8. Cultura: um conceito antropológico de Roque de Barros Laraia.

O livro trata do conceito de Cultura, modificado através dos tempos. Descobri o mesmo numa disciplina que paguei, História da Cultura, e ao invés de tirar uma xerox como é de praxe, comprei o livro.

O conceito de cultura é utilizado em dois registros bem diferentes: o do senso comum e o da ciência antropológica. No senso comum, podemos notar que cultura é utilizada para distinguir numa sociedade aqueles que receberam uma educação mais refinada e, portanto, podemos discriminar pessoas ao dizer que “não têm cultura”. Para a Antropologia, cultura é um conceito que define nossa imensa capacidade de criar diferentes soluções para a vida humana.


7. O Xangô de Baker Street de Jô Soares.

Apesar de nunca ter lido nenhuma obra original de Sherlock Holmes (me refiro as escritas por Arthur Conan Doyle), sempre vi o personagem em diversas outras mídias. Achei muito bem bolado essa ideia do detetive britânico viajar ao Brasil resolver mistérios.

Rio de Janeiro, 1886. A diva francesa Sarah Bernhardt pela primeira vez se apresenta no Brasil. O público se curva perante o talento de Sarah, incluindo o imperador Dom Pedro II, que lhe conta um segredo: um valioso violino Stradivarius, um presente seu à baronesa Maria Luíza, desaparecera misteriosamente.

Sarah então sugere que o imperador convide o famoso detetive Sherlock Holmes para investigar o caso. Dom Pedro II aceita o conselho e logo o detetive inglês concorda em viajar até o Brasil para desvendar este mistério.

Ao mesmo tempo, um assassinato choca a cidade e deixa em pânico o delegado Mello Pimenta. Uma prostituta fora assassinada e teve suas orelhas decepadas e uma corda de violino estrategicamente colocada em seu corpo pelo assassino. Enquanto o delegado busca pistas, Holmes e Watson desembarcam no Rio de Janeiro sem saber os perigos que os esperam: feijoadas, caipirinhas, vatapás, pais de santo e o poder de sedução das mulatas locais.

Nesta história, Sherlock Holmes, dr. Watson e o delegado Mello Pimenta vão percorrer as ruas da capital brasileira atrás de informações para descobrir o mistério do violino e encontrar o autor dos crimes que estão chocando a cidade.


6. As Mentiras que os Homens Contam de Luís Fernando Veríssimo.

Eu leio, releio, leio novamente e ainda acho graça. Dezenas de crônicas.


5. Cazuza: Só as mães são felizes de Regina Echeverria e Lucinha Araújo.

Quando eu era pequeno, ouvia MUITO Cazuza. A biografia dele só me fez perceber que os nossos "ídolos" são pessoas como a gente.


4. Peregrino do Tempo de Eduardo Piochi.

Viagem no tempo para várias épocas conhecendo vários personagens históricos durante a infância dos mesmos. Quem não queria algo assim?

Dois irmãos realizam uma viagem no tempo, da pré-história até o futuro, passando pelo Egito, Grécia, Bretanha, França e Índia, à procura de um mundo sem guerras nem conflitos, baseado na amizade. Ao encontrar esse mundo no futuro, o desafio é voltar e, em cada época, tentar implantá-lo.


3. O Caseiro do Presidente de Carlos Castelo Branco.

Mais um bom livro de crônicas no meu tempo 10. Estas aqui são da época que Fernando Henrique Carodso foi presidente do Brasil, mas contem outras crônicas sem esse caráter político. Vale a pena

As coisas desandaram mesmo na chácara do presidente. E Alencarino, seu caseiro, através de cartas, puxa a orelha do "Seu Fernando", para mostrar a complicada situação da propriedade, que vai rolando barranco abaixo com as invasões dos sem-terra, o descaso com a lavoura e outras bobeadas do patrão sociólogo. Do jeito que está, a vaca vai indo pro brejo. O personagem FHC marca sua presença em outros momentos deste livro, que também reúne crônicas sobre diversos aspectos da vida brasileira destes tempos neoliberais. Provocando gargalhadas que vão sacudir a República.


2. A Droga da Obediencia de Pedro Bandeira.

Sempre imaginei que esse livro fosse, um dia, ser adaptado para o cinema. Fala sobre uma droga que faz as pessoas esquecerem o limite do corpo e fazerem tudo que forem mandadas. Tipo zumbis, só que sem sede de sangue/carne.

O livro que iniciou a série com os Karas Uma turma de adolescentes enfrenta o mais diabólico dos crimes! Num clima de muito mistério e suspense, cinco estudantes - os Karas - enfrentam uma macabra trama internacional: o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga! E essa droga já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios de São Paulo. Este é um trabalho para os Karas: o avesso dos coroas, o contrário dos caretas!


1. A Batalha do Apocalipse de Eduardo Spohr.

Já falei do livro aqui. É uma batalha entre anjos pelo destino do mundo. É fantástico, um dos melhores livros que já li.

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o juízo final.

Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedom, o embate final entre Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heroicas, magia, romance e suspense.

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