sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Não Me Abandone Jamais (Never Let Me Go)

Eu tava com esse filme há muito tempo aqui no PC. Peguei ele lá em Bianca quando passei Dexter (ou era outra série?) pra ela. Isso foi num passado remoto, pois Bianca hoje nem facebook tem mais. E eramos mais amigos. Enfim. Não sabia nem qual era a temática tratada no filme, mas como ela indicou, acreditei na opinião dela.


Lembram daquele filme de 2005, A Ilha (The Island)? O filme era sobre um local que mantinha CLONES de pessoas ricas para, se fosse necessário, os mesmos servirem como doadores de órgãos. Os clones nada sabiam, achavam que o local era o último reduto humano da terra.

Never Let Me Go é semelhante. Digo mais: é baseado em livro homônimo do autor Kazuo Ishiguro.

Conta a história de três jovens, duas meninas e um garoto, que estudam no colégio Hailsham. A perspectiva do filme se dá pelas lembranças da infância de Kathy, uma dessas garotas.

A principio o espectador fica meio atordoado. A escola parece um colégio interno normal. Incentivavam a arte e o corpo saudável. O contato com o mundo exterior era raríssimo. A direção era rigorosa. Kathy, a garota que conta a história, se apaixonou por Tommy quando criança, mas Ruth FUROU SEU OLHO e roubou o rapaz da "amiga".


Daí você pensa: "romance bobinho". Antes fosse. O filme é MUITO triste. Em certo momento é explicado o porque daquela escola. Em uma sociedade distópica, a medicina avançou o suficiente para criar clones humanos perfeitos e estes serão usados como doadores de órgãos. Sim, nunca mais vai faltar SANGUE, CORAÇÃO, CÓRNEA. Nada. Porque existem os clones. Que a partir da idade adulta poderão (e irão, não tenha duvida) doar seus órgãos.

Muitos deles não sobrevivem até a terceira doação. Chocante. E essas coisas não são jogadas na tela EXPLICITAMENTE. QUE NADA! É tudo subliminar, o espectador (EU) percebe isso aos poucos e fica com várias perguntas na cabeça.


Exemplos: seu destino é inevitável desde pequeno? Não podemos mudar o curso das nossas vidas ou estamos submissos a vontade dos outros (família, governo, etc)? Por que as crianças, ao descobrirem a verdade sobre a escola não fogem? Afinal, não há uma segurança avançada como no filme que citei anteriormente (A Ilha). Por que elas não se rebelam? Por que são tão CORDEIRINHAS? Em certo momento da história, quando eles se tornam adolescentes, são soltos no mundo. Tem todas as chances de fugir... mas isso não acontece. Eles ACEITAM aquilo. POR QUE?!?!?!

São muitas perguntas sem respostas. Pretendo ler o livro para encontrar alguma delas. Ou talvez a história não queira nos dar respostas, mas sim levantar questionamentos. E, se for isso o objetivo, faz MUITO bem.

O pior é que em dado momentos eles são enganados. Porque acreditam num BOATO que diz que um casal apaixonado poderá adiar o momento de fazer a doação. Até mesmo nem fazer. E quando finalmente Kathy e Tommy expressam seus sentimentos e carregados de esperança vão falar com a antiga diretoria do colégio...


Eu recomendo muito assistirem. Deveria ter uma prequência para contar como a sociedade chegou a esse ponto. Os dilemas éticos, morais e etc. A irmã de Jordana, Layza, disse que assistiu um filme semelhante. O nome é Uma Prova de Amor (My Sister's Keeper). Observe a sinopse:

Sara (Cameron Diaz) e Brian Fitzgerald (Jason Patric) são informados que Kate (Sofia Vassilieva), sua filha, tem leucemia e possui poucos anos de vida. O médico sugere aos pais que tentem um procedimento médico ortodoxo, gerando um filho de proveta que seja um doador compatível com Kate. Disposto a tudo para salvar a filha, eles aceitam a proposta. Assim nasce Anna (Abigail Breslin), que logo ao nascer doa sangue de seu cordão umbilical para a irmã. Anos depois, os médicos decidem fazer um transplante de medula de Anna para Kate. Ao atingir 11 anos, Anna precisa doar um rim para a irmã. Cansada dos procedimentos médicos aos quais é submetida, ela decide enfrentar os pais e lutar na justiça por emancipação médica, de forma a que tenha direito a decidir o que fazer com seu corpo. Para defendê-la ela contrata Campbell Alexander (Alec Baldwin), um advogado que cuidará de seus interesses. (Fonte)

Com certeza esse será um dos próximos filmes que assistirei. E, novamente, RECOMENDO muito assistir NEVER LET ME GO.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Segredo dos seus olhos (El secreto de sus ojos)

Depois de 2 anos "mofando" no computador, tomei coragem pra ver o filme que Igor recomendou.

O protagonista é o ator Ricardo Darín. Já tinha visto um filme com ele antes. "Un Cuento Chino". Nesta PELÍCULA ele interpreta Benjamín Esposito, um detetive aposentado que, sem mais obrigações trabalhistas, deseja escrever um livro sobre o caso Morales, referente ao estupro seguido de morte uma garota. Essa menina LINDA abaixo:


O filme é contado através da perspectiva de Benjamín, mesclando o presente, com o protagonista aposentado, com as memórias do mesmo tentando solucionar o caso junto com seu parceiro Pablo Sandoval no passado. Aliás, Sandoval é o alivio cômico da história. No local onde trabalham, uma espécie de juizado, ele sempre atende o telefone dizendo ser de outro canto. Banco de esperma, quartel de guerrilheiros, etc.


A ideia que eu tive do filme enquanto assistia (eu evito ler as sinopses quando alguém recomenda algo) era que Benjamín iria, através das memórias do caso, conseguir decifrar quem era o responsável pelo crime. No tempo presente. Como se tivesse deixado de atentar a algum detalhe, Sabe? Esse seria o CLIMAX da história. Mas não é. Quer dizer, é. Mas há outro!

Uma das ideias abordadas na história é a questão da pena de morte. O marido da garota assassinada não deseja que o criminoso morra. Aliás, isso nem é possível na Argentina. Não há pena de morte. Para ele, a morte apenas alivia e não pune. Quem é punido são os entes que sofrem pela perda da pessoa amada. Ele no caso. E a história trata disso também, como o cara lida com a morte da mulher. No desenvolver da trama, Benjamín PROMETE que quando capturarem o assassino, este com certeza iria pegar prisão perpetua, mas...


Outro aspecto interessante é a questão da paixão. As pessoas podem mudar em tudo, menos nas paixões. Foi com esse raciocínio que conseguiram obter PISTAS para encontrar o criminoso. Talvez seja por isso que Igor me recomendou tanto esse filme (ou não). Porque a paixão do assassino era o futebol. O criminoso mudava de identidade, cidade, mas não mudava o time pelo qual torcia!


Assistam o filme e tenham em mente que o grande BARATO não é encontrar o assassino, mas sim o final. O final do livro que Benjamín escreve. Que será explicado ao fim do filme. Vou deixar claro: O final é ótimo! As vezes dá a impressão que a história se arrasta, mas não dê BOLA pra isso. O final vale o filme todo!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Poder sem Limites (Chronicle)

Para quem gosta de histórias com temáticas de "super heróis" mais realistas, tipo Hancock com Will Smith, onde o protagonista é uma pessoa como qualquer outra, com problemas comuns, ou até mesmo a série inglesa MISFITS (Nathan S2), onde delinquentes juvenis ganham poderes diversos após uma tempestade e usam para resolver seus próprios problemas, Chronicle é uma boa pedida. Pelo que me lembro, baixei o filme justamente por essa comparação que fizeram com Misfits (uma ótima série, mas que só vale a pena ver até a segunda temporada, pois o ator que interpreta Nathan abandonou o barco).

Chronicle conta a história de três alunos do mesmo colégio: o candidato a presidência do grêmio estudantil Steve e os primos Matt e Andrew. Steve é o rapaz mais "relações públicas", fala com todo mundo, sorri para todos, etc. Matt é mais filosofo, gosta de divagar sobre a vida e cita alguns autores durante a história. Menciono a citação sobre Schopenhauer, na qual o mesmo diz que "nossos desejos não podem ser realizados" e mesmo assim corremos atrás deles (e isso tem muito a ver com a história). Por fim, o protagonista dos protagonistas é Andrew. Ele sofre bullying de todos, inclusive de seu pai, um aposentado por invalidez que cerceia a liberdade do garoto. Sua mãe é adoentada e o dinheiro para conseguir os medicamentos é escasso.


Certo dia, Andrew ganha uma filmadora e começa a filmar (jura?) TUDO ao redor. Mais tarde, no mesmo dia, após uma festa, Steve e Matt chamam-no para filmar algo. Era um buraco em uma clareira. Todos entram lá. Há um "objeto", sei lá, parece meio alienígena. Os garotos começam a sentir algumas coisas e seus narizes começam a sangrar.

O filme então avança para alguns dias depois. Eles já estão cientes dos seus poderes e exercitam-os no quintal de casa. Não contaram para ninguém. É interessante perceber que mesmo fascinados pelas coisas que podem fazer, os garotos não se sentem deslumbrados. Pelo menos a princípio.


A ideia que eles tem é que o poder é como um músculo. É necessário exercitá-lo para adquirir mais habilidade de manuseio. Os rapazes então começam a praticar várias pegadinhas inocentes, como fazer o carrinho de supermercado de uma moça andar sozinho enquanto a mesma faz compras. Só que dessas PEGADINHAS acaba resultando num acidente (não fatal, felizmente). Então eles estipulam regras. Não usar o poder nas pessoas, não usar o poder enquanto estiver com raiva e não contar a ninguém sobre os poderes.

É sempre legal imaginar pessoas com poderes. Os principais que eles usam são o de voar e a telocinese. São apenas adolescentes normais que quando dominam a técnica, usam suas habilidades para ganhar popularidade. Sim, eles começam a fazer MÁGICA. O que faz perfeito sentido, afinal as pessoas acreditam que é uma ilusão e um mágico nunca revela seus truques.


Em certo momento, dada a popularidade, o poder começa a subir a cabeça. Principalmente de Andrew, devido a sua relação conturbada com seu pai e o estado de saúde da sua mãe. Ele começa a estudar sobre evolução e acredita ser um APEX PREDATOR (ou predador apex em português). É aquele que está no topo, que não possui predador nem mesmo na sua espécie. O estágio mais avançado da evolução. Nós, os humanos, somos o predador apex, pois nenhum animal concorre conosco (as doenças talvez). Temos como lançar mão de subsídios que nos permitem sempre ficar no topo. Vacinas, remédios, armas de fogo, etc.

O resto da história você confere assistindo ao filme. Perguntas que ficam após os créditos: Qual é a origem desse poder? Mais pessoas ganharam ele? O que aconteceu após os incidentes ocorridos no final do filme? Com certeza o filme merece uma continuação! Vale muito a pena assistir e é bem curtinho, apenas uma hora e meia.


Curiosidade: a Lança de Longinus, também conhecida como Lança do Destino faz parte do filme. Seria a lança do rapaz (Longinus) que ficou CATUCANDO Jesus Cristo na cruz. Só descobri que ela tinha esse nome após assistir o anime Evangelion (Que é um ótimo anime, mesmo o protagonista sendo um chorão. Ele evolui na história. Enfim. Divago). Observem as imagens abaixo.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ela namora um coveiro! (Embalsamador)


Garoteeenha
http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-ash4/217567_10150152976671459_1276445_n.jpg

Júlio
medo viu.
desse cara
hahaha
me transmite muito medo

Garoteeenha
ne isso que to pensando
auahuahuahauhauh
=X
onde eu arrumo umas figuras dessa

Garoteeenha
mas me diga oq fazer
com esse cara

Júlio
ele vai te prender num caixão e te enterrar
se voce o trair.

Garoteeenha
serio?
sera que ele vai me matar?
uahuahauhauh

Júlio
vai sim
mas so se voce trair ele.

Garoteeenha
pelo menos nao vou ter que pagar o enterro
ele me queima e pronto

Júlio
queimar?
isso nao faz ninguem sofrer

Garoteeenha
cremar
depois que ele me mutilar
ele me queima
e pronto
ninguem nunca nem descobrirá
e para ele é facil
tem um crematorio la

Júlio
minha filha
tu vai ser enterrada viva
vai ficar desesperada
10m debaixo da terra
o ar acabando
você se debatendo
pensando em tudo que fez e deixou de fazer
se mijando e se cagando no caixao
quebrando suas unhas tentando destrui-lo por dentro

Garoteeenha
e o bicho chorando
e me matando
pq ele nao pode ver uma pessoa chorando
que chora tbm
ai meu deus
ele ta online
eu nao quero responder e nao quero que ele veja que estou online
to com medo ja

Júlio
MEDO?!?!

Garoteeenha
vou fingir que deixei o computador ligado
vc FICA ME ASSUSTANDO
meu deus to ficando doida

Júlio
UHAUHAUAHUAHAUHUAUAHAU

Garoteeenha
ele fez um comentario muito esquisito: para mim vc é uma das poucas pessoas que vale mais enquanto ta viva
e deu uma risada
carai

Júlio
UAHUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHAUH

^^


Agora vou encenar um curta de Mew x Pikachu e uma corrida de Mario Kart!

Comprei no Lightake. É um site Xing Ling, tipo o Deal Extreme, com produtos baratinhos e frete grátis pro mundo inteiro. Tô satisfeito. Demorou só 19 dias para chegar.

A Árvore da Vida (The Tree of Life)

Se você tiver feito uso de ENTORPECENTES ou estiver particularmente inspirado e com uma grande capacidade de ABSTRAÇÃO filosófica, talvez você possa gostar de Árvore da Vida. Não era o meu caso, então achei chato. Acho que fiquei usando o “forward” nos primeiros 50 minutos do filme de tão LERDO que ele é.


Mas então: como os pais lidam com a perda de um filho? Como é sentir a dor de não ter expressado o quanto se ama alguém e perde-lo repentinamente? Como é remoer esses sentimentos e se arrepender do que fez (e do que não fez)?


A história aparentemente era sobre um casal que perde um de seus filhos (são três). Nós, telespectadores, não sabemos qual. A partir daí o filme começa a mostrar imagens da natureza, do universo, do céu, do sol, da terra passando por mudanças, etc. Tudo isso com uma música clássica ao fundo. Poético. Muito lindo mesmo. Mas o que isso tudo tem a ver com a história?


Não sei, mas tenho uma ideia. E a seguir possíveis spoilers ou falhas de interpretação da minha parte. Falei que precisava de abstração, né?

O pai e a mãe são mostrados como opostos, um é sisudo e rigoroso e a outra é leve e descontraída. Um dos filhos acredita que seu pai o odeia. Mas será isso mesmo? Ou será que o pai não tem outra forma de mostrar o amor? Mesmo o filho acreditando nisso, ele ainda se acha parecido mais com o pai do que a mãe. E a partir de certa idade começa a questioná-lo. Por que deve seguir o que o pai diz, se o mesmo não dá um exemplo?


Acredito que o filme proponha uma reflexão sobre a vida. Que acabamos por gostar das pessoas mesmo sem saber por quê. Até quando se tenta agir “racionalmente”, é difícil evitar o afeto. Quando o garoto diz “Eu quero ver o que você vê”, é como se ele tentasse se por no lugar do outro.

O final, pelo que interpretei, seria a união de toda a família em um suposto pós-vida. No além. Todos superando seus ressentimentos e ficando juntos. Mimimi. Achei peba.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fragmentos de um discurso amoroso


Em "Fragmentos de um discurso amoroso", Roland Barthes faz, grosso modo, um dicionário do amor. Mas esse dicionário não é, por assim dizer, rígido. O uso da palavra “discurso” do título da obra remete a dis-cursos, a ação de correr de um lado para o outro, idas e vindas. Sendo assim, um discurso está em constante mutação. Essas palavras presentes no livro, que o autor chama de figuras, cada um de nós pode preenchê-las com nossos próprios significados baseados em nossas experiencias amorosas. Roland Barthes usa referencias tanto da literatura, como a amigos próximos e a sua própria para atribuir significado a alguma dessas palavras.

Achei interessante a ideia do livro, pois tenta por em palavras o que cada figura representa no campo amoroso. É sempre legal fazer esse debate mental do que EU penso com o que os outros pensam e criar novos conceitos ou adequá-los aos seus próprios. É um bom livro pra ser debatido.


Alguns exemplos das palavras listadas pelo autor e seu respectivo significado:

Alteração: produção breve, no campo amoroso, de uma contra-imagem do objeto amado. Ao sabor de incidentes ínfimos ou de traços tênues, o sujeito vê a boa Imagem subitamente se alterar e ruir.

Ciúme: “sentimento que nasce no amor e que é produzido pelo temor de que a pessoa amada prefira um outro” (Littré).

Encontro: a figura se refere à época feliz imediatamente subsequente á primeira sedução, antes que surjam as dificuldades da relação amorosa.

Entender: percebendo repentinamente o episodio amoroso como um nó de razões inexplicáveis e de soluções bloqueadas, o sujeito exclama “Quero entender (o que está acontecendo comigo)!”

Espera: tumulto de angustia suscitado pela espera do ser amado, ao sabor dos mais ínfimos atrasos (encontros, telefonemas, cartas, retornos).

Identificação: o sujeito se identifica dolorosamente com qualquer pessoa (ou com qualquer personagem) que ocupe, na estrutura amorosa, a mesma posição que ele.

Imagens: no campo amoroso, os ferimentos mais profundos vêm mais daquilo que vemos do que daquilo que sabemos.

Mutismo: o sujeito amoroso se angustia pelo fato de o objeto amado responder parcimoniosamente, ou não responder, às palavras (discursos ou cartas) que ele lhe destina.

Objetos: todo objeto tocado pelo corpo do ser amado torna-se parte desse corpo e o sujeito a ele se apega apaixonadamente.

Por quê: ao mesmo tempo em que se pergunta obsessivamente por que não é amado, o sujeito amoroso vive na crença de que, de fato, o objeto amado o ama, mas não lhe diz.

Sedução: episodio reputado inicial (mas que pode ser reconstruído a posteriori) no decorrer do qual o sujeito amoroso é “seduzido” (capturado e encantado) pela imagem do objeto amado (nome popular: amor à primeira vista; nome cientifico: enamoramento)

Vale muito a pena ler e reler!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sword Art Online

Imagine que você, assim como eu, se diverte bastante jogando jogos (EU NÃO SEI COMO SUBSTITUIR ESSA EXPRESSÃO) online. Junta seus coleguinhas da cidade e da internet, escolhem um jogo e vão desbravá-lo (no caso dos MMO). Tudo é muito interessante, esse novo mundo tem animais exóticos, itens estranhos, você tem missões a realizar, faz novas amizades... bacana, né?


Acredito que muita gente, se tivesse oportunidade, passaria horas e dias a fio se divertindo assim. Não há nenhum revés nesse mundo virtual, seu personagem nunca morre pra valer.

Aproveitando esse contexto da nossa sociedade, onde uma boa parcela das pessoas querem permanecer 24h online, seja com celular, smartphones, tablets, porque temem perder A NOVIDADE que nunca chega ou a conversa que nunca acontece ou sei lá o que, foi lançado o anime Sword Art Online.


A história é a seguinte: um jogo para computador muito aguardado, no estilo MMO (tipo World of Warcraft ou Ragnarok), está para ser lançado. Os jogadores fazem fila na porta das lojas para comprar o jogo (que coisa antiga, né? não tem Steam no anime!), porque é um produtor famoso que ajudou a elaborar o sistema. Os jogadores que usufruíram do BETA dizem que o jogo é perfeito.

O diferencial do Sword Art Online (esse é o nome do jogo e do anime) é a tecnologia de imersão. Os players usam uma espécie de capacete que fica plugado na cabeça. Essa é a deixa para os acontecimentos subsequentes.


A história é contada a partir da perspectiva do protagonista, Kirito, um experiente jogador de MMO que participou do BETA de SAO, conhecendo assim muitos lugares do jogo de antemão (em relação aos novos players). A partir do momento que todos os jogadores estão conectados, o jogo começa. Depois de um certo tempo, alguns jogadores tentam fazer o logoff/logout, pois já estão cansados de jogar. É aí que a história inicia: é impossível se desligar do jogo. O capacete é conectado ao cérebro e se alguém no mundo real tentar removê-lo, a pessoa morre. Essa é a grande DESCULPA para o desenrolar da trama (será que não há nenhum ENGENHEIRO capacitado capaz de remover o capacete sem provocar danos aos jogadores?). Quando você aceita que NÃO HÁ, tudo faz sentido (eu aceitei).

Nessa hora o GM (Game Master, o moderador do jogo e também seu produtor, o famosão que falei há alguns parágrafos atrás) aparece e dá as "boas-vindas" aos jogadores. Explica que as pessoas irão morrer DE VERDADE caso morram no jogo, diz que a única maneira de escapar disso é zerando superando os 100 andares do mundo virtual), dá boa sorte e some.

Daí é aquele REBULIÇO. "FODEU, FODEU" seguidos de "só pode ser mentira". Mas como não conseguem deslogar, não há outra coisa a fazer, exceto continuar jogando até que apareça alguma solução. Concomitante a isso, aparecem noticias no mundo real sobre o que está acontecendo em SAO e as milhares de pessoas que morreram só na primeira semana de jogo. Um grande barato que ocorre logo após o sumiço do GM é a transformação que ocorre nas pessoas. Explico: imagine que você criou uma personagem feminina toda KAWAII, mas você é um homem. Então, graças ao aparelho lá (o capacete), sua fisionomia é inteiramente reprogramada. Agora você é realmente VOCÊ no jogo. Isso gera situações como essa:


Kirito, por já conhecer alguns cenários, parte numa aventura SOLO. Outros jogadores do BETA fazem o mesmo só que em GUILDAS. São conhecidos como A LINHA DE FRENTE. É o pessoal que será responsável por abrir caminho para os jogadores mais NOOBS (novatos). No andamento da história acontecem alguns EMBATES entre os noobs e os mais experientes, onde o primeiro grupo se queixa do segundo por eles terem completado as áreas com itens raros, não deixando nada para trás.

A medida que a história se desenvolve, Kirito vai conhecendo mais pessoas e sua ideia sobre viajar sozinho começa a se modificar. Ele é um personagem (personagem?!) muito forte dentro do jogo, mas não conhecemos nada sobre sua vida real, exceto que ele possui uma irmãzinha.


A questão da morte é interessante. Será que as pessoas morrem mesmo? Até agora o jogo não permitiu a entrada de novos jogadores, então é impossível para os players saberem o que está acontecendo no mundo real.

Outra pergunta que fica é: por que o produtor do jogo fez isso? Ele alegou que foi para privilegiar a experiência e imersão, mas é só isso mesmo? Sempre há algo mais nessas histórias.


Assim como na vida "real", no jogo há pessoas que fazem o mal. Os personagens que cometem assassinatos no game são identificados com um ícone vermelho acima de sua cabeça. Fazem essas ações reprováveis para conseguir itens raros ou mesmo a mando de alguém.

Outro ponto interessante é a questão da limitação física. Quero dizer... as pessoas, eu incluso, tendem a separar o mundo "real" (palpável) do "virtual", mas essa diferença é tão grande assim? Escrevi um texto há um tempo sobre esse tema: A limitação física não diminui os sentimentos das pessoas. Acredito que possa ser aplicado também para esse anime, afinal o que as pessoas sentem no jogo são os verdadeiros sentimentos dela. Não há fingimento. As emoções são reais. E nesse caso, não é apenas um jogo!


Sword Art Online ainda está em exibição no Japão, mas já considero um dos melhores animes que já vi (Estevam e Danilo, morram). É baseado em uma light novel escrito por Reki Kawahara. Posteriormente a novel (que ainda não terminou), foi criado um mangá baseado na mesma. Recomendo muito o anime para quem já vivenciou a experiência de jogar algum MMORPG. Há MUITOS elementos com os quais você vai se identificar. A abertura é bonitinha, o desenho dos personagens também e, até agora, não há nenhum CHORÃO dentro da história. Não criei antipatia por ninguém!

Existem uma dezena de fansubs legendando-o, então você vai encontrar fácil o resto dos episódios por aí.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Para as pessoas que estão namorando e não mostram isso para todos nas redes sociais


Rafael
aquela foto do keep calm eu copiei de uma amiga sua
que curtiu algo que falei
inclusive dei em cima dela

Júlio
onde quando quem

Rafael
e levei um fora, como de costume
kkkkk
******* alguma coisa

Júlio
ela tme namorado
tu tambem, hein? não perdoa nem as comprometidas
:B

Rafael
eh pq n aparece pow
foda viu
pq n botam lá

Júlio
é mesmo, tem isso.

Rafael
foda pow
nem foto dela com o cara tem
nada
nada mesmo
enfim
ela foi educada e tal
e eu n fui insistente
mas só um vidente poderia saber que ela tem namorado
=/

Júlio
HAHAHAH
voce tem razao
galera devia tirar esses mimimi de privacidade pra evitar esses transtornos

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O medo de ser mal interpretado

Tem muita coisa que evito escrever na internet com medo de ser mal interpretado. Porque as vezes escrevemos coisas só por escrever, mas a mente das outras pessoas projeta muitas conjecturas sobre se o que você escreve tem a ver com você. As vezes não tem, tá?

Então eu tava conversando com BRAINSHOOT (PF) e chegamos a conclusão que esse pensamento é besteira. Segundo ele "os caras não tem vergonha de compartilhar música de forró que só fala de bebida, carro e raparigagem, por que nós devemos ter vergonha de fazer algo mais reflexivo?". E ele tem razão, né. Não devemos ter vergonha de expressar nossas opiniões e sentimentos. AS MINAS PIRAM. Como ele disse no facebook, precisamos sair da ZONA DE CONFORTO e dar um salto de fé.

Mas é difícil.


Abaixo um diálogo para ilustrar.

PV diz (18:07)
quase todo dia eu tenho algum sonho
cheio de coisas loucas
coisas itneressantes
mas
que se eu falasse
ou publicasse
geraria mta especulacao sobre o que eu penso no meu dia a dia
sobre o que penso sobre conceito X
sobre o que eu gosto ou o que eu noa gosto
tinha um livro que eu tava escrevendo ha uns 10 anos atras sei la
que a historia era triste
o personagem passava por situacoes bastante triste e diversas vezes se perguntava o pq de continuar vivendo
era apenas uma historia
aih
de repente, quando comecei a mostrar
foi namorada achando que eu tava triste com a vida
gente achando que eu tava querendo me suicidar
o pessoal todo quer sempre associar com a vida do cara
que porra eh essa?
nao posso criar historias?
as historias precisam ser baseadas na vida do cara? nos sentimentos? vivencias do cara?

Júlio . diz (18:39)
sim
sim
sim
sim
exatamente isso.
hahaha
as pessoas tentam enxergar você nas historias.
acham que tudo que você escreve é na verdade uma forma de vocÊ falar de si mesmo em terceira pessoa

PV diz (18:40)
eh
ome
sempre tentam entender o que estah alem do escrito
sempre tentam deduzir coisas
soh que as vezes o autor simplesmente nao estah querendo dizer nada alem do que estah escrito
ou simplesmente eh uma arte ou poesia que o cara criou se colocando no lugar de um outro eu
mas ninguem entende

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Minha amizade com tweek


tweek
bora jogar aion

kursch
quantos gb?

tweek
15

kursch
nada, muito grande
btw, eu queria uma opinião sua
a respeito do nexus 7, surface e samsung galaxy tab.

tweek
e eu queria que voce jogasse aion comigo

kursch
é a vida
c'est la vie

tweek
tu é um otário.

kursch
vou te reportar.
por VERBAL HARASS

tweek
e eu vou te reportar por FALSE FRIENDSHIP

kursch
UAHUAHUAHUAA

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Acaso e Caos


Anteontem eu fui vender um livro pra uma menina no cidade jardim. Tava usando sandália e o piso tava escorregadio. Não havia essa placa ai em cima. Enfim. Chão liso, quase caia de cara ou bunda no chão, mas consegui manter meu centro de gravidade. Meu celular, por outro lado, foi arremessado. Talvez um movimento involuntário para me segurar em algo de modo a evitar cair (nem precisou e nem tinha no que segurar). Lá se foi o coitado, do chão não passou. Ele abriu, a bateria pulou fora e descarregou. Não totalmente. Ficou só um pontinho de energia. A qualquer momento ele descarregaria. Apenas na segunda-feira poderia carregá-lo, pois não tinha levado meu carregador pro apartamento.

Daí eu pensei: e se minha vida fosse um filme? Tipo BUTTERFLY EFFECT ou HAPPENSTANCE ou qualquer outro que envolva teoria do caos. Eu já imagino trilha sonora pra todo momento, então que mal há imaginar que é um filme? Então. Caso fosse nesse gênero, as atitudes do agora seriam refletidas no futuro. Tudo teria um motivo e mimimi. As oportunidades seriam criadas (não existiria isso de "agarrar" uma oportunidade, mas sim FAZER uma).

Nesse mesmo dia, a noite, fiquei trocando sms com uma menina (outra). Mensagem vai, mensagem vem, o celular descarrega. E telefone fixo, como se sabe, não envia sms. E o que eu poderia fazer pra continuar a conversa? Pegar o outro celular da casa (da minha mãe) e inserir meu chip nele. Mas esse seria o caminho fácil e não conveniente para um verdadeiro filme, né?

Decidi que assim que acordasse (era a madruga boladona naquele momento), iria CRIAR o evento que consistiria em conhecer os vizinhos do andar. Iria tocar a campainha de todos (são 4 por andar) até encontrar um carregador para o meu celular. E foi o que fiz. Mas nenhum deles tinha. Tentei também na academia do prédio, mas nada. O porteiro também não tinha. Ao todo, que me lembre, encontrei carregadores pra LG, Samsung, IPHONE... mas nada do meu Nokia. Que é um aparelho antigo, não tem essas entradas usb e miniusb. Mas mesmo assim acabei conhecendo (superficialmente, né?) algumas pessoas do prédio. Então se você observar por essa perspectiva, o escorregão não foi por acaso, né? Como diria Monty Python: ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE.

Minha vida é um filme.


Homens feios


Garoteeenha
entrei em um site de namoro
aqui
em 3 dias
recebi 100 msgs

Júlio
o que isso significa?
que tem muitos solteiros ai?
ou que voce é linda e absoluta, igual stefani?

Garoteeenha
o que vc preferir
e tem cada gato

Júlio
e quantos voce pegou?

Garoteeenha
nenhum

Júlio
por que?

Garoteeenha
to conversando por sms
com 4
mas so com os mais feios
eu nao sei pq
eu gosto de feio

Júlio
UJAHUAHUAHUAHAUA

domingo, 19 de agosto de 2012

Vai e volta

Sabe quando te chamam para conhecer um novo lugar e você não conhece o caminho? Esse lugar sempre parece mais longe. Quando se percorre a estrada pela primeira vez, não estamos acostumados com a paisagem ao redor, o ambiente, os sinais e demarcações. A rota que pegamos na primeira vez aliada as expectativas sobre o local torna-se nossa primeira impressão sobre o mesmo. Ela pode ser positiva ou não, mas se for necessário percorrer a estrada novamente, abriremos nossos olhos para olhar ao redor em busca de atalhos, bifurcações. Evitaremos os percalços e adquirimos novas formas de chegar ao nosso destino. O caminho não parece tão longo como da primeira vez, né?

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Minimalismo e Desapego

Já faz uns anos que sou adepto dessa onda minimalista. No sentido de economia. Economizar espaços e coisas. Sempre achei meu quarto pequeno demais para os objetos que tinha (centenas de livros, cds, dvds e action figures. Centenas mesmo). Depois de muitas reflexões percebi que o problema talvez não fosse o quarto, mas sim eu. Eu que queria TER coisas demais, mesmo que isso não faça sentido. Principalmente hoje, quando podemos dispor de 3 desses 4 itens virtualmente (oi, internet?).


Houve uma disciplina que paguei na universidade, Museologia, na qual me identifiquei bastante. O professor falava muito do "fetiche de colecionador". Aquelas pessoas que precisam ter certos objetos apenas porque começaram a colecionar. É quase uma doença isso. Ele citou o exemplo da Revista Caras. Ela sempre vem com uma promoção, né? Compre a revista e ganhe o primeiro fasciculo de alguma coisa. Compre a revista e ganhe o primeiro CD de uma série de 100 de música clássica. Compre a revista e ganhe peças de um faqueiro. E as pessoas que são compulsivas, que tem esse fetiche, precisam ter TODAS. Se perdem uma edição, vão atrás do jornaleiro para encomendar, pedem pela internet, pagam mais caro por um simples objeto... tudo para tê-lo. Pelo significa que o mesmo representa para a pessoa. O professor, Helder, até comparou com a espada de Dom Pedro, o rapaz que proclamou a independência do Brasil. Uma espada qualquer, iguais a muitas espadas da época, apenas por ter sido de posse do imperador, torna-se um objeto de desejo.

Enfim.


Daí eu vi essa matéria sobre o homem que vive apenas com 15 objetos. Claro, tem gente ai vivendo com muito menos, mas esse não é o mérito da questão. O Andrew Hide, o homem do link acima, tem condições de possuir muito mais coisas do que os 15 objetos, mas optou pelo contrário. Não sei quais foram as intenções dele, se queria ajudar a salvar o mundo (ideologia) ou achava que tinha "entulho" demais em casa ou apenas achou mais prático para a vida dele. Sei que essa forma de ver o mundo condizia com o que eu achava. Veja bem, ele não abdicou de viagens, do lazer, da diversão, de sair com os amigos, da família, de nada. Apenas de boa parte dos objetos que achou desnecessário.

Então resolvi me livrar dos meus. Com os dvds e cds foi fácil, mas os livros tem toda aquela ligação emocional. Alguns deles estão cheios de anotações que fiz e refiz enquanto lia e relia. Mas hoje resolvi desapegar de alguns. A prioridade é me livrar dos que já e não penso em reler. Os que manterei serão aqueles com alguma ligação afetiva (Harry Potter, Senhor dos Anéis, O Guia do Mochileiro das Galáxias). Os que tenho e ainda não foram lidos, me esforçarei para lê-los. Vou tentar substituir todos por versões digitais. Essa epifania sobre os livros foi devido a outra leitura, iTunes, Steam e outros: como o paradigma de posse mudou ao longo dos anos (e como ele vai mudar ainda mais). Eu já tinha essa ideia, só faltava por em prática.


Mesmo sabendo que o papel dura bem mais como forma de armazenamento e é imune a pulsos eletromagnéticos, hackers e picos de luz, meu desejo de me desapegar desses objetos é porque já foram usados. Então tá tudo guardado dentro da minha cabecinha. Não preciso que algo dure mais de 100 anos, porque eu mesmo não vou durar tudo isso.

Algumas das coisas que já botei a venda:

Algums cds: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/456484531049689/
DVDS: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/456481207716688/
Livros: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/456487034382772/
Mangás: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/457090497655759/
Mais DVDS: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/458848597479949/
Mais livros: https://www.facebook.com/groups/sebodesapego/permalink/459583004073175/

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Uchuu Kyoudai (Space Brothers)

Você sabia que antes de irem para o espaço os astronautas fazem um testamento? Que um dos testes que eles precisam passar é saber operar a nave de olhos vendados de modo a, caso ocorra alguma emergência e eles não possam ver, saber onde estão os comandos e como operá-los? Que é necessário 3 dias para se chegar de foguete a lua?

Pois é. Também não sabia.

Uchuu Kyoudai (título em inglês: Space Brothers) conta a história de dois irmãos: Mutta e Hibito. Desde pequeno ambos são fascinados pelo espaço. Adoram ficar olhando as estrelas a olho nu ou com seus telescópios. No ano de 2006, ainda crianças, observam algo que se assemelha a um disco voador. Empolgados e intrigados com a descoberta, ambos fazem uma promessa: "seremos astronautas quando crescermos".


O tempo passa. Estamos em 2025. Hibito, o irmão mais novo (o loirinho), consegue realizar seu sonho de se tornar astronauta, é empregado pela NASA e será o primeiro japonês a pisar na lua. Já Mutta... este foi demitido de seu emprego numa loja de automóveis e teve que voltar a morar com seus pais. Decepcionado por não ter se tornado um exemplo para seu irmão mais jovem, Mutta fica sem saber o que fazer. Ainda é tarde para correr atrás dos sonhos de infância?


Querendo encorajá-lo, seus pais enviam seu currículo para a JAXA, a agência espacial japonesa. Mutta é chamado para uma entrevista e a partir daí as coisas talvez comecem a mudar...

Uchuu Kyoudai estreou em Abril desse ano. Ainda sem previsão para o termino, posso dizer que é uma das séries mais bem feitas que já vi, tanto em relação ao enredo, como na animação. A série mescla situações de comédias (a maioria proveniente de Mutta) com o drama de conseguir superar seu irmão mais novo. Não há intenções egoístas por parte de Mutta quando descrevo isso. Ele quer ser apenas um exemplo no qual seu irmão possa se espelhar, assim como acontecia na infância.


O anime mostra MUITAS curiosidades para quem se interessa quanto as coisas relativas ao espaço. Aquelas perguntas que fiz no inicio são apenas as que consegui lembrar enquanto escrevia. Há muito mais aspectos interessantes, principalmente em relação a química e física espacial (gravidade, força G, etc).

Aparentemente a série é bem fiel no tocante aos testes e exames pelos quais os personagens devem passar até se tornarem astronautas. O processo de seleção é bastante rigoroso, envolvendo entrevistas, exames médicos, testes cardíacos, de força, de intelecto. O nível dos candidatos é altíssimo. Apesar de parecer bobalhão, Mutta não é idiota ou burro, mas será que irá conseguir superar seus concorrentes? (atualmente estou no episódio 10 da série e Mutta ainda está na terceira etapa na JAXA! Alguns adversários já foram eliminados no decorrer do desenho).


Outro ponto bastante interessante vai além do aspecto técnico da seleção. O anime também mostra a visão pessoal de alguns dos astronautas (além de Mutta) e suas angustias. Por exemplo: o objetivo de um deles é ir a Marte, mas caso consiga, teria que abdicar de ver o crescimento de sua filhinha pequena por mais de dois anos e meio. Como seria para a filha crescer sem um pai? Essa visão altruísta dos personagens intensifica a carga dramática da série.


Recomendo muito começa a assistir Uchuu Kyoudai. Não tem magia, feitiçaria, golpes especiais, não se passa num futuro distópico, não há viagens no tempo, shinigamis, ninjas ou piratas. Então se você tem preconceito contra desenhos animados por eles mostrarem coisas "irreais", deixe ele de lado para assistir a série. É apenas um anime realista contando a história de dois irmãos que desejam realizar seus sonhos. Um já está na metade do caminho. E o outro?

Estou baixando a série pelo fansub MDAN. Eles oferecem os arquivos legendados via torrent e em http (Obrigado Anônimo que comentou). Há outro fansub, o Punch, que também traduz e oferece os arquivos via links em http.

Espero que a série dure mais do que o habitual (uma temporada de anime completa tem 26 episódios) e que a única ficção seja a chegada de um dos dois irmãos a Marte. Ficção porque é viagem tripulada, viu? Sei que têm vários robôs por lá.

Se quiser ver mais imagens da série, clique aqui.