sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A história do UFC, os especialistas e a CALOI


Assista ao vídeo para entender o post. São apenas dois minutinhos!


BCO
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
é bem assim mesmo

Júlio
yuuahuahuahuahaha
quando eu vi a luta la na festa de nachos, junto com o povo, todo mundo parecia entender tanto e davam tantos palpites...

BCO
kkkkkkkkkkkk
eu fico indignado bixo
é porque eu gosto mesmo
e assistido desde meados de 2000
sempre treinei, estou treinando
sempre acmopanhei
aí eu saio de casa para ver uma luta dessas

Júlio
FACEBOOKEARAM O UFC ne

BCO
e tenho que ouvir dezenas de pessoas falando merda
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Júlio
uahuahuahuahuah
sei como é

BCO
na real o UFC é um lixo
o UFC é uma empresa de entretenimento, nada mais
o UFC comprou o melhor evento que já existiu, que era o PRIDE
e ACABOU com o MMA
imagine que a Ford compra a GM, Nissan, BMW, etc.
aí fica uma empresa, detendora de 90% do mercado internacional

Júlio
ah
faz sentido
to por fora, nao gosto e nunca pesquisei sobre o assunto
é... desse jeito ai que tu falou, nao tem como NAO assistir ufc
ja que aparentemente é a única realizadora dos eventos

BCO
enquanto a Cherry e Jac motors ficam como concorrentes.. Assim como Caloi, fabricantes de patinetes e veículos com motor de cortador de grama
foi o que fizeram

Júlio
UHAUHAUHAUHUAHAUHA
pqp CALOI

BCO
heaiouhaeieiuo
seriam os eventos pequenos, como os que existem aqui no estado
é um monopólio de mercado
ela comprou o PRIDE, que era o maior e seu principal concorrente
era de uma empresa Japonesa
aí acabou com o Pride
a uns anos surgiu o Strikeforce, que começou a ganhar notoriedade
a Zuffa (empresa dona do UFC) comprou o Strikeforce também
jajá o Strikeforce vai acabar.. ou vai ficar como evento meia boca de segunda opção que é
vários lutadores do Strikeforce já estão migrando para o UFC
os melhores, claro
Tem um que está criando nome na europa, acho que é inglês, que se chama Bellator.. Jajá a Zuffa compra também, se começar a incomodar seu mercado

Júlio
e não tem
leis antitruste?

BCO
não sei como funciona
os meios legais exatos que eles utilizaram
não sei detalhes
fato é que o que aconteceu foi o Tio San endiabrado no mercado de MMA
talvez por se tratar de transmissão esportiva.. não sei
devem ter achado a brecha do monopólio

Bíblia de Seda



Júlio: *discurso motivador e sincero*

Natasha: owmm que lindooo, acho lindo isso em vc ;*

Júlio: o que?

Natasha:  vc bota fé em mim, e fica falando coisas legais q dxa a pessoa p cima .

Júlio: so falo a verdade
sou jesus.
sou a verdade e a vida

Natasha: Minha gerente faz o contrario. Aquela michael scott da vida.
Hahauah sou a verdade e a vida aquele q cre em mim viverá mesmo q morto. Sei la uma coisa assim. Neh?

Júlio: nao sei
so sei a parte do a verdade e a vida

Natasha: Parece q é assim.
Mas eu acho bonito quem manja da biblía.

Júlio: bíblia. mas eu não manjo :B

Natasha: Eu nunca tive paciência. Umas folhas tão finiiinhas q arr maria. Umas letra miuda, e é meio complicado de entender. Era p ter a biblía new generation.
Hahaha é bíblia. Ta vendo c é um anjo do céu na minha vida.
E eu =x ja fiz blasfemia ca bíblia.

Júlio: a bíblia new generation é a do marco aurelio

Natasha:  Na época que eu fumava maconha. Eu e os meninos estavamos sem seda. Dai =~ a gnte pegou aquelas últimas folhas da bíblia umas em branco e usamos =x. Mas a gnte fez uma reunião p saber se iamos usar ou n. Até q decidimos usar.

Júlio: UAHUAHUAHUAHUAHUAUHUAHUAHUA pqp reunião pra discutir isso

Natasha: Foi sério po kkkk. Mó debate a gnte e ae? É certo? Quem é a favor. Até que a gnte: ohm vamo usar. Pq uns foram contra as q tinham coisas escritas. So podia as em branco e pá.

Júlio: existia pagina em branco na biblia?
duvido.

Natasha: Minha bíblia que minha tia me deu o novo testamento. Tem umas 3 folhinhas no final q creio eu q seja p rascunho pq elas saõ em branco.

Júlio: ah ta

Natasha: Mas elas n + existem pq eu as fumei
:(

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Jô Soares - As Esganadas

Ninguém se importa com o sofrimento ou com a humilhação da gorda. Acham que ela é gorda porque quer.
Aparentemente Jô Soares tem uma queda por assassinos. Em "O Xangô de Baker Street", "Quem matou Getulio Vargas?" e "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" todas as histórias giram em torno de mortes e suas investigações posteriores.

Quem achou que em "As Esganadas" iria ser diferente, se enganou! Mas veja pelo lado positivo: em comparação com o Xangô, onde as pistas sobre o assassino são deixadas ao longo da narrativa, o assassino serial de "As Esganadas" é apresentado logo no primeiro capítulo. Se, por um lado, a história perde um pouco do mistério de encontre-o-assassino, ganha no desenvolvimento da personalidade dos personagens e na agilidade da narrativa, mostrando o jogo de gato-e-rato entre a policia e o criminoso.


Contextualizando: A história se passa no Rio de Janeiro, no ano de 1938. A cidade nesta época ainda era a capital do Brasil, um lugar efervescente, local de difusão de ideias e modas. Era também ano de época de Copa do Mundo, realizada na França, onde a seleção de futebol masculino viria a se destacar graças a Leônidas da Silva, THE BLACK DIAMOND (O Diamante Negro). No Brasil, Getúlio Vargas deu o GOLPE de estado, instaurando o Estado Novo e mantinha-se no poder mesmo sofrendo atentados comandado por seu EX-AMIGO Plínio Salgado.
- O senhor é evangélico? – pergunta o curioso Calixto.
- Não, sou agnóstico.
- Agnóstico? O que é agnóstico?
- É um ateu cagão – define Mello Noronha, à sua maneira.
O assassino da história chama-se Caronte. Igual o da mitologia grega. O barqueiro que transporta os mortos recebendo em troca uma moeda. O nome não é por acaso: seu pais eram donos de uma funerária chamada Estige, o mesmo nome do rio pelo qual o barqueiro mitológico navega. Num curioso senso de humor mórbido, talvez até pensando nos negócios, batizaram seu filho assim.
Deus nos deu dois ouvidos, dois olhos e uma boca só. Uma boca com dentes pra morder a língua.
A motivação dos seus assassinatos é sua mãe. Uma GORDA. Que não queria que o filho seguisse o mesmo caminho. Então o privava de comer. Mesmo tendo herdado o biotipo do pai, um MAGRO, sua mãe não estava nem aí. Dava de ombros mesmo. Salada todo dia. Então ele matou a mãe, mas não satisfeito, direcionou todo seu ódio as outras mulheres gordas, pois elas lembravam sua mãe. Não distinguia credo, etnia, aspecto financeiro, nada... sendo gorda, ele esganava. Detalhe: com comida!

Le déjeuner sur l'herbe (Monet). Cena semelhante ao primeiro caso.

No ENCALÇO de Caronte estão quatro personagens:

1. O ex-inspetor português, agora confeiteiro no Brasil, Tobias Esteves. Apesar de demonstrar um forte raciocínio logico (Lembra um pouco Sherlock Holmes nas suas deduções. Nem todas certas, que fique claro), as vezes demonstra ser um pouco tapado socialmente. É o que possui mais "conhecimento de mundo" da turma, deixando constantemente seus colegas sem respostas. Costuma sempre citar o principio de Ockham como forma de resolver casos difíceis.

2. Mello Noronha é o delegado responsável pelas investigações do caso d'As Esganadas. Gosta de resolver as coisas logo e não aceita enrolações. Odeia quando sua mulher, Yolanda, o convida a ir ao teatro. Acha bastante sonolento. Tem um mau humor crônico.
As pessoas evitam se aproximar dos furgões funerários, por uma associação inconsciente com a sua própria morte.
Casa de Chopin em Żelazowa Wola (Polônia). Local de nascimento de uma das esganadas.

3. O assistente de Mello Noronha chama-se Valdir Calixto. É um homem que desejava apenas uma vida como guarda de trânsito, mas acabou parando na seção de homicídios. Não é muito afeito cadáveres e morre de medo de histórias de terror. Meio ignorante, faz muitos questionamentos estapafúrdios durante a história.


4. Por fim temos a participação feminina. Trata-se da jornalista Diana de Souza. Foi correspondente na guerra civil espanhola. Obstinada, faz de tudo para ter acesso ao caso dAs Esganadas. Com o passar do tempo, e devido a sua insistência, torna-se colega da equipe, conseguindo assim vários furos de reportagem. Gosta de automobilismo e disputou uma corrida de carros no no circuito da Gavea.

Nosso ponta-esquerda sofre foul! O bandeirinha assinala mas o juiz não consigna! Para mim a Suíça deixou de ser neutra!
Curiosidade: músicas citadas no livro: As quatro estações de VivaldiPolonaise op. 53 de ChopinHeroica de ChopinSe la face ay Pale de Guillaume DufayO Anel de Nibelungo deSonata em Si Bemol de WagnerMessa da Requiem de Verdi. Os crimes a seguir também foram mencionados: Crime da Mala (1928), O caso Scheffer, além de outros que não encontrei referência. O Grand Guignol referido no livro tem sua origem em um teatro francês cujo tema principal era show de horrores.

Um dos Anões do pintor Diego Velázquez. Há um anão no livro e sua história é tragicômica.

Sobre o livro: no geral, eu gostei. O que mais me chamou atenção foram os personagens, gostei da construção deles: mesmo seguindo certos esteriótipos, eles tiveram espaço para se desenvolver, tanto o vilão como os mocinhos e a mocinha; A motivação para a matança de Caronte, complexo de Édipo, é bastante rasa, mas e daí? Não ligo para clichês; Gostei também das dezenas de piadinhas; Também lembrei muito de Dexter e Six Feet Under. Será que Jô Soares é fã de Michael C. Hall? Caronte é a junção do serial killer com  dono de funerária!; Não sei se é querendo mostrar que merece ser um IMORTAL, fazendo parte da Academia Brasileira de Letras, mas há muitas palavras na história das quais eu não conhecia (mas fui atrás depois) o significado. Acho que palavras estranhas não te tornam melhor escritor, Jô!; Por fim, um outro ponto interessante da história é o merchandising feito já naquela época pelo radialista Rodolpho d'Alencastro:
“Por mais que me esforce, como profissional dedicado, é difícil transmitir a emoção que me embarga em momentos de tamanha intensidade. Só não enrouqueço porque faço uso permanente do Xarope São João, que evita graves afecções da garganta e do peito. O Xarope São João é um remédio científico apresentado sob a forma de saboroso licor. Não ataca o estômago nem os rins e facilita a respiração, tornando-a mais ampla. O Xarope São João fortalece os brônquios e protege os pulmões da invasão de perigosos micróbios."

Revolution S01E01-02


E aí, vocês tão vendo Revolution? Assistam! Já saiu o episódio 2... EU RECOMENDO. Tenho tantas expectativas sobre essa série que começarei a resenhar semanalmente ela aqui. O que escrevo a seguir se refere aos dois primeiros episódios da série.

A história se passa 15 anos depois do presente (da série) num futuro pós-apocalíptico. Alguma coisa aconteceu no mundo, não se sabe o que, e todas as formas de energia elétrica foram extintas. Nada funciona. Não temos eletricidade. O QUE HOUVE? FOI OBRA HUMANA? SE SIM, QUEM FEZ ISSO? QUAIS INTERESSES? Esse é um dos motes da série.


Nesse mundo, acompanharemos como uma família "comum" se portará sem todos os apetrechos da vida moderna. Como arranjar comida, onde tomar banho, qual água podemos beber, como lidar com estranhos... só que a família não é comum. Aparentemente o pai, Ben, esconde algum segredo sobre o apagão/blecaute global. A mãe, Rachel, também aparenta saber do que se trata, mas nada fala.

Um aspecto curioso é a forma de criar as crianças. Tenho essa impressão que Danny e Charlie são criados por Ben na expectativa da energia voltar... porem se passaram 15 anos e até agora nada, né? Mas tente se por no lugar do pai: deve ser difícil educar seus filhos em um mundo cujo você nunca foi preparado para lidar. Ele não nasceu num mundo sem energia e mesmo com as capacidades adaptativas dos seres humanos, Ben sempre vai se lembrar de como era mais simples antes. Talvez seja isso que mantenha sua sanidade (e de toda sua família). Por isso acredito que caso ele realmente esconda alguma coisa referente a maneira de trazer a energia de volta, deve ter vivido com essa esperança, não querendo que seus filhos se tornassem bárbaros (matar pessoas, chantagear, sequestrar, ameaçar, etc). Uma questão de valores. Para Ben, pelo menos.

(Pensei até em comparar com The Walking Dead, onde as crianças são ensinadas a se defender de zumbis desde pequeno, mas seria uma comparação estapafúrdia: se defender de zumbis é muito diferente de se proteger de outros seres humanos.)


A falta de energia elétrica também trouxe um colapso governamental. O governo dos Estados Unidos caiu e as regiões são controladas por milicias. Elas que detêm o poderio armamentístico. A região em que a família se localiza pertence a República Monroe. Monroe é nome do general e, 15 anos atrás, era amigo de Miles, irmão de Ben (o pai da família).


A história começa a ANDAR, por assim dizer, quando a milicia encontra Ben e quer levá-lo para um interrogatório a respeito da energia (sim, suspeitam que ele saiba de algo. POR QUE SUSPEITAM? NÃO SEI). Danny, o filho e irmão da protagonista (Charlie), tenta se interpor no caminho, porem isso só gera um caos: o vilarejo ataca a milicia que responde com FOGO e Ben acaba morrendo. Danny é capturado.


Veremos então os esforços realizados por Charlie para tentar resgatar seu irmão. Para isso ela precisará encontrar e solicitar auxílio do seu tio, Miles, o qual não vê há mais de uma década. Junto dela nessa QUEST (aventura) estarão sua madrasta, Maggie (Esqueci de dizer, a mãe dela estaria supostamente morta. Veja o PS ao fim do texto) e um nerd chamado Aaron (ele trabalhou no Google!).

(A série tem muito disso. De fazer referências aos produtos tecnológicos do nosso presente. No primeiro episódio, lembro dessa menção ao Google, enquanto no segundo é o iPhone).


Os cenários pós-apocalípticos são bonitos demais. Parecem aqueles documentários, mostrando a terra sem os seres humanos. Pra você ver como interferimos radicalmente em nosso meio ambiente...

Acho a protagonista muito meia boca. Não sei se é o roteiro ou é ela que não sabe demonstrar as emoções... infelizmente associo ela com Katniss de Jogos Vorazes, ai fodeu (porque acho Katniss infinitamente superior, mesmo que a comparação não seja valida, são situações semelhantes, porem diferentes. Em Jogos Vorazes há energia). Torço pra que a personagem evolua.


(E tenho grandes esperanças que isso ocorra! O background da história dela, sendo ameaçada desde criança, vendo sua mãe matar um estranho a sangue frio... ela só APARENTA ser mosca morta, mas estou aguardando grandes ações dela)

Outro ponto interessante do segundo episódio foi a loirinha, Maggie (a madrasta), que carregava o iphone pra todo canto, pois era o único lugar que guardava as imagens de seus filhos. Ela não as tinha no suporte usual (o papel). Uma bela crítica, né? Imagine hoje, nós guardando tudo aqui na internet e se rola um apocalipse por falta de energia não teríamos como acessar tais informações (ver fotos, ler livros, etc)

(E eu estou vendendo meus livros, migrando gradativamente para o formato digital. Se uma coisa dessas acontecer, não vou ter mais o que ler. Estaria lascado :P)


Sobre o capitão da milicia, o Tom (o espelho mágico de Once Upon a Time): creio que, de algum modo, sua família esteja sendo mantida em cativeiro. Por isso que ele faz o que faz. Mas é só uma teoria, talvez ele seja um psicopata, só que não quero acreditar nisso. Quando eles vão enterrar o miliciano, tive a sensação de que a série quer mostrar que não existe isso de pessoas boas de um lado e pessoas ruins de outro (maniqueísmo). A galera está apenas fazendo o necessário pra sobreviver naquela situação. Não dá pra julgar sem conhecer.


E por fim, voltando a Charlie (a protagonista), é legal ver que ela se choca com as coisas que os outros acham comum/normal. O lance dos escravos transportando o helicóptero foi um bom exemplo (lembrei daquelas figuras dos livros de História do colégio, onde mostram escravos egípcios carregando blocos imensos para construir pirâmides). Miles e Nora viram o mesmo que ela, mas nenhum dos dois tocou no assunto. Não se importavam com a situação, só com o seu umbigo. Ok, provavelmente estou ROMANTIZANDO a situação, mas não acho que devamos ser indiferentes aos problemas dos outros.

Traçando um paralelo com o hoje, vemos que é a mesma coisa: observamos impassivos as imagens na TV (ou em qualquer mídia) sobre um monte de desgraça e pensamos "é, é isso aí, o mundo é assim mesmo" e mudamos de canal. Conformismo. Não são muitos que se dispõem a mudar uma situação ou mesmo se importar com ela.

P.S.: Pelo menos descobrimos, no fim do segundo episódio, que "Juliet" está viva.


Semana que vem escreverei a resenha do terceiro episódio. A série sai as segundas-feiras nos EUA.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FDP

É possível se contar nos dedos (das mãos e dos pés) bons filmes com a temática esportiva. Tem Gol (só o primeiro, tratando o Futebol sob a perspectiva de um jogador), Invictus (Rugby), Karatê Kid (Artes Marciais), O Resgate de um Campeão (Boxe), Jamaica Abaixo de Zero (Bobsled), Space Jam (Basquete), Speed Racer (Automobilismo), Maldito Futebol Clube (Futebol)... ok, vou parar de listar, porque não tenho polidactilia e percebi que não sei até onde essa lista pode ir.

Mas seriados... bem, seriados eu não conheço nenhum que foque na temática esportiva. Ok, tem Friday Night Lights e Blue Mountain State, mas elas falam de Futebol Americano. Nem sei jogar isso! Só gosto mesmo de futebol (do Corinthians) e de automobilismo (F1). Queria um seriado nesses moldes. E saiu um recentemente sobre futebol. Produção totalmente brasileira.



FDP é o nome da série. A sigla fala exatamente dele, do alvo de todas as vaias da torcida em um estádio de futebol: O juiz.
A série pretende mostrar que, muito além da mítica figura do juiz de futebol há um homem que sofre tantas pressões quanto qualquer outro, seja como pai, como marido ou como filho… Filho da… (Fonte)

O protagonista chama-se Juarez e seu sonho é apitar a final de uma copa do mundo. Aparentemente a série irá mostrar a evolução da carreira de Juarez, apitando primeiro os campeonatos estaduais, depois competições internacionais, como a Libertadores da América, até chegar a Copa do Mundo. Se chegar.  Sérgio e Carvalhosa são os seus auxiliares (bandeirinhas) e completam o trio de arbitragem. Uma curiosidade que percebi é que Juarez só é arbitro. Ele não tem uma profissão paralela, como é comum ocorrer na VIDA REAL.


Ao mesmo tempo em que luta para realizar seu sonho, Juarez trava uma batalha judicial contra sua ex-mulher, Manuela, pela guarda do filho, Vinny. Juarez TRAIU a mulher e, pior, ainda passou uma doença venérea. Não é a toa que ela quer a separação, né?


Juarez até tenta recuperar o afeto de Manuela, mas não vai ser tão fácil assim. Isso porque o advogado responsável pelo processo de custodia, Rui, tem uma queda pela cliente. Não sei se isso algum envolve dilema ético (bacharéis de direito, me respondam), mas a história segue esse caminho. Eu até pensei em escrever "triângulo amoroso", mas até onde vi (terceiro episódio) Manuela não dá nenhum indicio de querer reatar a relação. 


Outros personagens recorrentes da série são Rosali, a mãe de Juarez, e Guzman, seu namorado. Após a separação, Juarez acaba voltando pra casa da mãe (que não gosta nada disso!). Juarez não sabe lidar com a ideia da sua mãe tendo uma vida sexual ativa. Guzman é um argentino, nacionalidade escolhida provavelmente pelos produtores para exaltar a rivalidade futebolística. Em um dos episódios Juarez apita o jogo do time para o qual seu padrasto torcer... só vendo!


Fácil perceber após assistir: ao final de cada episódio, um dos personagens chama Juarez pelo título da série. E os motivos nem sempre são futebolísticos! A primeira temporada terá 13 episódios (o primeiro pode ser assistido online diretamente do site da HBO) de 30 minutos cada um. No site oficial há a sinopse de cada episódio da série, bem como a descrição de cada um dos personagens.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Usando a tecnologia para se tornar um vidente OU a primeira propaganda feita para incentivar os stalkers

Neste mundo onde muitos querem permanecer conectados diariamente, muitas das nossas informações estão disponíveis na internet. É o que fazemos no Twitter, nossos gostos no Facebook, nossas fotos no Instagram, nossos vídeos no YouTube... Basta saber o nome e pronto: é possível obter uma imensa base de informações sobre alguém. 

(Ao mesmo tempo, as pessoas CLAMAM por privacidade, vai entender...)

Essa propaganda abaixo é de um banco para promover os serviços de segurança online, mas também serve pra refletir... será que existe gente que faz isso na vida real? Imagine a credibilidade que uma pessoa assim possa ter em um local onde as pessoas não são devidamente instruídas. Vão achar que é feitiçaria!

Jô Soares - O Astronauta sem regime

Particularmente só gostei mesmo de um livro de um Jô Soares: O Xangô de Baker Street. Talvez por conhecer previamente Sherlock Holmes e pelo mesmo investigar crimes no Brasil. Do livro do assassinato de Getúlio eu só lembro do rapaz que o matou (e protagonista, portanto não é spoiler): Dimitri Borja Korosec (eu não googlei, juro). Do outro livro, Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, não lembro de nada. Nada.

Eis que estava de BOBEIRA passeando pela centro da cidade e encontrei este livro de Jô Soares em um dos sebos. Achei que fosse uma historinha mesmo, com começo, meio e fim. E que envolvesse algum assassinato, porque esse é o tema recorrente em todos os outros livros do Jô (ele não sabe falar de outra coisa?). Livros em sebos, em geral, são tão baratos que só fiz questão de verificar se o livro estava em bom estado, folheando rapidamente as páginas. Sim, comprei pela capa. Pelo autor. Nem olhei a ORELHA (do livro).


Até então nunca tinha ouvido falar do livro. Ao chegar em casa e começar a ler a parte técnica (editora, capa, ano, etc), a surpresa: 1983. Pelo que pesquisei, este é o primeiro livro produzido somente por Jô Soares (sem nenhuma co-autoria, diferente de "A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar" e "Humor Nos Tempos do Collor"). E não é uma historinha como pensava, mas sim crônicas. Diversas crônicas. 43 mais especificamente. Sabe de quantas eu gostei? Talvez, no máximo, 10. De verdade mesmo só gostei de 2, os quais transcrevi uns trechos abaixo. 

A guerra.

(...) eram apenas estes os requisitos para uma boa guerra:
1. Um inimigo — Sem um inimigo, dificilmente se fará uma boa guerra. As pessoas vão acabar simpatizando entre si sem atacar ninguém. A não ser que se trate de uma guerra civil, em que as pessoas, sem a menor cerimônia, se matam na sua própria língua.
2. Raiva — Com raiva a guerra é feita muito mais facilmente, já que quem ganha a guerra é quem liquida o maior número possível de inimigos. Um dos dois lados em guerra sempre ganha e outro sempre perde. É praticamente impossível empatar uma guerra.
3. Armas — Sem elas as guerras não passam de vulgares escaramuças. De preferência, as partes interessadas na luta devem usar armas do mesmo porte. Ex.: canhão contra canhão, canivete contra canivete. Nunca usar canivete contra canhão, senão a guerra acaba logo.
4. Espiões — Perfeitos para aumentar o período de duração das guerras. Devem sempre fornecer informações de um inimigo para o outro. Já que dificilmente estas informações serão corretas, os conflitos ficarão por isso mesmo mais conflitados.
5. Roupa — Ultimo e mais importante requisito de todos. Sem roupas, as pessoas teriam que guerrear nuas, o que seria imediatamente considerado imoral, ficando a guerra proibida. (...)

O noticiário impossível que o árbitro de futebol sonhou.

Anulou com razão

Assim que o árbitro apitou anulando o gol que daria o campeonato ao Ceará, o centroavante autor do tento aproximou-se de Sua Senhoria e, ajoelhando-se com respeito, beijou-lhe a mão, enquanto dizia: "Talvez eu não estivesse impedido, mas tenho confiança no seu golpe de vista. Obrigado por ter me corrigido". Depois do jogo, a diretoria do clube que perdeu ofereceu um jantar regado a champanha, gesto que o simpático referee considerou esportivo.

Surpresa faz o árbitro chorar

As lágrimas rolaram pela face do árbitro quando ele foi surpreendido pelo carinho que toda a torcida demonstrou depois do prélio entre Vasco e Flamengo, que terminou empatado graças às suas sábias decisões e alijando inclusive os dois times do certame. Todos sem exceção, jogadores, diretores técnicos e torcidas, pediram que Sua Senhoria fizesse a volta olímpica, en-quanto cantavam em coro o Parabéns para você, numa singela homenagem ao Dia das Mães.
"O Astronauta sem regime" possui pouco mais de 100 páginas. Tive a impressão de que as crônicas foram jogadas no livro sem uma seleção mais qualificada. Talvez se ele fosse menor, com algumas das histórias sendo mais elaboradas, o resultado fosse melhor. Não valeu muito a pena ler, mas essa crônica do arbitro de futebol me lembrou bastante do seriado brasileiro FDP feito pela HBO Brasil

P.S.: Uma grande coincidência (futebolística) é que dentro do livro havia esse papel abaixo. É uma tabela da copa do mundo de 1986, realizada no México. Tudo a ver com futebol e com o seriado que mencionei anteriormente.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Iluminado (The Shining)

Durante o inverno, um homem (Jack - Jack Nicholson) é contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com sua mulher (Wendy - Shelley Duvall) e filho (Danny - Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo. (Fonte)

Antes do hotel ser construído, o mesmo era um antigo cemitério indígena. Após sua construção, houve um massacre na década de 1970. O casal do filme não percebe esses INDÍCIOS de "Ei, tem alguma coisa bem errada por aí! Não vai não!"


Menos a criança. Crianças percebem tudo. Em filmes, pelo menos.

O filho de Jack, Danny (curioso, não modificaram o nome dos personagens masculinos da família), conversa com seu dedo. Não exatamente com um dedo, mas sim um amigo imaginário ou algo semelhante. Do que que eu lembro? Daquele filme bizarro, Kung Pow. Só faltou Danny desenhar um rostinho no seu dedo.


A família toda faz as malas e se dirigem ao hotel. Mesmo alertados sobre os problemas do isolamento, os massacres, as lendas... eles vão. Lembre-se que o filme é de 1980. Não havia celular (e provavelmente não pegaria, dada a NEVASCA que ocorreu por lá), não havia internet, o local era enorme (tinha que mantê-lo conservado) e em nenhum momento se falou quanto pagariam pra Jack & cia irem para essa ROUBADA. Ficar conversando com as mesmas pessoas durante 3 meses deve ser muito maçante, mas não refletiram sobre isso. Talvez o dinheiro fosse bom mesmo.


O hotel chama-se OVERLOOK. Seu gerente chama-se Dick (Scatman Crothers). Ele que vai explicar para NÓS, os espectadores, o porque do nome do filme. Iluminados são aqueles que podem conversar com outros sem ao menos dizer uma palavra. Eu chamo isso de telepatas. Ou pessoas apaixonadas.



Aparentemente não é só isso (mas é a única coisa explicita a ser falada), afinal Dick conhecia o apelido de Danny, Velhinho, uma referência ao Pernalonga. É como se este "poder" pudesse penetrar na mente dos outros, além de oferecer também um pouco de clarividência.


Agora que todos já estão devidamente LOTEADOS no hotel, no único quarto com aquecedor, as coisas começam a acontecer. Danny se diverte a beça brincando de velocípede pelo local. Parece ser bem agradável, afinal o hotel é imenso. Wendy e Jack ficam responsável pela manutenção de algumas maquinas e da alimentação, mas após realizar suas tarefas, Jack usa o tempo restante para escrever. O que? Não sei. Um livro talvez. Nunca foi mencionada a profissão dele, mas aparentemente ele aceitou o emprego de ZELADOR/VIGIA do hotel para poder se focar na escrita.

Enquanto isso, Danny e Wendy vão explorando o hotel e suas redondezas. De frente para o Overlook há um ENORME labirinto. Não duvido nada que J.K Rowling tenha se inspirado nele para criar um semelhante no livro Harry Potter e o Cálice de Fogo.


Enquanto fica isolado e escrevendo, Jack torna-se cada vez mais antissocial. Não aguenta mais ver a mulher atrapalhando-o enquanto escreve e o barulho do velocípede de Danny o incomoda. Nunca sabemos o que ele fará em seguida. EM VERDADE VOS DIGO: Só a figura de Jack Nicholson causa um pouco pouquinho de medo. Toda a atuação dele é impressionante. De um homem são, calmo e pacifico para uma pessoa completamente TRANSTORNADA.


Jack costuma visitar um barzinho do hotel chamado The Gold Room. Não deveria haver ninguém por lá. E a principio não há, não na noite que ele vai pela primeira vez. Só que depois...


Daí as teorias vão começando. Dizer essa frase funcionou como uma ativação para que os espíritos das pessoas do massacre anterior aparecessem para Jack? Afinal Danny já tinha visto as gêmeas anteriormente. (Aliás, o problema de filmes dessa ESTIRPE é que as pessoas não conversam: "Papai, papai, vi duas garotas gêmeas ensanguentadas" talvez tivesse algum efeito). Percebe-se que os homens são afetados primeiramente por essas visões. Esse "poder" seria passado de pai para filho e Jack ainda não tinha despertado-o?

Só sei que ao começar a frequentar o bar, Jack começa a sofrer influencias das pessoas que estão por lá. Começa a culpar a mulher pelas mazelas da vida dele, por exemplo. E ela passa a ter medo dele. E do que ele pode fazer com Danny.


Então penso em outra teoria. É se o filme NÃO for sobre Jack, mas sim sobre Danny? E se Danny estivesse "possuído" o tempo inteiro pelo amigo imaginário, Tony? E se... bem, cansei de falar do filme. Resumindo: Jack vai ficando doidão, Wendy teme por sua vida e do seu filho, Danny evita o pai e Dick (o gerente) SENTE que algo ruim está para acontecer no hotel e se dirige ao local. O que vai acontecer? Assista.

Vamos ao que interessa: minha opinião. Tem alguns filmes que não passam no teste do tempo. Tubarão, semana passada, passou. O Iluminado, infelizmente pra mim, não. POR QUE?! Não me deu nenhum susto ou causou medo. Provavelmente porque eu o assisti com a ideia de que o mesmo fosse um filme de TERROR. E ele não é. Repito: NÃO É. É um filme de MISTÉRIO. De elaborar teorias. De saber o que os personagens fazem e porque o fazem. O papel de cada um na história. Talvez se alguém tivesse me alertado sobre isso, poderia ver o filme com outros olhos, mas dessa vez não foi o caso. 

Acho que os únicos filmes baseado em obras de Stephen King que gostei bastante foram A Espera de um Milagre e Um Sonho de Liberdade. Não gostei de A Janela Secreta, Carrie, Christine - O Carro Assassino, O Apanhador de Sonhos... acho que meu conceito de terror não envolve ter fantasmas, vampiros, lobisomens ou qualquer outra criatura sobrenatural, mas sim TER MEDO. Se fosse assim, Crepúsculo seria terror. Mas a lição foi aprendida. Stephen King é mistério. Não terror. 

Para quem gostou gosta do filme, deixo dois links interessantes. O primeiro é um tumblr chamado The Overlook Hotel. Há várias imagens interessantes do filme, inclusive algumas bem "raras" (o que é raridade quando se tem internet, né?). O segundo e último link é uma analise comparada entre o livro e o filme de O Iluminado. O rapaz que escreveu (Rob Ager) se ESMEROU bastante, pois engloba tantos os aspectos técnicos da filmagem com dados cruzados sobre a biografia de Stanley Kubrick (o diretor do filme), Stephen King e váááárias teorias sobre o que aconteceu no hotel (com imagens que justificam os argumentos). Vale MUITO a pena ler (é enorme).

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Saudade estranha




Compilação de vários diálogos intermitentes e ficticios baseado em fatos reais. Ou não!

"Júlio! quanto tempo! morrendo de saudades de voce! vamos marcar um dia pra gente se encontrar!"
- que tal agora?
"Agora nao da, tenho que fazer um trabalho"
- amanhã então?
"Não, amanhã vou ficar o dia inteiro ocupada"
- E no final de semana?
"ih, vai ter uma festa da turma antiga.."
- O final de semana inteiro?
"hehehe"
- E um cinema?
"Tô sem carteira de estudante :/"
- que tal uma pizza?
"Não como massas"
- Vou passar ai na sua casa então!
"mermão, nem tô em casa agora. acho que nem vou dormir em casa hoje"
- Vamos marcar um videogame então
"tô com tendinite"

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Educação (An Education)

An Education trata do amor juvenil. Do deslumbramento. Do encanto que uma pessoa pode exercer na outra, mesmo que essa outra a conheça apenas superficialmente.

Jenny Millar é uma garota de 16 anos que vive com a família no subúrbio de Londres, em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Seus pais alimentam o sonho de que ela vá estudar na Universidade de Oxford, mas a moça se vê atraída por um outro tipo de vida. Quando conhece David Goldman, um homem charmoso e cosmopolita de trinta anos, vê um mundo novo se abrir diante de si. Ele a leva a concertos de música clássica, a leilões de arte, e a faz descobrir o glamour da noite, deixando-a diante de um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida. (Fonte)

Tudo começa com uma menina (Jenny) e seu violoncelo tomando um BANHO DE CHUVA. Bem, o filme mesmo não começa aí, mas a história sim. Então um ESTRANHO (David) oferece CARONA. "Ô, garota, você pode tomar banho de chuva, mas não queria que seu instrumento musical se danificasse". Danadinho, né? Com esse discurso, consegue se aproximar da menina e dar carona a mesma, mesmo que isso signifique levar o carro até a esquina mais próxima.


Como a história é em 1961, não havia celulares. O jeito era ele FLERTAR indo na casa da garota. Os pais queriam que ela estudasse para conseguir ser aprovada em Oxford. Ela até que queria isso, mas o surgimento do rapaz em sua vida faz as coisas mudarem.



Ao manter o relacionamento com David, Jenny acaba por adentrar seu circulo social, conhecendo assim o casal amigo do mesmo: Danny e Helen. Danny dá a impressão de ser um bon vivant, enquanto Helen é apenas o esteriótipo da loira burra. Pensei que fosse acontecer um conflito entre as duas, pois Jenny tem, o que se considera, bastante "bagagem cultural", mas não foi o que ocorreu.

Enquanto lida com todo esse novo mundo, cheio de experiências diversificadas, fazendo coisas de GENTE GRANDE, Jenny também tem suas obrigações como aluna. Ela ainda está no ensino médio, é bastante cobrada por seus professores e a escola é bastante rígida tanto na educação, como também quanto aos BOATOS que cercam a garota. A diretora fica preocupada com a REPUTAÇÃO do colégio ao ouvir que uma das suas alunas está saindo com um cara mais velho. Outros apenas creem que é um delírio juvenil e que esse rapaz sequer existe.


O filme também mostra aspectos da rivalidade entre Inglaterra e França. O pai de Jenny, Jack, parece considerar a Inglaterra o centro do mundo, sem fazer parte da Europa, pois toda vez que se refere aos planos de Jenny viajar, ele diz "Não vou deixar você ir ao continente. Você sabe como eles nos odeiam". Geralmente ele diz isso sempre que Jenny cita PARIS em suas conversas.

Outro conflito interessante da história é a questão do aprendizado. Da educação, como o próprio título do filme sugere. De um lado temos aquela educação formal, exemplificada pela escola, enquanto do outro temos a informal, a "universidade da vida", da qual David faz parte. De aprender a lidar com as pessoas foram desse ambiente rígido de regras acadêmicas. Qual  é a certa? Qual é a errada? Existe mesmo isso? Só consigo lembrar das minhas aulas nas disciplinas de educação na UFRN!


Ilustrando a sociedade da época, na segunda onda do movimento feminista (a partir da década de 1960), percebe-se que há o conflito de valores por parte da família. Se por um lado os pais (Jack e Marjorie) querem que a filha siga o caminho universitário, por outro aceitam de bom grado o relacionamento da mesma com aquele homem ENCANTADOR que é (ou aparenta ser) David. É como se a vida dela fosse uma estrada com uma grande bifurcação: casar (caso encontre alguém) ou continuar os estudos? Bem, pelo menos agora as mulheres tinham essa opção.


Na minha concepção, os sentimentos de David por Jenny são genuínos. Porem ele é um covarde. Nao posso mais falar sobre o filme para não correr o risco de dar spoilers, mas ele me lembra bastante Like Crazy no sentido de questionar as ações feitas no calor do momento. Tudo que foi feito, as experiencias vivenciadas, valeram a pena? Parece que a resposta está sempre sendo SIM.


P.S.: A música após o final do filme, nos créditos, combina PERFEITAMENTE com a história. Smoke Without Fire da Duffy. Conhecer a música é um SPOILER. Então não ouça.

Por fim, o trailer:

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Cache do Google sumiu. E agora? Tem volta? Como acessar o cache do Google?

Dia desses (ontem) tava conversando com Ana Clara e no meio da nossa conversa lembrei de um artigo sobre o assunto que estávamos discutindo. Depois de muito tempo consegui encontrar o link (tava na timeline do facebook), mas não consegui acessá-lo. Dava erro 404.

Procurei então por um trecho do texto no Google, mas também nada. TODAS as páginas mostravam só aquele pequeno excerto, mas nunca o texto integral. Comecei a ficar DESESPERADO, né? Era uma QUESTÃO DE HONRA encontrar o link.

Então lembrei do cache do Google. Mas o que é esse cache?

Para exibir nos resultados de busca para determinada palavra o seu site, o Google armazena em seus servidores, em seu CACHE, uma versão das páginas que o seu robô Googlebot encontra. A última versão de uma página armazenada no cache do Google pode ser encontrada digitando-se cache:(url a ser pesquisada) na busca do Google. É baseado no CACHE que o Google calcula o posicionamento de seu site, e não no conteúdo atual de seu site, que pode ter sido alterado desde a última visita do Googlebot a seu site. (Fonte)

Ou seja, o cache salva o conteúdo de alguns (milhões de) sites, de tempos em tempos, para classificá-los na hora em que alguém busca por alguma palavra. Fácil, né?

Antigamente o cache do Google era facilmente encontrado. Ficava logo abaixo dos resultados da pesquisa. Veja a imagem abaixo.


Só que agora ele está menos visível. Não aparece mais desse jeito. Por que? Não sei, mas com certeza dificultou um pouco o link que eu queria encontrar. C'est la vie.

Mas então... como posso acessar ou recuperar sites baseados no cache do Google? Observe a imagem abaixo. Ao pesquisar por alguma palavra, no exemplo "Dias Comuns", o Google me mostra as páginas que contem o que procuro. Deixe o mouse sobre o resultado da busca que você quer. Ao fazer isso, aparecerá aquela seta (>>, marcada com o número 1). Clique nela e, logo em seguida, a página em cache estará disponível logo ao lado.


Essa é uma das vantagens do cache do Google: poder acessar um site que está offline ou que foi apagado recentemente. Outro ponto positivo é a possibilidade de, numa possível migração de dados, recuperar algum conteúdo que ficou para trás.

E, ah, o link que eu tava atrás era esse aqui. Procure por "O Brasil Não É um País Ocidental". Era uma conversa sobre conceituação de certas palavras.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Charlotte Perkins Gilman - O Papel de Parede Amarelo


Fui atras deste conto porque o mesmo foi citado em American Horror Story, numa cena em que Moira comenta com Vivien como os homens não entendem as mulheres. Como acham que todas fazem tempestade em copo d'água.

O conto tem MUITAS semelhanças com American Horror Story. Veja só a história do mesmo: o protagonista masculino, John, é um médico (1) que teve a iniciativa de alugar uma casa de campo (2) (por um preço abaixo da média) (3) de modo a melhorar a saúde da mulher (4). Troque "alugar" por "comprar" e "melhorar a saúde" por "manter o casamento" e VOILÀ!. Já são 4 semelhanças!

John detectou que sua cônjuge tinha histeria. E que isso não era uma doença DE VERDADE, mas sim uma espécie de fadiga. Uma neurose que só as mulheres tinham. A solução seria o descanso. Por curiosidade, vá agora no Google e pesquisa por histeria. Não foi? Vou por você.

O termo tem origem no termo médico grego hysterikos, que se referia a uma suposta condição médica peculiar a mulheres, causada por perturbações no útero, hystera em grego. O termo histeria foi utilizado por Hipócrates, que pensava que a causa da histeria fosse um movimento irregular de sangue do útero para o cérebro.

E isso combina muito bem com o que Moira falou para Vivien em American Horror Story. Se eu conhecesse todas as referências antes de ter assistido ao seriado, teria aproveitado muito mais. Muito mesmo!

Hipócrates cunhou o termo histeria. Antes de cristo. Reflita.

Voltando ao conto: enquanto o marido vivia ocupado com o trabalho (5), tendo que fazer várias visitas aos pacientes durante o dia, mal parando em casa, a mulher acabava por viver isolada. No quarto em que dormia havia um papel de parede amarelo. A mulher todo dia encarava-o e depois de certo tempo passou a ver coisas nele, coisas que só se viam NAQUELE quarto, com AQUELE papel de parede (6). Por não tem com quem conversar e precisando dar vazão aos sentimentos, ela passou a escrever um diário contando da sua relação com o quarto e o papel de parede. O diário dela é a própria história. Tudo na perspectiva feminina.

A histeria só aumenta. O papel de parede amarelo chama a atenção por suas formas disformes. A protagonista fica hipnotizada pelo mesmo. Para melhor compreensão veja a imagem abaixo:


É o azulejo do meu banheiro. As formas não tem logica, né? Se você começar a encará-las, pode ver diversas coisas. Pois foi exatamente isso que aconteceu, cientificamente falando (acho essa expressão tão boba), com a protagonista do conto. Há um nome para isso: pareidolia.

A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado.

Um relógio triste. Será?

A mulher implora de todas as formas para ir embora dali, pois percebia que seu estado de saúde se agravava cada vez mais, mas John sempre nega, pois não quer perder o dinheiro investido no aluguel. Em AHS o casal não pode ir abandonar a casa porque todo o dinheiro foi investido na mesma. Em ambos os caso, alguma coisa impede dos moradores deixarem o recinto (7).


O conto foi escrito no ano de 1891 por Charlotte Perkins Gilman e é bem curtinho, não chegando a 20 páginas (deem uma procurada pela internet que vocês acharão o conto para ler, o que eu falei aqui não é nem metade da história). Segundo a Wikipédia (confio muito nela para informações superficiais) "[o conto] É tido como um dos precursores da literatura feminista Americana, ilustrando atitudes do século XIX da saúde mental e física da mulher". Como você deve ter percebido, Charlotte é uma mulher. Digo isso porque já vi Charlotte homens. Acho muito estranho essa mania de botar nomes unissex nas crianças. Divago.

Bolsa de mulher, tecnologia, vital, supérfluo

Moro com minhas tias e minhas primas. Desde pequeno sempre teve mulher por perto. E as mulheres daqui de casa, pelo menos, tem (tinham) esse hábito de possuírem várias bolsas. Uma pra cada ocasião. É algo que eu não compreendo, mas esse não é o ponto. O foco é que quando era pequeno sempre via as bolsas delas cheias de coisas. Lotadas. Entulhadas mesmo. E eu sempre perguntava pra alguma delas: "por que tem tanta besteira nessas bolsas? metade disso não será usado em NENHUM MOMENTO DA SUA VIDA".

Só que nesses últimos 6 meses acabei por perder a carteira por duas vezes (ambas recuperadas). Só de imaginar refazer toda aquela documentação... Tudo porque a carteira vivia no meu bolso. E como dei uma emagrecida, o short ficou folgado e ela facilmente caia. Um objeto pequeno, né? Resolvi então sempre sair com a bolsa transversal. Ficaria mais fácil guardar celular, chaves, carteira, uma caneta e um papel. Por ser um objeto maior, ficaria difícil esquecê-lo em algum canto.


Por duas vezes esse mês meu celular descarregou. Porque esqueci de levar o carregador para o apartamento no final de semana. Então eu me senti meio incomunicável. Lá não tem internet. O único número que guardo na cabeça é o de casa. Lembro de números guardados na cabeça, mas não sei de quem são. Daí não sei se tô ligando pra Igor ou para uma pizzaria. Na duvida eu não ligo. Vai que a fome bate, né? Não tenho dinheiro.

Fora esse lance de me sentir totalmente desorientado, sem a possibilidade de manter contato humano (virtual ou não), voltei a pensar na bolsa das minhas tias. Porque eu comecei a incluir coisas dentro da minha bolsa agora. Tipo o cabo usb da câmera digital. E a câmera digital. POR FAVOR, NÃO ME ROUBEM. E o carregador do celular. Entendeu? Eu começo a botar coisas que TALVEZ eu venha a usar. Não que usarei efetivamente ou naquele momento especifico. Tenho essa consciência que tô ENTULHANDO. Levando peso desnecessário.

Daí tava falando com isso sobre PV. Sobre tentar se por no lugar dos outros para entender que o que é "vital" para um, pode ser supérfluo para outro. Ele disse que era impossível: "sempre será EU no lugar do OUTRO, dentro da MINHA perspectiva". E é verdade. Mas eu disse que pelo menos tentava, mesmo que na minha realidade aqueles objetos fossem dispensáveis. Ele concluiu com o argumento que pesava ambos os lados da questão: "Acho tudo supérfluo, mas nao vou encher o seu saco querendo explicações. Mas se você quer minha opiniao, jogaria metade das coisas aí fora." Pois é.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Recepção e despedida para com os jogadores do Sport de Recife


A recepção.



A despedida.


Dica do Kyorex.

Leis da Internet

Na internet, principalmente nos fóruns de discussão e redes sociais, há algumas regras não escritas, mas implícitas, sobre o comportamento dos usuários. Compilei DEZ dessas leis que você confere logo abaixo. Você concorda com todas? Discorda? Comente abaixo!

Leis (não-escritas) da Internet

Lei de Skitt: Todo post criado para corrigir erros em outro post também contém um erro.

Lei de Danth: Se você precisa insistir que venceu uma discussão na internet, é porque você provavelmente perdeu feio.

Lei de Poe: Sem um emoticon representando uma piscadela ;) ou alguma outra óbvia manifestação de humor, é impossível criar uma paródia de fundamentalismo que alguém não vá confundir com uma afirmação verdadeira.

Lei de Scopie: Em qualquer discussão envolvendo ciência ou medicina, citar sites reconhecidamente errados como fonte confiável, constitui a perda do debate automaticamente.

Lei de Godwin: À medida que cresce uma discussão online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou nazismo aproxima-se de 100%.

Mike Godwin, o criador da lei

Lei de Pommer: A opinião de uma pessoa pode mudar a partir do que ela lê na internet, saindo de nenhuma opinião para chegar em uma opinião errada.

Lei de DeMyer: Todo argumento composto basicamente de citações pode ser tranquilamente ignorado.

Lei de Cohen: Quem determina as regras que dizem que "quem determina as regras perdeu a discussão", perdeu a discussão.

Lei da exclamação: Quanto maior o número de exclamações em uma mensagem, maior a chance dela ser mentira.

E a principal regra...

Regra 34: Se algo existe, há uma versão pornô da mesma.