domingo, 29 de abril de 2012

O Resgate de um Campeão (Resurrecting the Champ)

Por que você baixou esse filme?

Pra não fugir do clichê, foi pelo certificado do Cinesophia. Agora só assisto filme lá. Enquanto isso, meu HD vai ficando cada vez mais cheio dos filmes que baixo e não vejo. Triste :(

Mas e aí, do que é que ele fala?

Desesperado por uma grande matéria, um repórter esportivo (Josh Hartnett) descobre um sem-teto (Samuel L. Jackson) que acredita ter sido o grande boxeador Bob Satterfield, que lutara até a década de 1950. A questão é que acreditava-se que o boxeador já estava morto.

Tem esse jornalista, né? A ex-mulher dele é super famosa no meio, mas ele não emplaca uma matéria digna. Seu atual editor diz que ele "digita muito, mas escreve pouco" e até retalha algumas das suas notícias. Bem diferente do editor antigo, que as adorava. O jornalista trabalha com esportes, especificamente o boxe. Seu pai era um antigo comentarista do meio e o filho seguiu o mesmo rumo.

As intensas pressões no campo pessoal (a separação, o filho) e o profissional (o editor) fazem com que o jornalista busque AQUELA reportagem. A que vai marcá-lo para o resto da vida. Num desses eventos cotidianos corriqueiros, ele acaba encontrando um mendigo que estava sendo surrado por uns garotos. É o tal boxeador da sinopse. Ou ao menos se declara ser. É a chance da vida do jornalista, falar do que acontece depois da fama e riqueza. A decadência. A tentativa de dar um toque humano. Só que o boxeador-mendigo não quer fazer a entrevista. Ironia: o jornalista MENDIGA a entrevista que só é concedida após ele abrir o jogo e falar dos seus problemas.

Daí rola todo aquele paralelo. Ambos buscam respeito. O jornalista quer o respeito profissional e quer ser um exemplo para o seu filho. O boxeador almeja o reconhecimento pelo que fez no passado, haja vista que agora é apenas um sem teto.

Nos momentos em que se mostra o relacionamento entre pai e filho, o pai tenta dar o seu melhor, ser o cara cheio dos amigos famosos. Mas é tudo mentira. Só que o filho acredita, né? Os filhos sempre acreditam nos pais. O jornalista inventa que é amigo de famosos do esporte e, em certa oportunidade, um desses "amigos" está comendo na mesa ao lado e o filho pede para apresentá-lo. E o pai "não, não vamos incomodar" e a criança replica "mas ele é o seu amigo, qual o problema?". Bem tristinho. Um ponto bacana sobre a criança é a sua inocência. Ao contar a história do boxeador que vive na rua, o garoto não aceita que as pessoas morem lá. Uma crítica, né? Afinal nós vemos isso hoje com muita naturalidade (essa naturalidade se adquire com o tempo, claro).

Bom, daí a história dá uma reviravolta e começamos a perceber as nuances do jornalismo investigativo e o que acontece se o mesmo for feito superficialmente. Não basta acreditar nas palavras, é preciso de documentos e conhecimento sobre o assunto para não se meter em uma furada. A ética do jornalista é medida pelo exemplo de pai que o jornalista quer ser para o filho. Neste caso, a criança é a limitadora das ações do seu pai.

Outros temas abordados pelo filme são a confusão entre o pessoal e o profissional, o sentimento de traição, a questão de ser reconhecido e o desejo de ser alguém melhor (afinal é um filme sobre superação).

Recomendo.

Poderia me mostrar algumas imagens?



sábado, 28 de abril de 2012

Caminhe para direita (Go Right)

Só consigo lembrar de Yi-Fu Tuan e seu livro "Espaço e lugar". Por que todos os jogos antigos o personagem normalmente se movimentava para a direita? A direita, em nossa sociedade ocidental, tem esse significado positivo. A esquerda é o contrário, é o retrocesso, é o voltar atrás. Uma pessoa de confiança é a mão direita de alguém. A direita nos jogos é o avanço, é "ir para frente". Tendo seu corpo como exemplo, a direita (nos jogos antigos) se torna um sinônimo de "frente", em oposição a esquerda, que é "atrás/costas". Ao correr para direita, você encontra novos desafios, enquanto a esquerda fica reservada para a escuridão.

Agora que contextualizei, assista ao vídeo:

 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Dorothy em sonho

Era um lugar com muita gente. Semelhante a um galpão enorme. Várias mães e sua prole. A água estava envenenada e as mães acabavam morrendo. As crianças ficavam desesperadas, correndo pra todos os lados. Escolhi uma delas. Uma menina. Dorothy. Ela não tinha nenhuma identificação. Mas me contou que estava na segunda série, sabia ler, escrever, falar e andar. Tinha apenas três anos. Trazia ela para casa, não sabia para onde levar e não podia deixá-la lá. O tal galpão estava totalmente tumultuado. Eu ficava preocupado com a falta de documentos dela, queria regularizar a situação. Tentei voltar ao local da tragedia, mas não encontrei nada. Era um local de vacinação? Provavelmente, mas não tenho certeza. Ela aprendeu rápido quando a ensinei usar computadores. Parecia muito comigo quando era mais novo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cotas

Sou a favor das cotas.

Antigamente eu achava que não existia racismo no Brasil, que usar camisas de "100% negro" era uma forma racista de se expressar e que, por isso, eu teria todo direito de usar uma camisa "100% branco".

Achava que o problema era puramente econômico. Ora, se existem pobres brancos e negros, existem também ricos negros e brancos. Todos tem sua chance, basta batalhar que você conseguirá o que deseja, afinal estamos num sistema capitalista que privilegia os que se esforçam mais.

Só que não. Não é tão simples assim. Há toda uma ideologia por trás disso.

Percebi que o racismo existe e ele é velado. Muitos de nós não percebemos porque somos privilegiados.
Sabem por que o Brasil não é um país meritocrático? Porque ninguém faz o caminho inverso. Sim, é possível que um favelado brilhante se torne presidente de empresa. Mas e as antas bem-nascidas?"

O peixe não enxerga a água justamente por ter vivido toda a sua vida rodeado por ela: só dá por sua falta quando está se debatendo no convés do barco.
Racismo é uma ação de poder e quem tem poder é o branco.
As cotas raciais a médio e longo prazo permitirão que mais e mais negros sejam vistos no mercado de trabalho como profissionais de sucesso, alterando as expectativas sociais que são atribuídas aos jovens negros.
As cotas são uma solução. Paliativa. Ainda sim uma solução. Ou uma das.


Como o racismo afeta a vida de Chris Rock nos EUA (sim, a situação lá é diferente, é apenas um exemplo:
É a primeira vez na história do mundo, que os brancos tem que ter cuidado no que dizem. Brancos, não se preocupem. É assim que a vida funciona. As vezes as pessoas com muita merda tem que calar a boca e deixar que outras pessoas falem merda delas. Eu vou dar um exemplo de como o racismo afeta a minha vida. Eu moro em um lugar chamado Alpine, New Jersey. Minha casa custa milhões de dolares. Na minha vizinhaça existem quatro pessoas negras. Centenas de casas, só quatro negros. Quem são esses quatro? um sou eu. Os outros são Mary J. Blige, Jay-Z e Eddie Murphy. Os únicos negros de toda a vizinhança. Bem, vamos analisar direito. Eu sou um comediante decente. Mary J. Blige uma das maiores cantoras de R&B que já existiu. Jay-Z um dos maiores rappers da história e Eddie Murphy um dos maiores atores de comédia da terra. sabe o que o cara branco que mora do meu lado faz da vida? Ele é uma porra de um dentista! Não é o melhor dentista do mundo, não vai pro hall da fama dos dentistas, não ganha placas por eliminar o tartaro. é apenas um dentista do tipo: “Arranca seu dente”. Você vê, um negro tem que voar, pra conseguir o que um homem branco consegue andando. É isso ai, eu tive que fazer milagres pra conseguir aquela casa. Eu tive que apresentar o Oscar, pra conseguir aquela casa. E até hoje, eu não acredito que seja a minha casa. por isso que eu deixo uma mochila bem do lado da porta, só para o caso dos brancos que são os verdadeiros donos aparecerem, um dia. “Hora de ir, negão”; “Droga, sabia que esse dia chegaria”; “Ainda bem que eu fiz as malas”. Sabe o que um dentista negro teria que fazer para se mudar pra minha vizinhança? Teria que inventar os “Dentes”!
Algumas outras frases:
"Nos lugares onde foram aplicadas, longe de gerar segregação e ódio racial, as cotas promoveram distribuição de renda e ascensão socioeconômica."

(Ser contra as cotas porque elas "podem acirrar o conflito racial" é como contra as leis trabalhistas porque os patrões vão chiar!)
No entanto, a despeito de todas as explicações ideológicas, o homem negro teimosamente insistia em conservar suas características humanas, só restando ao homem branco reexaminar a sua própria humanidade e concluir que, nesse caso, ele era mais do que humano, isto é, escolhido por Deus para ser o deus do homem negro. Era uma conclusão lógica e inevitável no caminho da radical negação de qualquer laço comum com os selvagens.
O manto de privilégios que cobre e protege a nossa classe média é tão espesso que basta o simples fato de você SER da classe média, e ter amigos e conhecidos e parentes na classe média, para que isso já lhe abra portas e lhe conceda oportunidades totalmente fora do alcance da maioria dos brasileiros.
A falta do discurso racista torna as práticas racistas invisíveis (mas não menos opressivas) e tiram a legitimidade de qualquer contra-discurso: "Do que você está reclamando, meu filho? Pare de criar caso... O Brasil não é racista, nunca tivemos leis segregacionais, VOCÊ é que está sendo racista de falar nisso..."
Não somos culpados, mas somos, sim, responsáveis por solucionar os problemas atuais de nossa sociedade
As injustiças que as cotas pretendem corrigir não são as injustiças passadas. O que passou, passou. Acabou. Caput. Perguntem a qualquer historiador. As cotas existem porque as injustiças passadas continuam repercutindo e gerando novas injustiças, atuais e prementes, HOJE
Algumas fontes dessa postagem:
Chris Rock e o Racismo nos EUA
O que é ideologia?
Empatia
Cotas de Igualdade
Racismo e Normalidade
Você é um privilegiado?
Se daqui a mil anos...
Impossibilidade do negro ser racista
Pensamento Racial antes do Racismo

Dirigindo

Estava eu dirigindo hoje quando reparo em um carro a minha frente. Adesivo de portador de deficiência mais simbolo do Demolidor. O que eu penso? O motorista é cego.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Os 10 melhores livros brasileiros (que eu já li, claro)

Dando continuidade a minha lista de melhores livros com apenas dois meses de defasagem (veja o primeiro post aqui), apresento hoje os 10 melhores livros escritos por autores brasileiros. Ao que parece, não leio muita coisa da literatura nacional. Preciso balancear isso um pouco.

Bom, vamos a lista.

10. Atiria na Amazonia de Lúcia Machado de Almeida.

Botei só pra preencher a lista. Foi o primeiro livro DE VERDADE que li na vida, lá pelos 6 anos. As revistinhas da turma da mônica e do mickey não contam. Nem os livros ilustrados.

Com a ajuda do Falcão Peregrino, que está viajando para seu país natal no Ártico, a borboleta Atíria e o Príncipe Grilo viajam para o Jardim das Delícias, na selva amazônica. Mas, chegando lá, o Príncipe Grilo é sequestrado e Atíria encara muitos perigos para resgatar seu grande amor.


9. os donos da voz de Márcia Tosta Dias.

Esse livro me ajudou bastante na minha monografia. Foi a partir dele que descobri outros livros interessantes sobre a minha temática (música e internet). Recomendo.

Este livro oferece uma análise primorosa e inédita do funcionamento da indústria fonográfica brasileira e nos permite compreender os meandros da produção dessas mercadorias culturais.

A autora avalia os avanços da indústria fonográfica no mundo, examinando sua organização administrativa, seus critérios de produção, seus números cada vez mais astronômicos, suas fusões e seus produtos em série ou diferenciados. Traça um amplo diagnóstico da produção independente e lança questões instigantes sobre a difusão musical via internet, procurando estimar o impacto das novas tecnologias na manutenção do poder das grandes companhias.

Ela demonstra que são donos da voz não somente os grandes conglomerados empresariais, mas todos os agentes envolvidos na produção de músicas, mesmo os que ainda não têm acesso à grande difusão. Considerando o enorme potencial musical existente no Brasil, por mais que hoje esses donos ainda sejam poucos, a autora nos mostra, afinal, que a voz pode ser de todos.


8. Cultura: um conceito antropológico de Roque de Barros Laraia.

O livro trata do conceito de Cultura, modificado através dos tempos. Descobri o mesmo numa disciplina que paguei, História da Cultura, e ao invés de tirar uma xerox como é de praxe, comprei o livro.

O conceito de cultura é utilizado em dois registros bem diferentes: o do senso comum e o da ciência antropológica. No senso comum, podemos notar que cultura é utilizada para distinguir numa sociedade aqueles que receberam uma educação mais refinada e, portanto, podemos discriminar pessoas ao dizer que “não têm cultura”. Para a Antropologia, cultura é um conceito que define nossa imensa capacidade de criar diferentes soluções para a vida humana.


7. O Xangô de Baker Street de Jô Soares.

Apesar de nunca ter lido nenhuma obra original de Sherlock Holmes (me refiro as escritas por Arthur Conan Doyle), sempre vi o personagem em diversas outras mídias. Achei muito bem bolado essa ideia do detetive britânico viajar ao Brasil resolver mistérios.

Rio de Janeiro, 1886. A diva francesa Sarah Bernhardt pela primeira vez se apresenta no Brasil. O público se curva perante o talento de Sarah, incluindo o imperador Dom Pedro II, que lhe conta um segredo: um valioso violino Stradivarius, um presente seu à baronesa Maria Luíza, desaparecera misteriosamente.

Sarah então sugere que o imperador convide o famoso detetive Sherlock Holmes para investigar o caso. Dom Pedro II aceita o conselho e logo o detetive inglês concorda em viajar até o Brasil para desvendar este mistério.

Ao mesmo tempo, um assassinato choca a cidade e deixa em pânico o delegado Mello Pimenta. Uma prostituta fora assassinada e teve suas orelhas decepadas e uma corda de violino estrategicamente colocada em seu corpo pelo assassino. Enquanto o delegado busca pistas, Holmes e Watson desembarcam no Rio de Janeiro sem saber os perigos que os esperam: feijoadas, caipirinhas, vatapás, pais de santo e o poder de sedução das mulatas locais.

Nesta história, Sherlock Holmes, dr. Watson e o delegado Mello Pimenta vão percorrer as ruas da capital brasileira atrás de informações para descobrir o mistério do violino e encontrar o autor dos crimes que estão chocando a cidade.


6. As Mentiras que os Homens Contam de Luís Fernando Veríssimo.

Eu leio, releio, leio novamente e ainda acho graça. Dezenas de crônicas.


5. Cazuza: Só as mães são felizes de Regina Echeverria e Lucinha Araújo.

Quando eu era pequeno, ouvia MUITO Cazuza. A biografia dele só me fez perceber que os nossos "ídolos" são pessoas como a gente.


4. Peregrino do Tempo de Eduardo Piochi.

Viagem no tempo para várias épocas conhecendo vários personagens históricos durante a infância dos mesmos. Quem não queria algo assim?

Dois irmãos realizam uma viagem no tempo, da pré-história até o futuro, passando pelo Egito, Grécia, Bretanha, França e Índia, à procura de um mundo sem guerras nem conflitos, baseado na amizade. Ao encontrar esse mundo no futuro, o desafio é voltar e, em cada época, tentar implantá-lo.


3. O Caseiro do Presidente de Carlos Castelo Branco.

Mais um bom livro de crônicas no meu tempo 10. Estas aqui são da época que Fernando Henrique Carodso foi presidente do Brasil, mas contem outras crônicas sem esse caráter político. Vale a pena

As coisas desandaram mesmo na chácara do presidente. E Alencarino, seu caseiro, através de cartas, puxa a orelha do "Seu Fernando", para mostrar a complicada situação da propriedade, que vai rolando barranco abaixo com as invasões dos sem-terra, o descaso com a lavoura e outras bobeadas do patrão sociólogo. Do jeito que está, a vaca vai indo pro brejo. O personagem FHC marca sua presença em outros momentos deste livro, que também reúne crônicas sobre diversos aspectos da vida brasileira destes tempos neoliberais. Provocando gargalhadas que vão sacudir a República.


2. A Droga da Obediencia de Pedro Bandeira.

Sempre imaginei que esse livro fosse, um dia, ser adaptado para o cinema. Fala sobre uma droga que faz as pessoas esquecerem o limite do corpo e fazerem tudo que forem mandadas. Tipo zumbis, só que sem sede de sangue/carne.

O livro que iniciou a série com os Karas Uma turma de adolescentes enfrenta o mais diabólico dos crimes! Num clima de muito mistério e suspense, cinco estudantes - os Karas - enfrentam uma macabra trama internacional: o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga! E essa droga já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios de São Paulo. Este é um trabalho para os Karas: o avesso dos coroas, o contrário dos caretas!


1. A Batalha do Apocalipse de Eduardo Spohr.

Já falei do livro aqui. É uma batalha entre anjos pelo destino do mundo. É fantástico, um dos melhores livros que já li.

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o juízo final.

Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedom, o embate final entre Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heroicas, magia, romance e suspense.

Trainspotting

Por que você baixou esse filme?

Era para o Cinesophia ter passado "O nascimento do amor", mas a gatinha que cuida da exibição disse que rolou um problema com o filme, tava corrompido ou arranhado, sei lá, e acabamos vendo Trainspotting.

Mas e aí, do que é que ele fala?
Em Edimburgo, alguns "amigos" que na verdade são ladrões e viciados, caminham inexoravelmente para o fim desta amizade e, simultaneamente (com exceção de um do bando), marcham para a auto-destruição.
O filme é visto pela perspectiva de um dos protagonistas, interpretado por EWAN MCGREGOR. Bem novinho ele estava nesse filme. Como é a mesma temática da semana passada, a existência, os filmes meio que se parecem. Como se as coisas girassem em torno das decisões dele. O filme trata muito das ESCOLHAS dos personagens. No inicio (e no fim), sempre se bate nessa tecla. Escolhas. As escolhas que você faz e como você realmente age; Há a justificativa do uso das drogas: o prazer que elas proporcional; O amigo que desvaloriza o esforço alheio; A manipulação dos homens pelas mulheres com (a falta de) sexo; A questão do "nunca ter o bastante" para ser sentir preenchido. Lembrei também de Skins, na última temporada, a questão da pedofilia. O garoto não sabia que a menina era de menor. No filme só faltou o EWAN ser denunciado. E falando em séries, RUMPLESTILSKINS (Mr. Gold), de ONCE UPON A TIME, estava presente nesse filme. Fantástico. Achei um filmaço. Além das reflexões que o filme proporciona, ainda dá pra rir bastante. Recomendo.

Poderia me mostrar algumas imagens?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Morena

Quando uma pessoa diz que uma outra é morena, o que você imagina? Uma pessoa que não é negra, branca, amarela ou uma pessoa que possui cabelo preto?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Seul contre tous

Por que você baixou esse filme?

É o evento de toda sexta, o Cinesophia na UFRN.

Sou muito preguiçoso pra escrever sobre um filme que vi semana passada. Anoto tudo num papelzinho, mas por algum motivo protelo muito para passar para o computador.

Mas e aí, do que é que ele fala?

A figura central da trama é o açougueiro de cavalos (Philippe Nahon), uma criatura violenta, petrificada, que vaga por labirintos obsessivos repletos de recalques, ódio contra estrangeiros e homossexuais, com a sempre onipresente figura da filha que ele deseja de maneira doentia.

Esse filme me deixou muito tenso. É meio angustiante a forma com o protagonista lida com o mundo. Milhões de tabus são colocados em prática no filme. O ideal é que se assista ao média-metragem que deu a origem a este longa, também do mesmo diretor (Gaspar Noé), chamado "Carne".

Meus rascunhos acerca do filme:

1. Cada um defende aquilo que é seu. No caso do filme, o dinheiro.
2. "Nascemos, vivemos e morremos sozinhos".
3. "A vida não tem mais sentido depois que se perde a vontade de foder".
4. A questão do machismo, culpando a mulher por todas as desgraças da vida dele.
5. "Quanto menos dinheiro se tem, mais as pessoas te evitam".
6. A lamentação pela situação que a França atravessa se metamorfoseia na própria figura do personagem. Ele é a França, de certo modo!
7. "A prisão é para os pobres. Os ricos tem a lei ao seu lado".
8. A xenofobia que o protagonista sente ao se deparar com estrangeiros ocupando espaços que antes eram seus.
9. A questão do patriotismo. "Tudo depende da sorte de onde você nasceu". Até já conversei sobre patriotismo aqui. É tudo questão de sorte mesmo. De você ter nascido no país certo, no lugar certo, na família certa. Coisas que você consegue apenas por ter tido a sorte de nascer no determinado espaço geográfico.
10. Um ponto bacana do filme são os milhões de pensamentos que o protagonista vai conectando. Ao mesmo tempo que parecem tão difusos, vão se misturando e dando uma ideia de quão confusa é a cabeça dele.

Poderia me mostrar algumas imagens?



Como usar os LIKES do Facebook na vida real

A C&A usou de cabides especiais para integrar o LIKE/Gostei do Facebook as suas coleções. Assim, as pessoas da loja saberão em tempo real qual é a roupa preferida do povão.


Pena que só funciona no Shopping Iguatemi em São Paulo. Seria bacana que a ação se expandisse para todas as lojas e que fosse usada mesmo como um medidor e não apenas uma ação singular. Poderiam fazer durar essa ideia.

Fonte

domingo, 8 de abril de 2012

Titanic Super 3D

Tão sabendo que Titanic tá sendo relançado em vários cinemas, né? Agora imagina se as músicas fossem remixadas, monstros gigantes atacassem o navio, stormtroopers aparecerem (George Lucas), efeitos futuristas (J. J. Abrams) e explosões (Michael Bay). Deu pra imaginar? Alguém já imaginou por você!

The Hurt Locker

Por que você baixou esse filme?

O famoso Guerra ao Terror. Baixei porque vi em algum blog, que não lembro qual, que falava de um soldado com séries desvios mentais que adorava guerra e estava no Iraque. Ou talvez isso veio da minha cabeça.

Mas e aí, do que é que ele fala?

Para um grupo de soldados americanos, alguns dias os separam do retorno para casa. Um período relativamente curto, se não fosse por tantas ocorrências que transformassem esse fim de jornada em um verdadeiro terror. As forças armadas precisam de especialistas não só nos campos de combate mas também no dia a dia, na proteção do grupo contra insurgentes que promovem atentados com engenhos explosivos improvisados (IEDs, na sigla em inglês), matando tanto civis como combatentes. O filme passa se no Iraque.

Não entendo como um filme tão chato, monótono e maçante conseguiu vencer o Oscar 2010. Aliás, eu entendo. Era sobre os pobres soldados americanos no Iraque. Coitado deles. Sério, sem ironia. Nada mais PATRIOTA do que premiar os filmes que falam deles. (Os outros filmes que foram indicados e que eu considero melhor são UP - Altas Aventuras, Distrito 9, Avatar e Bastados Inglórios. Daí você tira como deve ter sido essa premiação).

Nem tenho muito o que falar do filme. O capitão de um esquadrão morre e é substituído por um cara meio inconsequente. Não consigo pensar no filme, porque só me vem a cabeça o contexto da história.

No fim do filme aparece KATE (de LOST). E rola aquela crítica, acho. Na parte do cereal. Tantas marcas a sua disposição, ao alcance da mão e, enquanto isso, o Iraque lá, todo fudido. E o resto do mundo também. Sei lá. E aquele final? Ele ama o bebê ou o país dele? Acho meio babaca esse lance de patriotismo.

Enfim, não recomendo nem pro meu inimigo esse filme. Só se for pra morrer de tédio mesmo.

Poderia me mostrar algumas imagens?



sábado, 7 de abril de 2012

The Hunger Games


Pra começo de conversa, esse pássaro acima é um Tordo. Sim, o simbolo que Katniss ostenta em sua roupa.

Por que você baixou esse filme?

Não baixei. Vi no cinema. E paguei inteira, ainda mais! Tudo porque a carteira perdeu a validade e eu não percebi. Preciso fazer a nova!

Mas e aí, do que é que ele fala?

A história se passa em uma nação pós-apocalíptica chamada Panem constituída por 12 distritos que são governados pela Capital, uma cidade muito poderosa. A história começa quando Katniss pega o lugar da sua irmã, Prim, que foi sorteada para ser o tributo feminino nos Jogos Vorazes, um jogo criado pelo governo da Capital, onde são escolhidos um menino e uma menina de cada distrito como tributo, de idade entre 12 e 18 anos, como uma forma de mostrar que eles mandam em Panem. Katniss se vê dividida pela luta pela sobrevivência e pelos seus sentimentos com Peeta, o tributo masculino do seu distrito.

É um dos melhores filmes que já assisti. Minhas anotações foram as seguintes:


A questão do Big Brother. Câmeras por todo o lado filmando os famosos jogos vorazes. O público ensandecido, querendo mais e mais dos participantes. Só faltou mesmo a votação para escolher os eliminados! (Não esqueça também de NO LIMITE. Cadê os OLHOS DE CABRA?)

A moda. Os personagens da cidade de Panem tem um visual bastante diferente do nossos. Cabelos multicoloridos, roupas espalhafatosas. Não sei quem começou com essa tendencia, mas é possível perceber que se as pessoas importantes usam essas roupas, o resto da população usará.

A falta de raciocínio crítico. Ninguém pensava sobre os jogos vorazes e a carnificina gerada. Era sempre o divertimento. Exceto LENNY KRAVITZ, que disse "sinto muito" para a menina por ela estar aqui, os outros personagens a cumprimentavam.


A polêmica sobre Rue. Antes de ver o filme, eu li este artigo no Papo de Homem e soube dessa polêmica sobre Rue ser negra e os fãs não gostarem. Porque eles não tinham percebido no livro que ela era negra. Como não li, não tive problema nenhum com isso. E nem teria. Penso que a personagem deva ter sido mais explorada nos livros, pras pessoas criarem empatia (e depois ojeriza) por ela, então acho que faltou isso no filme. Mais destaque a Rue.

O corno. Coitado do namoradinho da protagonista. Teve que suportar vê-la ficar com outro cara! Mas descobri depois que, no livro, ela apenas estava simulando. No filme isso não fica tão claro, apesar do que é dito sobre "isso é só televisão, venda o produto". No caso, um casal romântico.

O PEDRO BIAL dos jogos. Ria toda hora. Sensacional. Eu ria só vendo ele rir. Contagioso mesmo.

A resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais (Guia do Mochileiro Feelings)

Quando o LOIRÃO apareceu, o que venceu uma edição anterior dos jogos e iria dar conselho para o casal, só consegui lembrar de Sawyer (de LOST). Até pensei que fosse o mesmo.

A cidade futurista, rica e ociosa em contraste com os distritos paupérrimos e policiados. Não sei como serão nos próximos filmes, mas nesse talvez tenha faltado explorar um pouco mais a dinâmica da capital.

Pergunta: como é o resto do planeta nessa mitologia de Jogos Vorazes? As pessoas aceitam isso bem?

"Que a força esteja com você" (Star Wars Feelings)

O filme tem tensão a todo momento! Você realmente se sente como um telespectador da cidade assistindo aos jogos. Só é estranho torcer quando se sabe que o PROTAGONISMO sempre vence, mas mesmo assim se torce!

Gostei da forma que eles filmaram algumas cenas. Era como se transportassem-nos ao papel dos TRIBUTOS. Câmera em primeira pessoa.

A flecha, a maçã e o porco!

Serve até para a vida real

Talvez eu tenha entendido errado, mas eu achei que os campeões do evento vivessem na cidade, igual ao LOIRÃO e não voltassem para os seus distritos de origem. Do que vale vencer, se não há um prêmio?

Como aquelas BESTAS criadas em computador tornam-se orgânicas e aparecem no cenário dos jogos? COMO!?

Será que os realizadores dos Jogos Vorazes perseguiam também os outros competidores ou era só com a protagonista? Soltar uma FIREBALL em uma pessoa não deve ser nada agradável.

Tem até a cotação, veja só!

QUERO UMA POMADA DAQUELAS!

Estou ansioso para ler os livros. Nem Game of Thrones me empolgou tanto assim.

O final foi ótimo, mas se as coisas não acontecessem daquele jeito, seria ótimo do mesmo jeito. Uma tragédia semelhante a Romeu & Julieta.



Aquela frase que eles usam, "Que a sorte esteja sempre ao seu favor!", é tão Star Wars. Troque SORTE por FORÇA e o sentido é o mesmo.

NÃO TEM NADA A VER com Crepúsculo/Twilight ou Harry Potter ou Senhor dos Aneis. Querem uma comparação boa? Tem semelhanças com BATTLE ROYALE e a série brasileira 3%. A única semelhança com os filmes que citei é que são adaptados de livros.

O romance, no sentido de AMOR, na história é praticamente inexistente. É muita AÇÃO e SUSPENSE.




Another

Fazia MUITO tempo que eu não me empolgava em assistir um anime.

Há 26 anos atrás, um incidente mudaria uma colégio. A morte de uma estudante exemplar, comunicativa, bonita e simpática, muda o ciclo do colégio. Desde então a Sala 3 do 9° ano do ensino fundamental do Colégio Yomiyama da Zona Norte não é mais o mesmo.

Na primavera de 1998, um estudante de 15, Sakakibara Kouichi, se muda de Tóquio para Yomiyama, a cidade natal de sua mãe, pelo fato de seu pai estar a trabalho na Índia. Pouco antes do início das aulas ele é internado com pneumotórax. É no hospital, após a visita de alguns dos seus futuros colegas de classe, que ele começa a sentir a atmosfera diferente que envolve a cidade e em especial o seu novo colégio. No hospital ele também conhece uma garota - Misaki Mei - com um tapa olho. Kouichi percebe que somente a sua sala é diferente, e que algo estranho acontece ao seu redor, mesmo sem saber o porquê. Aos poucos ele vai descobrindo o que houve na sala 3 do 9° ano, o incidente de 26 anos atrás, período que sua mãe estudava no colégio, na mesma sala. E aos poucos vai se deparando com terríveis acontecimentos.



Mas por que eu achei ótimo? A história é bacana, há muita emoção, o suspense é bem feito. Mexe com o sobrenatural, mas não apela somente para esse lado. Além da empatia pelos dois personagens principais, o que mais me chamou a atenção é a trilha sonora. Simplesmente fantástica! Ela que dá aquele "medinho" nas pessoas.

Em pelo menos duas partes do anime - que é curto, apenas 12 episódios - existem plot twists que tornam a história mais interessante e as certezas que você vinha acumulando nos episódios anteriores tornam-se apenas teorias bobas feitas pela sua cabeça.

Plot Twist é o nome que se dá quando há uma reviravolta, em alguma história.


Baixei Another legendado pelo fansub MDAN. Esta aqui é a tracker deles. Só é possível baixar em torrent. É só se cadastrar e baixar. A trilha sonora foi composta por Kow Otani. Cara, esse é o mesmo compositor das músicas de SHADOW OF THE COLOSSUS. Quando eu descobri isso, me espantei, porque tava achando muito parecido! Pena que não encontrei para download.

Recomendo MUITO assistirem.

P.S.: Tá pra sair o filme de Another. Não perco por nada!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fahrenheit 451

Por que você baixou esse filme?

Mesmo caso da semana passada. O evento na UFRN: Cinesophia.

Mas e aí, do que é que ele fala?

Num futuro hipotético, os livros e toda forma de escrita são proibidos por um regime totalitário, sob o argumento de que fazem as pessoas infelizes e improdutivas.

Se alguém é flagrado lendo é preso e "reeducado". Se uma casa tem muitos livros e um vizinho denuncia, os "bombeiros" são chamados para incendiá-la. Montag é um desses bombeiros. Chamado para agir numa casa "condenada", ele começa a furtar livros para ler. Seu comportamento começa a mudar, até que sua mulher, Linda, desconfia e o denuncia. Enquanto isso, ele mantém amizade com Clarisse, uma mulher que conhecera no metrô.

O número 451 refere-se à temperatura (em Fahrenheit) a qual o papel ou o livro incendeia.

Minhas impressões sobre:

1. Achei bacana usar o bombeiro como o cara que, ao invés de apagar incêndios, os promove. Só que em livros.
2. "Livros fazem pessoas ficarem descontentes". De certo modo sim, né? É o que dizem quando falam que "a ignorância é uma benção". Quanto mais se sabe, mais se preocupa.
3. O lance da menina ser atriz interagindo com a televisão é tão surreal. Ela nem raciocina, é pura decoreba de falas "sim" e "não". Não há nenhuma formulação de pensamento. É como nós fazemos ao aceitar passivamente o que é nos dito.
4. Pergunta: como as pessoas sabem ler se não há livros? E as regras gramaticais? É tudo via tradição oral? Haviam livros feitos pelo governo? Não sei se o livro fala sobre o assunto, mas o filme não deixa isso claro.
5. Pergunta: a mulher precisando fazer uma "lavagem" no sangue para poder ficar boa. O que foi aquilo? Ela perdeu a memória? Por que?
6. Pergunta: por que em determinada parte do filme ele não conseguia subir ou desce pelo cabo de aço? E por que ele subia? Era algum sensor magnético que fazia ele subir? Mal fazia esforço!
7. Outro ponto interessante do filme é quando justificam que os livros tornam as pessoas desiguais, porque quem os lê se acham superior. Isso é meio que verdade até hoje. As pessoas cultuam demais o livro em detrimento de outras mídias e acham muito bonito quem lê.
8. As "pessoas-livros" guardam o livro inteiro na memória. Só que a memória se modifica, né? A medida que se conta uma história, altera-se aqui e acolá uma parte da mesma. Logo, o livro não está "puro" como no papel. Fora que decorar um livro inteiro... é muito surreal. Fora que cabe outro questionamento: do que adianta ler um livro se não há debate sobre o mesmo?
9. COMO ELES FORAM DAR UM LANÇA-CHAMAS PARA UM CRIMINOSO? Tava na cara que ia dar merda.
10. E aquele JET PACK? EFEITOS ESPECIAIS!

Achei a ideia do filme muito boa e espero poder ler o livro. Deve ter muito mais detalhes.

Poderia me mostrar algumas imagens?



domingo, 1 de abril de 2012

Assistir eventos esportivas online e de graça

De repente você quer assistir algum evento esportivo (futebol, basquete, baseball, handball, hockey, esportes a moto, rugby, tenis, vôlei entre outros outros esportes) e este não passa na sua TV aberta (ou mesma na TV fechada) e você está desesperado para acompanhar a tal transmissão esportiva, seus problemas acabaram.

Existe um site chamado LSHunter (http://www.lshunter.tv) em que SEMPRE você encontra links para assistir ao seu esporte preferido AO VIVO.

Centenas de competições esportivas amontoadas em um só site. Não precisa pagar para assistir e não tem tantas propagandas no meio dos vídeos como em outros sites (Justin, por exemplo).

Recomendo muito o LSHunter.tv para assistir futebol ao vivo. Nunca perdi um jogo do Corinthians!