sábado, 30 de junho de 2012

Deadman Wonderland


Imagine que você é um personagem de anime. O dia está bonito, o sol brilha forte, você chega no seu querido colégio. Estão todos lá: seu melhor amigo, seus coleguinhas, sua paquerinha... Só que de repente, um cara aparece flutuando na janela (você está no segundo ou terceiro andar do prédio). Esse cara solta algum tipo de poder/magia e acaba massacrando toda sua turma. TODOS ESTÃO MORTOS. Exceto você (só que ainda não sabe disso), o protagonista. Então você acorda no hospital e tem alguns policias por perto. E eles te prendem. Conforme eles te explicam, há várias provas contra você, além de ser o único que sobreviveu ao massacre. Aparece até um vídeo seu confessando ter matado todos. SÓ QUE VOCÊ SABE QUE NÃO FEZ ISSO!

Tu acaba indo preso. No julgamento, te condenam a pena de morte e você acaba indo parar numa prisão chamada DEADMAN WONDERLAND. Essa é basicamente a historia do protagonista do anime, Ganta.


O ano é 2023. "Deadman Wonderland", uma provável referência ao País das Maravilhas de Alice, é o nome de uma prisão particular em Tóquio, Japão. Mas ela não é apenas isso! Além de abrigar vários presos, ela é também um parque de diversões. Aberta a visitações, usa seus presos como peças de entretenimento e lucro.

Perceba como mesmo nas piores ocasiões, o capitalismo impera. Sempre tentando lucrar a custa do prejuízo dos outros. Pra você ter uma ideia de como é cenário da prisão, imagine uma DISNEY onde só trabalhem pessoas perigosas, delinquentes e todos os adjetivos nessa linha.


Dez anos se passaram desde o Grande Terremoto em Tokyo, um desastre natural que afundou 70% de Tokyo no mar. O que você faria se de repente visse uma criatura coberta de sangue na sacada da janela de sua sala? E, se ela emitisse um som, que só você escutasse?e ainda pior...quando essa criatura, que só você pode ver, mata 21 alunos de forma brutal e só deixa você vivo? Ganta Igarashi foi acusado de um crime no qual não cometeu,e enviado a uma nova e incrível prisão instalada no japão,onde os detentos, são as maiores atrações no maior, mais moderno e louco coliseu de todos os tempos... ao encontrar uma pequena garota, acaba descobrindo poderes que até então não sabia que possuia, começando assim sua busca por inocência e vingança.

A roupa dela não lembra Rei Ayanami de Evangelion?

Na prisão, para evitar fugas, os presos tem preso um aparelho em seu pescoço, que funciona como GPS. Esse mesmo aparelho injeta pequenas doses de veneno diariamente e é necessário comer um bala de três em três dias, caso contrário tu morre. Isso me lembrou bastante aquele filme IN TIME, com Justin Timberlake. Em ambos, as pessoas vivem numa sociedade em que "compram vida" e para isso precisam trabalhar e ganhar pontos. (No filme, os pontos fazem parte da sua vida, ou seja, quando se chega a zero... MORTE!)

Talvez a bala, o antidoto, sirva pra retratar nossas pequenas doses de drogas diárias (a minha é a internet). Nossos vícios, mesmo que não queiramos. Sem aquela pequena porção de droga por dia, não funcionamos.


Na prisão é aquela coisa, né? Há toda uma hierarquia. Presos mais antigos, mais temidos, facções... acontecem várias humilhações. De modo a manter a ordem, existem os carcereiros. Dão choquinho, rasgam a pele da pessoa com espadas... coisas comuns, né?

Por falar em violência, há muito SANGUE, SANGUE, SANGUE! Isso porque a medida que a história progride, os donos da prisão (que lembram muito aqueles diretores da NERV em Evangelion), começam a realizar duelos entre os presos. Uma espécie de gladiadores modernos, misturados com jogos vorazes.


Concomitante a isso, o discurso da sociedade (no anime) é claro: os presos já estão condenados, então quem se importa se morrerem para diversão deles? Alguns até acham que o sangue é efeito especial!


A história da série, como falei no inicio, é a história de Ganta e sua relação com a Deadman Wonderland. O que Ganta fará para conseguir provar sua inocência? Será que ele tentará fugir da prisão? Que desastre natural ocorreu no mesmo lugar onde foi construída a prisão? Por que a garota de colant branco, Shiro, é amiga dele? De onde eles se conhecem? Por que ela não tem um número de identificação como os outros presos? Quem foi o responsável pelo massacre da escola e por que Ganta foi o único sobrevivente?

Laranja Mecânica?

Deadman Wonderland é um anime de 2011. Possui 12 episódios e um OVA contando o passado de um dos personagens. Assim como o último anime legal que vi, Another, o gênero de DW é Horror e Ação. A abertura é toda em inglês, fugindo do padrão. Lembra Linkin Park.

Obrigado a Cristiano que me indicou!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O capítulo de Bleach dessa semana


Júlio
tu ta lendo bleach? o capitulo dessa semana foi irado
me empolguei fuderoso
hahaha

Rafael
não
só acompanhei o anime
ai ficou sem noção
e pareid e acompanhar
parei de*

Júlio
ficou sem noção depois de aizen, ne?

Rafael
sim
man
dorgas

Júlio
concordo plenamente

Rafael
não tem outra explicação
tava tudo tão legal
tao lindo
tão coerente
eu estava ate esquecendo de mulher
ai o viado do roteirista fumou pedra

Júlio
freské/ UAHUHAUHAUHAUHA

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A limitação física não diminui os sentimentos das pessoas


Dia desses um AMIGO curtiu um status no facebook que dizia o seguinte:

Um grande abraço para todos os pseudo-torcedores do facebook. Torcedor vai ao estádio. Quem assiste pela TV é telespectador. Boa noite.

Provavelmente o mesmo deveria estar se referindo aos torcedores Corinthianos, já que a frase foi postada no mesmo dia da semifinal contra o Santos. Mas vamos fingir que não é apenas dor-de-cotovelo e sim uma reclamação contra todas as pessoas que torcem e não vão ao estádio.

Eu acho arcaica essa afirmação.

Primeiro ele afirma que torcedor é aquele que vai ao estádio. Ele não diz "APENAS" é torcedor que vai ao estádio, mas pela fúria do comentário, deve ter sido esse o sentido. Ora, eu nunca fui assistir nenhum jogo do Corinthians ou da Seleção Brasileira... logo não sou torcedor deles? Que pena pra mim que não tenho dinheiro pra viajar por aí (ainda mais no caso da seleção, que mal joga no Brasil)!

Mas o que seria essa figura do torcedor? Ir ao estádio é, sim, um dos elementos, pois gera renda para o clube. Comprar produtos do time (camisa, canecas, etc) também ajuda. Assistir o time pela TV faz aumentar a audiência da emissora que servirá como parâmetro para os patrocinadores descobrirem aqueles times com maior apelo popular em determinadas regiões do país. Por que isolar um único fator para dizer quem é torcedor e quem não é?

Isso pra não falar do aspecto psicológico. Você acredita que o sentimento de torcer é diferente de quem vai ao estádio e de quem não tem essa condição? Talvez. Acredito que há pessoas que possuem condições de ir ao estádio e admiro a iniciativa das mesmas enfrentarem sol e chuva para verem o seu time. Torcer ali no estádio É, SIM, DIFERENTE de torcer em casa, mas isso não diminui um (apenas exalta outro). Contudo, se você pensar bem, é apenas uma minoria que tem possibilidade de realizar isso. Por exemplo: a média de público do Corinthians no campeonato brasileiro de 2011, como mandante, foi de 28.918. Um total de 520.534 pessoas viram os jogos no estádio. Só que pesquisas recentes dizem que a torcida tem 25 milhões de pessoas. E agora? Mais de 24 milhões não são torcedores por não poderem, por motivos diversos, irem ao estádio? Acho que não, né?

Acho muita arrogância querer julgar quem pertence ou não pertence a uma categoria apenas por convenções espaciais. Não acho que alguém seja menos ou mais torcedor por ir ou não ir ao estádio, assim como não acredito que para se dizer amigo de alguém você precise conhecê-lo há anos.

P.S: Muita gente se espanta quando brasileiros dizem torcer para outras seleções. Argentina, Itália, Alemanha, sei lá. Pra mim é a mesma coisa que torcer por um time de fora. Identificação. Não é por você fatalmente ter nascido em um país que deva exacerbar seu "patriotismo" na hora dos jogos (leia um diálogo sobre o assunto aqui). Eu, por exemplo, assisto Formula 1 porque gosto de automobilismo. É legal ver um brasileiro vencendo? É. Mas a competição, pra mim, é mais importante.

Relato de um fã apaixonado:

Claro que o sentimento é diferente, pelo amor de deus! O cara no estádio, sofrendo de verdade, pega carro, enfrenta fila, paga ingresso, pega chuva, comemora os gols, volta pra casa ouvindo, feliz, no rádio, a vitória, ou então tem que voltar pra casa de carro puto com a derrota, com todo mundo calado no carro. Querer dizer que isso é a mesma coisa de ver o jogo na TV, que o sentimento é o mesmo... não é, bicho. O cara pode amar muito o time, ficar puto, chutar a mesa da cozinha... o sentimento é muito diferente. Um é uma coisa, um tipo de sentimento; o outro, que vê pela tv, tem outro tipo. Mas não dá pra comparar

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes: A Game of Shadows)

É impossível assistir o filme de Sherlock sem compará-lo com a série inglesa produzida pela BBC. A série é muito melhor. Não que os filmes sejam ruins, mas é que a série simplesmente eclipsa.


Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) continua desenvolvendo novos disfarces e maneiras de ludibriar seus oponentes, enquanto seu fiel escudeiro John Watson (Jude Law) está prestes a se casar e sair numa lua de mel dos sonhos com sua amada Mary Morstan (Kelly Reilly). A única coisa que o caro Watson não contava era que seu amigo Holmes apareceria com uma nova teoria conspiratória de que o ardiloso Professor Moriarty (Jarred Harris) estaria por trás de uma série de assassinatos, que visam desestabilizar a paz mundial. Quando a amiga Irene Adler (Rachel McAdams) desaparece, depois de prestar um serviço sujo para Moriarty, Holmes descobre que a cigana Simza (Noomi Rapace) pode ser a chave para desvendar todo o mistério por trás das mortes. A questão é: conseguirá Holmes superar a esperteza do terrível Moriarty?

Esse lance de Sherlock prever as coisas é o charme dele, mas ficar mostrando isso na tela em TODA CENA DE AÇÃO é muito sacal. Principalmente porque as coisas sempre (quase) acontecem do jeito que ela previu. Ele é infalível?

Posteriormente, os produtores mostram esse mesmo recurso quando Moriarty entra em cena. É demais.

(Falando em Moriarty, o ator é o mesmo David Robert Jones de Fringe, Jared Harris. Ótima escolha!)


Outro personagem que apareceu foi Mycroft, o irmão de Sherlock. Que é tão inteligente quanto nosso prodigioso e supostamente infalível detetive. E tão excêntrico quanto.


A mulher que não era amada pelos homens também está no filme. E, poxa, ela é muito bonita. A beleza dela nunca foi destacada quando a mesma possuía a tatuagem de dragão. Não conheço as histórias de Sherlock, então não posso dizer qual a importância da personagem Madam Simza Heron na história (ou mesmo se ela existe!), mas a atriz consegue chamar atenção na tela com seu papel de cartomante.


Eu nem falei de Watson, né? Porque ele é o único personagem normal. Quer apenas casar, mas é arrastado pelas loucas aventuras de Sherlock. Um verdadeiro bromance, porque ao mesmo tempo que quer ter sua família, Watson não consegue dizer não a seu amigo.

Qualquer episódio do seriado Sherlock é melhor que os filmes. Inclusive há várias coincidências: Sherlock supostamente morreu no filme igual ao que ocorreu na série; o depoimento dado por Watson. Minha duvida é: Irene Adler, morreu mesmo? Ela era tão legal!


Provavelmente haverá a continuação. Vou assistir. Serve como entretenimento. Mas vai ser impossível deixar de comparar com a série.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans)


A trama começa dez anos depois do primeiro filme. Após derrotar o monstro Kraken, Perseu (Sam Worthington), o semideus filho de Zeus (Liam Neeson), tenta levar uma vida calma de pescador e criar sozinho o seu filho de dez anos, Helius. Enquanto isso, uma luta por supremacia opõe os deuses, enfraquecidos pela falta de crença dos homens, e os titãs, liderados por Cronos.
Perseu não pode mais ignorar a sua participação nessa luta, quando Hades (Ralph Fiennes) e Ares (Édgar Ramírez) fazem um trato com Cronos para capturar Zeus. O poder dos titãs aumenta à medida em que Zeus perde os seus, e o inferno do Tártaro, onde os titãs eram mantidos presos, periga se alastrar pela Terra. Resta a Perseu - ao lado de Andromeda (Rosamund Pike), o semideus Agenor (Toby Kebbell) e o deus caído Hefesto (Bill Nighy) - invadir o submundo, resgatar Zeus e salvar o mundo.

A história mostra todo um antagonismo entre deuses e monstros que promove o equilíbrio do planeta. É preciso acreditar e rezar para os deuses, de modo que eles ganhem poderes para derrotar os monstros. Só que desde a morte do Kraken, o pessoal anda meio ateu, não reza mais, não faz mais oferendas, e quando faz, é pro deus errado. Então o sistema começa a entrar em colapso.


No fim, tudo é uma questão de PROBLEMAS DE FAMÍLIA. O pai, o titã Cronos, tá preso pelo próprio filho; O irmão, Hades, ainda é ressentido por ter sido exilado para o inferno; E o filho, Ares, tem inveja da atenção que Zeus dá a Perseu. Tudo poderia ter sido esclarecido com uma discussão do relacionamento, mas preferiram guerrear.

Perguntas e curiosidades:

- Por que o Pegasus galopa quando está no céu? É só bater as asas! Não lembro de ver pássaros mexendo as pernas pra pegar impulso enquanto estão no ar.
- Por que concederam tudo que Agenou, o filho bastado de Poseidon, pediu e mesmo assim ainda o deixaram preso?
- E por que o mesmo Agenor resolveu ajudar? por que ele ajudou? pelo ouro? Não faz sentido. Apesar de ter sido abandonado pelos deuses, aparentemente ele era um homem "sem honra" (mentiroso, ladrão, etc), bem diferente de Perseu.


- Os ciclopes lembram muito os Colossi de Shadow Of the Colossus.
- Os Titãs também lembram. Lembram muito mais aliás.
- Que língua é essa falada pelos Ciclopes?
- Hades me lembrou Saruman.
- Hefesto lembra Dumbledore.
- Agenor, filho de Poseidon, era pra ser a parte cômica... mas não foi.


Não gostei da caracterização de Cronos... não por não ser bem feito, mas por que ele tem que parecer um monstro e não um humano? Realçar o antagonismo entre deuses e monstros? Só pode, né?

Uma nova era dos deuses se aproxima? Será que vão transformar Agenor e Perseu em novos deuses ou usarão do EXCESSO DE PROTAGONISMO para trazer de volta a vida a Poseidon e Zeus? O terceiro filme está confirmado, então...


Fúria de Titãs 2 é um filme fraco, mais fraco que o primeiro. Os efeitos são bonitos, mas a história não convence e as cenas de ação são minimas. Eu não conseguia prestar muita atenção, sempre olhava pra ver quanto tempo faltava para terminar. A única coisa boa que eu tiro desse filme é: É POSSÍVEL FAZER UM ÓTIMO FILME DE GOD OF WAR. Como ainda não fizeram? :(

P.S.: E AQUELE BEIJO COM ANDRÔMEDA? Totalmente sem contexto!

Uma conversa do passado


[22:48:43] [leonardo] tais aih eu ?
[22:48:47] [eu] fala
[22:48:51] [eu] é física amanhã
[22:48:55] [eu] mas vá não homi!
[22:48:59] [leonardo] eu vou doido \o/
[22:48:59] [eu] falta só uma semana pra completar um mês
[22:49:00] [eu] uahuahaua
[22:49:03] [eu] pô!
[22:49:04] [leonardo] auehuahe
[22:49:05] [eu] sacanagem
[22:49:05] [leonardo] homi
[22:49:06] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:49:11] [leonardo] o psicologo ligou aki pra casa
[22:49:12] [leonardo] o paw comeu
[22:49:13] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUAhuUuhaAhuhuHUAhuHUa+
[22:49:14] [leonardo] auheuaheuaheuaheuheuhae
[22:49:16] [eu] conta ai
[22:49:24] [leonardo] digai se o bixo eh prego...
[22:49:28] [leonardo] liga
[22:49:33] [leonardo] ai pede pra fala com meu pai
[22:49:50] [eu] hm
[22:50:17] [leonardo] "aki eh do serviço de coordenação e psicologia, quanto ao aluno tal, nos gostariamos de saber se ele ainda volta as aulas.."
[22:50:31] [leonardo] ai meu pai girino.. pensava q n tava tendo aula!
[22:50:31] [leonardo] ai
[22:50:35] [leonardo] meu pai ficou sem intender neh
[22:50:41] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:50:45] [leonardo] ai o bixo "eh pq ele ja tem mais de 30 faltas soh em geografia.."
[22:50:54] [eu] o que tu disse pra teu pai achar que não tinha aula?
[22:50:57] [leonardo] e eh tambem pra avisar que amanha (sabado) tem aula!
[22:51:09] [leonardo] eu disse q tva tendo o jerns e q em epoca de jerns nao tem aula euaheuheuhae
[22:51:12] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:51:16] [eu] 3 semanas d ejerns
[22:51:19] [eu] praticamente uma olimpiada
[22:51:19] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:51:25] [leonardo] fuderoso auheauheuaheuaheuahe
[22:51:26] [leonardo] homi
[22:51:32] [leonardo] e o encerramento..
[22:51:38] [leonardo] foi quarta, quinta e sexta...
[22:51:39] [leonardo] auheauheuaheuaheuah
[22:51:48] [leonardo] 3 dias sem aula p causa do encerramento do jerns auheauheua
[22:52:04] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:52:20] [leonardo] muheauehuehauehauehauehaue
[22:52:29] [eu] caralho eu to rindo d+
[22:52:30] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:52:34] [eu] chega vieram perguntar aqui o que foi
[22:52:42] [leonardo] auehauehauehauehauehaue
[22:53:26] [leonardo] o psicologo foi la na sala sabado atras d mim foi?
[22:53:30] [leonardo] ow foi soh sexta?
[22:54:00] [eu] sexta
[22:54:04] [eu] aliás
[22:54:05] [eu] quinta
[22:54:08] [eu] foi quinta ou sexta
[22:54:13] [eu] acho que foi quinta mesmo
[22:54:21] [leonardo] foi sexta... q ele ligow sexta
[22:54:32] [leonardo] ei.. ql o assunto da prova heim? sab dizer d kbça?
[22:54:50] [eu] espelhos
[22:55:11] [leonardo] soh?
[22:55:40] [eu] é
[22:55:43] [eu] aquele esquema de refração
[22:55:45] [eu] essas coisas
[22:56:01] [eu] esse homi vai tirar um 10 amanhã né?
[22:56:22] [leonardo] ora se nao... soh pela presença ja vale 10 man..
[22:56:33] [leonardo] eh por isso q eu n vou pra aula.. pra valorizarem minha presença sabe..
[22:56:33] [leonardo] uaheauheauheauheauheauheuahe
[22:56:45] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[22:56:54] [eu] eu tava falando disso com sicrano ontem
[22:56:57] [eu] negócio das suas faltas
[22:56:58] [eu] ele disse que
[22:57:00] [eu] se o cara tivesse
[22:57:02] [eu] 30% de faltas
[22:57:07] [eu] aumentava a media do cara pra 1pt
[22:57:10] [eu] e tu ia precisar de 8
[22:57:13] [eu] algo do tipo
[22:57:15] [eu] mas sei se é verdade não
[22:58:16] [leonardo] krai
[22:58:23] [leonardo] ai eh torando msm
[22:58:33] [eu] mas
[22:58:37] [eu] é meio díficil né
[22:58:48] [eu] mas mermão
[22:59:02] [eu] seu pai..
[22:59:13] [eu] teu pai confia d+ em voce
[22:59:14] [leonardo] graças a deus! auheauheuaheuae
[22:59:30] [leonardo] homi.. + dpois dessa..
[22:59:34] [leonardo] ja elvis eu
[22:59:43] [leonardo] axo q se eu for inventar mais feriados
[22:59:46] [leonardo] ele liga pra confirmar
[22:59:52] [leonardo] ou o psicologo liga pra dizer q tem aula
[22:59:52] [leonardo] auehuaheuaheuahe
[23:00:02] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:00:06] [eu] nem vai ligar
[23:00:07] [eu] todo dia
[23:00:09] [eu] na hora do jantar
[23:00:15] [eu] "Ei, tem aula amanhã, viu?"
[23:00:22] [leonardo] auheuaheuaheuaheuhae
[23:00:24] [eu] teu pai nem vai convidar o bixo pra jantar ai
[23:00:25] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:00:30] [leonardo] krai auehauehauheauheuaheuahe
[23:00:45] [leonardo] kralho + amanha eu vou doido
[23:00:49] [leonardo] eu to feliz por ir
[23:00:57] [leonardo] + to triste pq vo dexah a prova em branco praticamente
[23:01:03] [eu] uahuahuahuaha
[23:01:04] [eu] ei mas
[23:01:08] [eu] teu pai fez o que?
[23:01:10] [eu] quando descobriu
[23:01:17] [leonardo] homi ele aloprow fudido
[23:01:21] [leonardo] rolow um fight aki
[23:01:28] [leonardo] ele dizendo q era a unica coisa q ele exigia d mim
[23:01:30] [leonardo] etc etc etc
[23:01:39] [leonardo] pra mim ficah com peso na conciencia saca
[23:01:49] [eu] to ligado
[23:01:55] [leonardo] asism.. ele n aloprou fudido n.. + ele aloprou sak.. auheuahe
[23:01:59] [eu] uahuahuahauah
[23:02:12] [leonardo] ai no sabado eu faltei dnovo auehuAHEUAHEUAheuhaEUae
[23:02:19] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:02:20] [eu] caralho
[23:02:23] [eu] e quando teve a festa ai
[23:02:29] [eu] ele não reclamou não?
[23:02:42] [leonardo] reclamow nada... ele foi dah apoio psicologico pros bebo ainda omi...
[23:02:58] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:03:10] [eu] teu pai vai pro céu
[23:03:29] [eu] caralho
[23:03:30] [eu] uahuahuahuahuaha
[23:03:34] * eu rindo fuderoso
[23:03:37] [leonardo] auehauehauehuaheuaheuahe
[23:03:40] * eu como diria beltrano.. se GREANDO!
[23:03:46] [leonardo] krai ta malhando da bondade do mew pai doido
[23:03:48] [leonardo] auheuaehuaheuhae
[23:03:48] [leonardo] auheuaehuaheuhae
[23:03:53] [leonardo] dxa o kra ser feliz man auheauheuahe
[23:04:02] [eu] seu pai é bom d+ doido
[23:04:10] [eu] esse homi é um MONSTRO!
[23:04:10] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:04:20] [leonardo] auehauehauehauehuaheaehauehaueh
[23:04:26] [leonardo] krai tenho q ih durmi doido
[23:04:29] [leonardo] se n n acordo amanha
[23:04:32] [eu] hauahuahauh
[23:04:33] [eu] falows
[23:04:34] [leonardo] amanha acabam minhas ferias
[23:04:38] [eu] é
[23:04:38] [leonardo] digai.. foram maiores q a do meio do ano
[23:04:39] [eu] :(
[23:04:39] [leonardo] auehauehauehuae
[23:04:40] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:05:01] [eu] até AMANHã!
[23:05:30] [leonardo] ateh man! ateh amanha d manha no colegio! auehaue
[23:05:34] [eu] +UHahuhuAHUhuAhuhuHUAhuHUAhuUuha+
[23:05:54] * Quits: @leonardo (~-@fVq5BW23UcI.200.142.188.O) (Quit: É Amanhã!!! \o/ (www.cyberscript.com.br))

sábado, 23 de junho de 2012

Trocando a lâmpada


Júlio . diz (11:45)
tô só aqui em casa e chegou um bicho
pra ajeitar o negócio de uma fiação de uma lâmpada

Paulo Victor diz (11:45)
hm

Júlio . diz (11:45)
ninguém avisou nada que o cara viria!!
porra!!!

Paulo Victor diz (11:45)
uihveiuashiehasoiehasiehosaiehoasiheaseas

Júlio . diz (11:45)
não sei receber gente

Paulo Victor diz (11:45)
também não
cara

Júlio . diz (11:45)
abri a porta da casa e voltei aqui pro quarto

Paulo Victor diz (11:45)
eu também recebo desse jeito mesmo

Júlio . diz (11:45)
NÃO É MEU AMIGO!!!

Paulo Victor diz (11:45)
euhasveiuhaseuheasea

Júlio . diz (11:45)
uahuahuahauha

Paulo Victor diz (11:46)
odeio, boe
se um dia eu morar só
e der um rpoblema na minha casa que eu não saiba resolver
vai ficar sem resolver
porque não vou receber um desconhecido na minha casa

Júlio . diz (11:47)
AHUAHUAHUAHUAHAUAHU

Paulo Victor diz (11:47)
pronto
se der problema na casa


Paulo Victor diz (11:47)
e eu não saiba resolver
eu vendo a casa e compro outra
euhasveiuasheiugsaoiegsiegosiuaseas

Júlio . diz (11:47)
UAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAA

Júlio . diz (11:47)
por isso mantenha seu circulo de amizades
com engenheiros elétricos e mecânicos

Paulo Victor diz (11:47)
eh

Paulo Victor diz (11:48)
mas vender e comprar outra é mais prático
heasiuvhesaiuheashueas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Lógica do Cisne Negro

"A lógica do Cisne Negro torna o que você não sabe mais relevante do que aquilo que você sabe. Leve em consideração que muitos Cisnes Negros podem ser causados ou exarcebados por serem inesperados" (p.17)


Há uns três meses eu falei sobre esse livro. Foi só uma passagem rápida, pois ainda não tinha concluído a leitura. Agora que terminei, falarei mais sobre o livro.

Apesar de constar na seção de administração, o livro me fez repensar algumas coisas acerca da minha formação (História). Tem muita coisa falada por lá que se relaciona com a História. Não é um livro difícil de ler, pelo contrário! Não há termos técnicos e os exemplos dados para exemplificar os cisnes negros e suas construções são bem cotidianos. Se você não se incomodar em o autor (Nassim Nicholas Taleb) chamar meio mundo (os economistas, em geral) de tapado (eu não me incomodei), então leia.

O que o sucesso do Google e o 11 de Setembro têm em comum? Para Nassim Nicholas Taleb, ambos são exemplos claros de Cisnes Negros: eventos imprevisíveis e impactantes, cuja natureza extraordinária está na base de quase tudo o que acontece no mundo, da ascensão das religiões à nossa vida pessoal. Em A lógica do Cisne Negro, um dos maiores especialistas de risco da atualidade propõe o mapeamento e a gestão do desconhecido, do pouco provável, do extremo. Para o autor, a fragilidade do conhecimento e a limitação do aprendizado baseado na observação e na experiência levam o ser humano a se defrontar com situações totalmente inesperadas. Nesta obra, o leitor aprenderá, com idéias simples, a tirar proveito de Cisnes Negros e ter outra visão de mundo.

Como vem explicado na sinopse acima, Cisne Negro são aqueles eventos improváveis que, em geral, provocam o CAOS (impactabilidade), desconforto ou uma enorme surpresa (positiva ou negativa, né?). O título do livro é uma referência a descoberta dos Cisnes Negros na Austrália. Acreditava-se que todos os cisnes eram brancos. Até que... né?

"Uma única observação pode invalidar uma afirmação originada pela existência de milhões de cisnes brancos. Tudo que se precisa é de um único pássaro negro" (p.15)


Abaixo algumas anotações pontuais que fiz:

- Previsibilidade retrospectiva é um conceito utilizado para mostrar algo como previsível e explicável APÓS o fato ter ocorrido.
- Não temos consciência de que somos incapazes de fazer previsões (ele se refere ao plano econômico, mas talvez isso possa ser generalizado, né?)
- Mártires são pessoas que não foram bem sucedidades.
- Prevenir é necessário, mas poucos recompensam os atos preventivos.
- Tendemos a olhar o que confirma nossas ideias e não a nossa ignorância.
- É difícil evitar teorizar. Nós simplificamos o mundo ao nosso redor para tentá-lo tornar menos aleatório. Uma causa sempre é proposta para que nós engulamos alguma coisa.
- História é qualquer sucessão de eventos vista sob o efeito da posteridade.
- Para prever eventos históricos é necessário prever inovações tecnológicas: isso é imprevisível.
- Não se aplica engenharia reversa a história.

Algumas das pessoas citadas no livro:

Robert Trivers, Henri Poincaré, Frederic Bastiat, Apeles, Pierre Jean De Menasce, Karl Pope, Diágoras de Melos

Algumas das "coisas" citadas:

Conjunto de Mandelbrot,Curva em forma de sino, Torre de Marfim, Procrustes, L'esprit de l'escalier, Efeito Mateus

Livros e contos citados:

Diario de Berlin - William Shirer, Funes, o Memorioso - Jorge Luis Borges, Novum Organum - Francis Bacon, Dissertation sur la recherche de la vérité, ou sur la philosophie académique - Simon Foucher, What I Learned Losing a Million Dollars - Jim Paul e Brendan Moynihan, Fooled by Randomness: The Hidden Role of Chance in Life and in the Markets - Nassim Nicholas Taleb, Os Sonâmbulos - Hermann Brock, Ce qu'on voit et ce qu'on ne voit pas - Frédéric Bastiat, The Difference: How the Power of Diversity Creates Better Groups, Firms, Schools, And Societies - Scott Page,
Beat the Dealer: A Winning Strategy for the Game of Twenty-One - Edward O. Thorp

O livro tem muitas passagens interessantes, seria muito enfadonho eu citar (COM CITAÇÕES!) todas elas, então selecionei apenas algumas (são muitas até) para comentar.


crítica as ciências sociais

"Veremos que, ao contrário à sabedoria das ciências sociais, quase nenhuma descoberta, nenhuma tecnologia importante, foi fruto de projetos e de planejamento - foram apenas Cisnes Negros" (p.19)

Essa é a ideia dele, né? então tem que vender o peixe. Só consigo pensar no exemplo da roda.

O sarcasmo do autor

"Até existem escolas batizadas em homenagem a pessoas que abandonaram a escola" (p.21)

É irônico, mas comum. As pessoas dão nomes como esses para valorizar os feitos de alguém, não seus pontos negativos. Bill Gates, Mark Zuckerberg, Britney Spears e Eike Batista não possuem graduação superior. Britney nem chegou a terminar o ensino médio. Ambos são bem sucedidos financeiramente. Podemos dizer que são Cisnes Negros também.

Empirismo Ingênuo

"Qualquer pessoa que procure confirmações encontrará um número suficiente delas para enganar a si próprio - e também, sem duvidas, a seus colegas" (p.27)e "É quase sempre possível desencavar predecessores para qualquer pensamento. Sempre é possível encontrar alguém que trabalhou parte de seu argumento e usar a contribuição ele como reforço" (p.320)

Ou seja, é possível arranjar provas de qualquer coisa. Isso não quer dizer que seja correto.

Empirismo Negativo

"Uma série de fatos corroborativos não é necessariamente evidência. Ver cisnes brancos não confirma a não existência de cisnes negros Contudo, existe uma exceção: eu sei qual afirmação está errada, mas não necessariamente qual afirmação está correta (...) se vejo alguém matar uma pessoa, posso estar praticamente certo de que é um criminoso. se não o vejo matar alguém, não posso ter certeza que é inocente" (p.92)

A questão do gerador de eventos históricos

"a. a ilusão da compreensão, ou como todos acham que sabem o que está acontecendo em um mundo que é mais complicado (ou aleatório) do que percebem;
b. a distorção retrospectiva, ou como podemos abordar assuntos somente após o fato, como se estivessem em um espelho retrovisor (a história parece mais clara e organizada nos livros de história do que na realidade empírica), e
c. a supervalorização da informação factual e a deficiência de pessoas com conhecimentos profundos e muito estudo, particularmente quando criam categorias - quando "platonificam" (p.37)

A falsa continuidade histórica

"História e sociedades não se arrastam. Elas dão saltos. Seguem de ruptura a ruptura, intermediadas por poucas vibrações. Ainda assim, nós (e os historiadores) gostamos de acreditar na progressão previsível e em pequenos incrementos" (p.41)

Ele tá meio desatualizado sobre a concepção histórica. Nós, historiadores, trabalhamos com rupturas e continuidades. Não achamos que a história seja linear e de causa e efeito, tanto é que na própria universidade não é necessário ter História Antiga como pré-requisito para História Medieval.

Pessoa de ideia X Pessoa de Trabalho

"Separei a pessoa de "idéias",que vende um produto intelectual em forma de uma transação ou um trabalho, da pessoa de "trabalho", que lhe vende o trabalho (...) assim, a distinção entre escritor e padeiro, especulador e médico, fraudador e prostituta, é uma maneira útil de se observar o mundo das atividades. Ela separa as profissões em que é possível acrescentar zeros à sua renda, sem nenhum trabalho a mais, das profissões em que é necessário acrescentar trabalho e tempo (duas coisas cujas ofertas são limitadas) - em outras palavras, as profissões sujeitas a gravidade" (p.59)

Isso é bem bacana. Talvez não seja uma ideia nova, mas nunca tinha pensado por esse lado. Um escritor escreve (é naaaaada) um livro uma única vez e ganha rios de dinheiro (se o livro for bem sucedido) até o fim da vida. Um jogador de futebol precisa provar jogo a jogo aquele seu salário, ou então ele vai diminuir (fora que seu tempo de trabalho é limitado). A Intelectualidade vale muito (GOMES, André).

O uso de modelos econômicos

"Algo funcionou no passado, até... bem, até que inesperadamente, não funcione mais, e o que aprendemos do passado revele-se, na melhor das hipóteses, como irrelevante ou falso, e na pior das hipóteses, perversamente enganador". (p.74)

É verdade, né? Esse negócio de que se tem que conhecer o passado não serve muito para aplicar no presente ou futuro porque são outros contextos. Claro que é possível adaptar algumas lições, mas não aplicar um modelo inteiro.

A questão da falácia, do poder das palavras e dos esteriotipos que nos levam ao erro

"Muitas pessoas confundem a declaração "todos os terroristas são muçulmanos" com "quase todos os muçulmanos são terroristas". Suponha que a primeira declaração seja verdadeira, que 99% dos terroristas sejam muçulmanos. Isso significaria que cerca de apenas 0,001% dos muçulmanos são terroristas, já que há mais de 1 bilhão de muçulmanos e somente, digamos, 10 mil terroristas, um em cada 100 mil. Portanto, o erro lógico faz com que você (inconscientemente) aumente em quase 50 mil vezes as chances de um muçulmano escolhido ao acaso (digamos entre as idades de 15 e 50 anos) ser terrorista" (p.87)

Como PV disse, lógica deveria ser ensinada logo no ensino médio. Deveria ser obrigatório!

Causa e consequência

"Uma causa é proposta para que você engula a noticia e para tornar as coisas mais concretas" (p. 113)

Sempre tentamos responder as coisas após elas acontecerem. As vezes procuramos limitar algo que é bem mais complexo do que o imaginado. Essa é a crítica do autor.

A questão da identidade nacional

"Traços Nacionais" podem ser ótimos para filmes e podem ajudar muito nas guerras, mas são noções platônicas que não possuem qualquer validade empírica - mas ainda assim, por exemplo, tanto os ingleses quanto os não-ingleses acreditam em um "temperamento nacional" inglês" (p.113-114)

Isso deve servir pra aquelas pessoas que pensam "ah, isso só podia ter sido feito por um brasileiro". Calma lá, né? O nome do artigo, caso tenha interesse de ler, chama-se "National Character Does Not Reflect Mean Personality Trait Levels in 49 Cultures" e foi escrito por 65 autores... vale a pena dar uma olhada.

Medos "infundados"

"O terrorismo mata, mas o maior assassino continua sendo o clima, responsável por cerca de 13 milhões de mortes ao ano. (...) sentimos a ferida dos danos causados pelo homem mais do que dos causados pela natureza" (p. 119)

Lembrei do livro Freakonomics, que fazia uma comparação semelhante perguntando o que era mais propenso a acontecer: um ataque de tubarão ou afogamento de crianças na piscina. Ataques matam menos, mas criou-se um temor muito grande com os ataques, principalmente devido aquele filme TUBARÃO. Há um filme/documentário baseado em Freakonomics. Recomendo assistir se tiver preguiça de ler.

Felicidade hedônica

"Muitas noticias moderamente boas são preferiveis a uma unica noticia muito boa" (p.132)

Aqui tem uma explicação mais descritiva do assunto:

Podemos definir a felicidade hedônica como o bem estar imediato e transitório que atingimos depois de conquistarmos um objetivo ou de revertermos um desprazer. Ela é a alegria momentânea ou o prazer temporário que pode ser alcançado inclusive por pessoas que estejam vivendo com diagnóstico clínico de depressão.

(...) São exemplos de bem estar hedônico a satisfação com uma boa refeição, o prazer sexual, uma vitória do seu time de coração e até mesmo a sensação gostosa depois de um simples elogio.

O termo eudaimônico, também de origem grega, pode ser definido como a "vida que vale a pena ser vivida". A felicidade eudaimônica é um bem estar constante, uma forma de encarar o mundo e seus fatos bons ou ruins carregada de otimismo e positivismo. A felicidade eudaimômica é o antônimo de depressão e diversos estudos comprovam seu poder de melhoria nos sistemas imunológico, neuroendócrino e cardiovascular aumentando a capacidade de cura na ocorrência de doenças.

São exemplos de felicidade eudaimônica o sentimento de paz interior, o sorriso constante, a vontade de viver, a sensação de estar em sintonia com o mundo e com as outras pessoas. Resumindo a história a diferença do bem estar hedônico para o eudaimônico é a mesma diferença que existe entre estar feliz e ser feliz de fato.

O que vemos e o que não conseguimos enxergar

"No ensaio "o que vemos e o que não vemos, Bastiat ofereceu a seguinte ideia: podemos ver o que os governos fazem, e por causa disso, podemos elogiá-los - mas não vemos a alternativa. Mas existe uma alternativa - ela e menos óbvia e permanece não-vista. (...) Você repara naqueles cujos empregados são tornados estáveis e atribui benefícios sociais para essas proteções. não percebe o efeito sobre os que não conseguem encontrar um emprego por causa disso, já que a medida reduzirá a abertura de novas vagas (...) é muito mais fácil vender "vejam o que eu fiz por vocês" do que "vejam o que eu evitei por vocês" (p.154-155)

o uso do porque (causa e efeito)

"Tente limitá-lo a situações em que o "porquê" é derivado de experimentos e não de uma história que olha pra trás. Observe aqui que não estou dizendo que causas não existam: não use esse argumento para evitar aprender com a história. tudo que estou dizendo é que não é tão simples assim; suspeito do "porquê" e manuseie-o com cuidado - especialmente em situações em que suspeita da presença da evidência silenciosa" (p.165)

O autor salienta as formas que o mesmo acha correta de usar o porquê para explicar as coisas. Nem tudo (ou quase nada) é preto no branco.

Mais sarcasmo do autor

"Dar um nome grego a um conceito abstrato faz com que ele pareça importante" (p.185)

Não só um nome grego. Quanto mais técnico e mais especifico for o nome, mais confuso ele será. Ninguém gosta de aparentar ignorância, então...

O excesso de informações

"Quanto mais informação você der a uma pessoa, mais hipoteses ela formulará ao longo do processo e terá um desempenho pior. As pessoas veem mais interferencias aleatorias e as confundem com informações" (p.191)

Esse é o "problema" que o livro de Chris Anderson, A Cauda Longa, tenta resolver. Através dos filtros.

Assimetria na percepção de eventos aleatórios

"Atribuímos nossos sucessos a nossas habilidades e nossos fracassos a eventos externos fora de nosso controle, ou seja, à aleatoriedade. Sentimo-nos responsáveis pelas coisas boas, mas não pelas ruins". (p.201)

É muito, muito difícil, encontrar pessoas que não pensem dessa maneira. As pessoas gostam de ser reconhecidas pelos seus acertos, mas, óbvio, não pelas falhas. Mas e quando um ou outro independe dos seus méritos? Esse é o ponto focado.

Previsão do futuro

"Em um exemplo de arrogância corporativa, depois do primeiro pouso na lua, a empresa de aviação Pan Am, hoje extinta, aceitou reservas antecipadas para viagens de ida e volta entre a terra e a lua. Boa previsão, só que a companhia não conseguiu prever que fecharia as portas não muito depois" (p. 221)

Lembrei de Afonso e do seriado, já cancelado, Pan Am. Fora que é um erro, até má-fé, oferecer um produto do qual você não dispõe da tecnologia.

Exemplos de Cisne Negros

"O Laser é a ilustração perfeita de uma ferramenta feita para um proposito especifico (na verdade, proposito algum), para o qual, depois, foram encontradas aplicações que nem eram sonhadas na época. Uma tipica "solução à procura de um problema". (...) O Viagra, que mudou a perspectiva mental e as tradições sociais de homens aposentados, era para ser uma droga contra a hipertensão (p.221-222)

Gel lubrificante KY. Era pra ser usado em exames ginecológicos, mas... Coca-Cola era um remédio, antes de se tornar um refrigerante famoso. O planejamento não adiantou muito nesses casos. O fim foi desvirtuado do original.

Sobre a previsão de eventos histórico

"o argumento central de Popper é que, para que se possa prever eventos históricos, é necessário prever inovações tecnológicas, o que por si só é fundamentalmente imprevisível". (p.224)

Mais sarcasmo do autor

"A gramática é algo que pessoas sem nada mais excitante para fazer na vida codificam em um livro" (p.235)

É mais uma critica a gramática. Afinal a língua está em constante mutação, né? As regras mudam mediante a apropriação feita pelos falantes.

O problemas das falácias

"Se você sobreviver até amanhã, isso poderia significa que a) é mais provavel que seja imortal ou b) que está mais próximo da morte. Ambas as conclusões baseiam-se exatamente nos mesmos dados" (p.240)

Se refere como os dados iguais podem ser utilizados de forma a comprovar ideias distintas. Muito comum.

O homem como ser social

"Somos feitos para seguir líderes que podem reunir as pessoas porque as vantagens de se estar em um grupo superam as desvantagens de estar sozinho. Unirmo-nos na direção errada tem sido mais lucrativo para nós do que estar sozinho na direção certa" (p.247)

É muito complicado transgredir a ordem vigente. Um exemplo disso é o filme que vi recentemente, The Help, na qual uma moça tenta entrevistas empregadas domesticas (negras) na década de 1960 nos EUA. O racismo era muito forte e ela era uma das poucas vozes que alertava para isso. Muita gente não deu bola, mas a ESPERANÇA ESTAVA ACESA (oh!).

Sobre o que achamos ser o efeito borboleta e viagens no tempo

"O processo forward é geralmente usado na física e na engenharia;Oo processo backward em abordagens históricas não experimentais e não repetíveis (...) [sobre o processo backward] existem trilhões dessas pequenas coisas no decorrer de um único dia, e examinar todas elas está além do nosso alcance" (p.252-253)

O autor utilizou o exemplo do filme Happenstance. Eu pensei em Efeito Borboleta e Lost e em viagens no tempo. Exemplo: em Efeito Borboleta todas as mudanças feitas nas incursões do protagonista ao passado modificaram o futuro; já em Lost, Desmond nao conseguiu salvar Charlie de jeito nenhum, mesmo sabendo que ele iria morrer. Ele tinha que morrer. Destino e livre-arbítrio. Viajei demais!

Conceito de História do autor

"A história é útil pela emoção de se saber o passado e pela narrativa (realmente), desde que permaneça uma narrativa inofensiva. Deve-se aprender com extremo cuidado. A História, certamente, não é um lugar para teorizar nem para derivar conhecimento geral, tampouco deve ajudar no futuro, sem algum cuidado. Podemos obter confirmação negativa da história, o que tem um valor incalculável, mas obtemos com ela muitas ilusões de conhecimento (...) Quanto mais tentamos transformar a história em qualquer coisa que não uma enumeração de relatos a ser desfrutada com o minimo de teorização, mais temos problemas" (p.255)

O que ele quer dizer com inofensiva? Teorizar em que sentido? A história é apenas enumeração de relatos? É muito reducionismo!

Julgamentos (preconceito?)

"Devemos lidar com humanos como humanos. não podemos ensinar as pessoas a suspenderem julgamentos; julgamentos estão incrustados no modo pelo qual vemos objetos. Eu não vejo uma "árvore"; vejo uma árvore agradável ou uma árvore feia. Não é possível abster-se dos pequenos valores que atribuímos às questões sem um esforço enorme e paralisante" (p.258)

Argumento de Pascal usado para acreditar em Deus

"O argumento de Pascal é gravamente falho teologicamente: seria necessário ser ingênuo demais para acreditar que Deus não nos penalizaria por falsa crendice. A menos, é claro, que se esteja adotando uma visão bastante restritiva de um Deus ingênuo. (Supostamente, Bertrand Russell teria alegado que Deus precisaria ter criado tolos para que o argumento de Pascal funcionasse.)" (p.268)

Sucesso academico é parcialmente (mas significativamente) uma loteria

"Digamos que alguém escreva um artigo academico citando cinquenta pessoas que trabalharam o tema e ofereceram materiais de pesquisa para o estudo; presuma, por uma questão de simplicidade, que as cinquenta pessoas tenham mérito igual. Outro pesquisador, trabalhando exatamente o mesmo tema, citará aleatoriamente três dessas cinquenta pessoas em sua bibliografia. Merton mostrou que muitos acadêmicos citam referenciais sem terem lido a obra original; em vez disso, leem um artigo e extraem citações de suas fontes. Assim, um terceiro pesquisador, lendo o segundo artigo, seleciona três dos autores referidos inicialmente para suas citações. Os três autores receberão, cumulativamente, cada vez mais atenção á medida que seus nomes se tornem mais intimamente associados ao tema em questão. A diferença entre os três vencedores e os outros membros do grupo inicial é, principalmente, sorte: a princípio, eles foram escolhidos não por terem habilidades superiores, mas simplesmente pelo modo como seus nomes apareciam na bibliografia anterior. Graças às suas reputações, os academicos bem-sucedidos continuarão a escrever artigos e seu trabalho será facilmente aceito para publicação. Sucesso academico é parcialmente (mas significativamente) uma loteria" (p.275)

As ideias (memes)

"Ideias espalham-se porque, infelizmente, têm como portadores agentes auto-servientes que estão interessados nelas e que também têm interesse em distorcê-las no processo de replicação. Você não faz um bolo simplesmente para replicar uma receita - você tenta fazer seu próprio bolo, usando idéias de outras pessoas para melhorá-lo. Nós, humanos, não somos fotocopiadoras" (p.279) e "O que determina o destino de uma teoria na ciência social é o contágio, não sua validade" (p.343)

Gostei dessa ideia. Nada se copia, tudo se transforma. Usarei esse argumento para defendê-la.

Sobre a luta de classes e a hegemonia das empresas

"Mas bastava olhar em volta para que se visse que os grandes monstros corporativos morriam como moscas (...) Firmas sobre as quais ninguém ouviu falar terão surgido no cenário a partir de alguma garagem na Califórnia ou de algum dormitório universitário (...) Das quinhentas maiores companhias americanas em 1957, quarenta anos depois apenas 74 ainda faziam parte do seleto grupo da Standard and Poor's 500. poucas haviam desaparecido em fusões; o resto encolheu ou faliu (...) Em outras palavras, se forem deixadas em paz, as companhias tendem a ser engolidas" (p.280)

Google, Microsoft, Apple, Petrobras, Intel...

Seja o senhor do seu tempo e das suas escolhas (parece até auto-ajuda essa parte)

"Tento me preocupar com questões sobre as quais posso fazr alguma coisa. preocupo-me menos com constrangimento do que com perder uma oportunidade" (p.364) e "perder um trem só é doloroso se você correr para pegá-lo! da mesma forma, não estar de acordo com a idéia de sucesso que as pessoas esperam de você só é doloroso se for isso que estiver procurando (p.365)"

Falei que eram poucas citações, né? Pois é... recomendo muito o livro. Bem interessante. Fique a vontade para comentar algum dos tópicos.

Resumo da atuação da personagem DAENERYS TARGERYAN em Game of Thrones


EU SOU DAENERYS TARGERYAN...
Daenerys bem vinda a quarth!
MÃE DOS DRAGÕES...
Daenerys seja minha esposa!
NASCIDA DA TORMENTA...
Daenerys precisamos de um barco!
ULTIMA DAS TARGERYAN...
Daenerys não temos um barco!
RAINHA POR DIREITO DO TRONO DE FERRO..
Daenerys os dragoes sumiram!
VOU FAZER CHOVER FERRO E FOGO EM MEUS INIMIGOS...
Daenerys a casa caiu! Fudeo tudo!
MINHA IRA ATRAVESSARA OS 7 REINOS..
Daenerys eu te amo :( ainn
DRAGÕESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

Resumo (ou poema?) feito por Afonso.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Histórias Cruzadas (The Help)

Batuta me recomendou esse filme e é ótimo!


O filme é um retrato sobre uma jovem mulher caucasiana, Eugenia “Skeeter” Phelan, e o seu relacionamento com duas empregadas negras (Aibileen e Minny) durante a era americana dos Direitos civis no idos de 1960. Skeeter é uma jornalista que decide escrever um livro da perspectiva das empregadas (conhecido como The Help), mostrando o racismo que elas enfrentam quando estão trabalhando para famílias de brancos.

Primeiro que lembrei de Rita Skeeter de Harry Potter, já que a jornalista (interpretada pela LINDA Emma Stone) também se chama Skeeter. Mas isso é apenas uma coincidência, nada mais. A personalidade de ambas são completamente antagônicas.


Em determinados momentos do filme houve duas referências que eu não entendi, então pesquisei e tô explicando aqui: o primeiro era sobre a figura de Margaret Mitchell.

Seu comportamento de melindrosa e seu trabalho em projetos sociais junto a população negra de Atlanta, começaram a escandalizar a sociedade conservadora da cidade. (Fonte)

E a outra referência era "Jim Crow". Descobri que eram leis:

As leis de Jim Crow foram leis estaduais e locais decretadas nos estados sulistas e limítrofes nos Estados Unidos da América, em vigor entre 1876 e 1965, e que afetaram afro-americanos, asiáticos e outros grupos. A "época de Jim Crow" ou a "era de Jim Crow" se refere ao tempo em que esta prática ocorria. As leis mais importantes exigiam que as escolas públicas e a maioria dos locais públicos (incluindo trens e ônibus) tivessem instalações separadas para brancos e negros. (Leis de Jim Crow)

O trabalho feminino da MULHER BRANCA não parece ser visto com bons olhos. O "certo" é arranjar um homem, o mais cedo possível, e casar com ele. É o dilema que vive a repórter. Ela se preocupa mais com o trabalho do que isso.


As empregadas são tratadas como objeto. "Você pode me emprestá-la?" é um das perguntas feitas por uma patroa a outra. Posteriormente há uma história de uma mulher que disse em seu testamento que sua empregada trabalhasse para outra mulher e assim foi feito! Fora as ocasiões que tratam as empregadas (todas negras) como se elas fossem ladras. Tem o exemplo do papel higiênico e o da comida (a mulher branca, mesmo cochilando no sofá, diz que está acordada e comendo, apenas para empregada não compartilhar da mesma comida que ela).


Dá pra perceber que o RACISMO é na cara dura, né? As negras não podem usar o mesmo banheiro que os patrões, pois supostamente elas carregam doenças diferentes da dos homens brancos. Banheiros próprios para as mesmas são criadas. É como se eles não fossem humanos, bem triste mesmo. E o que mais choca é que ninguém tem "consideração" em falar delas (as empregadas negras) pelas costas, falam na frente mesmo. Sentimentos, quem se importa?


Além de serem oprimidas pela população branca, a empregada, mulher, negra, quando chega em casa, ainda está sujeita a levar uma SURRA do seu marido. Muito tensa a situação. As negras não veem uma luz no fim do túnel: temem (e com razão) as possíveis retaliações. Querem mudar de condição, mas nao sabem como. Por isso há um receio enorme em dar suas contribuições (entrevistas) ao livro.

Um contraponto na história das domesticas é que são elas efetivamente que cuidam das filhas e filhos das patroas. É como se fosse uma segunda mãe, tendo em vista que as empregadas, aparentemente, ficavam até o fim da vida na casa da DONA. As crianças talvez tivessem um relacionamento melhor com as empregadas do que com a própria mãe. Só que cresciam e, a maioria delas, se tornavam iguais sua genitoras. Boa parte da parcela dessa "culpa" é da sociedade (dos valores que a mesma impõe).


Em determinado momento do filme há uma história sendo contada. A criança pergunta para a empregada (e babá, afinal as funções eram acumuladas) "Por que você é negra?" e ela responde "Porque tomei muito café". Porque não tem resposta pra isso, né? A criança não compreende como uma pessoa tão boa com ela fosse de outra COR. É um defeito nascer negro.

É interessante perceber que a sociedade é racista, mas as pessoas dizem que não são. Sempre mostram que OS OUTROS, esses seres invisíveis, são racistas. Não eles. Não há consciência da prática da discriminação. É tão intrínseco na forma de agir deles que não percebem que suas atitudes ferem os outros. Por que? Porque acham normais. Dar um emprego para uma mulher negra trabalhar em sua casa é FAZER UM FAVOR. "Por isso não sou racista, dei um emprego a uma negra". Tá entendendo o raciocínio? Usam também de uma justificativa cristã para "incentivar" as empregadas. Em um determinado momento, uma das empregadas pede um empréstimo a patroa e essa diz "Como boa cristã, vou te ensinar uma lição. Se não tem dinheiro, LUTE PARA TER que você conseguirá. Por isso não irei te emprestar". Como se isso fosse um ensinamento. Pura ideologia.


E é nessa sociedade que Skeeter tenta atuar para contar a história dos oprimidos. Que, puxando pro lado da minha formação, é um reflexo da concepção de história proposta pela Escola dos Annales.

Rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade

Skeeter vai contra a ordem social vigente. É uma transgressora. Olha o nível das coisas que o ESTADO proibia:

"Qualquer pessoa imprimindo publicidade ou circulando matéria escrita incitando a aceitação pública de igualdade social entre brancos e negros está sujeito a prisão."

Liberdade para que, né? O cerco era muito grande.

Além dos preconceitos com raça, o filme também toca na questão da sexualidade. A menina que só pensa em ser uma escritora é questionada por sua mãe se possui algum "pensamento não natural", ou seja, sugerindo que a filha fosse lésbica. Mas, calma, TEM CURA! Homossexualismo era doença, mas tudo se resolvia com um chazinho de ervas e outras coisinhas a mais.

Outro ponto bacana é a mulher loira - que não lembro o nome - que aparece no filme:


Ela é diferente das outras patroas: conversa bastante, dá atenção a empregada, faz contato FÍSICO com a mesma, come na mesma mesa que ela (e convida a empregada para comer na sua própria mesa). Há contanto, entende? Não há uma distância física e emocional como nas outras mulheres da sociedade. É como se essa a loira fosse uma versão mais velha da personagem de Emma Stone.


Recomendo muito assistirem ao filme. Gostei bastante. Dá para fazer várias discussões, tem dezenas de temas a serem discutidos. E o final do filme, é bom? É. Fica em aberto. Skeeter foi para Nova Iorque? A Aibileen arranjou outro emprego? Gostaria de saber, mas não é tão relevante para a conclusão da história. O importante é o livro, The Help. E lá a história tem um desfecho (ou um principio, dependendo do ponto de vista). ASSISTA!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Maniqueísmo no Facebook: Indignação de Classe Média


Protesto na Líbia/Espanha não atrapalha o trânsito daqui, né?

Repare no uso das palavras e como elas tem poder. "Resistindo" e "Lutando" é o que se vê lá fora. Quando atrapalha o NOSSO mundo, que palavra usamos? "Baderna", "Tumulto", "Passeata". Sempre diminuindo a importância ou tratando-a como algo feito por pessoa desocupadas e vagabundas.

Com relação ainda a questão de atrapalhar NOSSO mundo, claro que ninguém gosta. Mas repare como a mídia (e a internet é uma mídia) manipula a informação ao gosto do freguês. Sempre pega um depoimento de alguém que foi atrapalhado e generaliza para todo o resto. A preocupação é maior em mostrar quem foi prejudicado pelo protesto do que falar das pautas e reivindicações do mesmo.

É preciso que as manifestações gerem um certo caos, um desconforto, senão qual será a efetividade da mesma?

O problema não é o que você reclama, mas a forma como faz.

O Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum)

Ação, ação, ação. Depois de quase 5 meses, finalmente vi o último filme da trilogia Bourne (os dois primeiros vi nas férias em Búzios). Suposta trilogia, pois parece que haverá um novo filme. Tão querendo transformá-lo em algo semelhante a James Bond. Acho valido. Jason Bourne, James Bond, J.B, as inicias são as mesmas. Marcus que me atentou pra isso (ele também que recomendou os filmes, há mais de um ano).

Sobre a história dessa "última" parte:

Jason Bourne é uma arma humana criada e perseguida pela CIA. Após sua última aparição, ele decidiu sumir definitivamente e esquecer sua antiga vida de matador. Entretanto, uma matéria em um jornal de Londres especulando sua existência, faz com que ele se torne um alvo outra vez. O projeto Treadstone, que deu origem à Bourne, já não existe mais, porém serviu de base para um novo projeto: o Blackbriar, desenvolvido pelo Departamento de Defesa. O Blackbriar desenvolve uma nova geração de matadores treinados, o governo acredita que Bourne é uma ameaça e deve ser eliminado imediatamente. Ao mesmo tempo, Bourne vê neles a oportunidade de descobrir quem realmente é e o que fizeram com ele enquanto o Treadstone esteja ativo. Agora, Bourne conta com a ajuda de Nicky Parsons e Pamela Landy para isso.


Quando fizeram este filme, provavelmente pensaram ser o último, logo deveria mostrar ao espectador a origem de Jason. E é exatamente isso durante TODO O FILME. Sequência de ação em cima de sequência de ação, com espaços mínimos para absorver o que estava acontecendo na tela. A única coisa que me veio a cabeça para escrever esta resenha foi no tocante a solidão.

Irônico que, apesar de tantas identidades falsas, Jason Bourne não sabia quem era e o espaço que pertencia. Um verdadeiro homem sem a MEMÓRIA da sua vida (anterior) que subitamente foi resgatado em alto mar (no primeiro filme). Deve ser triste demais.


Essa busca incessante pela ORIGENS é o norte do filme. "Quem me transformou no que eu sou?", "Por que isso aconteceu COMIGO?", "Qual era o objetivo de quem fez isso?" são perguntas respondidas ao longo da história.

É apenas quando BOURNE encontra essas respostas que ele consegue ficar em paz. Só que muitas outras questão são levantadas e essas... bem, essas ficam no ar. O final fica em aberto.

(Outro ponto curioso é o nome do personagem: Jason Bourne. Jason pra mim não significa nada, mas a pronuncia do nome Bourne lembra outra palavra inglesa, Born, na qual a tradução seria "nascido". Mostra o cuidado na escolha do nome do personagem. Afinal é uma nova vida que nasce. E se você forçar bem a barra, dá pra pensar também em Burn, "queimar", que é a tarefa da vida dele, "queimar" pessoas, no sentido de apagá-las, matá-las. Não são todos os autores [o filme é baseado em uma série de livros] que tem esse cuidado na composição).

terça-feira, 19 de junho de 2012

Maniqueísmo no Facebook: conceito de Ateísmo


A nova imagem que está rolando no Facebook e que me chamou atenção foi essa. Ela tem algumas coisas que necessitam ser esclarecidas. Algumas eu já falei neste post, sobre diferença entre Ateu e Agnóstico. Vou reiterar meu ponto baseado na afirmação da imagem acima.

"Ateísmo é a crença segundo a qual..." Ateísmo não é crença. É justamente o oposto. A ausência da mesma. Ateísmo não procura explicar nada, como a imagem sugere. O próprio texto da imagem é que tenta misturar elementos judaico-cristãos para justificar um conceito homogêneo de ateísmo.

Outro ponto, muito comum, é que ao negar algo (a crença), não significa que se está afirmando ao contrário. Negar que deus existe é uma coisa, AFIRMAR que ele não existe, é outra. Quando você afirma sem ter provas factíveis para isso, apenas embasado por uma questão pessoal, então isso te torna um teísta, seja você acreditando em deus, buda, gaia, ets ou duendes.

Mesmo que as pessoas tentem por todos os ateus como um grupo de pessoas homogêneas... pense um pouco. Não existe tal coisa. Nem nas religiões existem isso. Eles são ateus porque não acreditam em deuses. Ponto. Querer adicionar conteúdos que vão além do significado é tentar enganar o outro.

Para exemplificar essas diferenças: Alguns dos ateus AFIRMAM que deuses não existem (o que os tornaria teístas!); Outros DUVIDAM da existência do mesmo; Enquanto outros NÃO NEGAM essa possibilidade.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Não Conte a Ninguém (Ne le dis à personne)

"Ne le dis à personne" é um filme língua francesa produzido em 2006. É baseado em um livro do autor Harlan Coben.


Basicamente a história é a seguinte: um casal, que se conhece desde pequeno, resolvem ir passear e dormir na beira de um lago. Após uma discussão besta e comum entre homem (Alex) e mulher (Margot), a garota resolve andar para espairecer, enquanto o marido a observa de longe. De repente ela grita, o marido corre atrás dela, mas é leva um tabefe na nuca, desmaia e... a história pula para 8 anos depois.


O corpo nunca foi encontrado, a mulher está presumivelmente morta, um assassino em série daquela época é condenado pela morta da mesma, mas este nega, e a policia acredita que o marido foi quem deu fim a mulher. Este, claro, também nega.

A história recomeça quando uma construtora encontra dois corpos no lago e o inquérito é a reaberto. A policia é bastante agressiva com o marido, chega a ser rude, acusando-o indiretamente pelo crime. Concomitante a esses eventos, Alex recebe um email anônimo onde há uma filmagem recente mostrando a sua mulher.


Daí o filme fica naquele lance? O Marido é culpado? A Policia tem razão? O Marido é um louco? A mulher estava mesmo viva? Quem está por trás disso tudo, caso o marido não seja culpado? E o assassino em série, onde entra nessa trama?

O filme é MUITO, mas MUITO bacana. As cenas mostrando o contraste da infância do casal misturadas ao casamento e ao funeral foram bem bacanas. A ideia do primeiro amor tornar-se um casamento também. Os cenários do filme são belos!


Mas não é só de MIMIMI que vive o filme. Ele é cheio de tensão o tempo todo. Cheio de segredinhos que o espectador vai percebendo ao longo da película (aquela lance do U2, por exemplo). O filme começou devagarzinho, mas logo eu me empolguei com as inúmeras reviravoltas. Passa muito rápido, sabe? Uma hora você pensa que Alex é culpado, outra não. Depois aparecem outros suspeitos, mas SUSPEITOS DO QUE?.

Ah, e a trilha sonora é MUITO boa.

Uma curiosidade que tive e foi respondida durante o filme era a raça do cachorro do protagonista. Ele era IMENSO e parecia o floquinho. Mas não era um Lhasa Apso e sim um Briard.


Recomendo muito assistir a este filme. Entrou na minha lista dos melhores!