segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Por que compro jogos se não os jogo? - Conclusão

Esta série de post (relembre aqui: parte 1, parte 2, parte 3) tinha o intuito de responder a uma questão pessoal: "por que compro jogos se não os jogo?", com foco no jogos distribuídos pelo programa Steam. A medida que conversava com amigos, fui percebendo que este era um problema bastante comum a quase todos eles. Nesse DESFECHO, irei enumerar e comentar algumas das respostas que pensei, bem como expor algumas opiniões que me foram feitas.


Vamos as conclusões.

"Eu vi esse post [o primeiro da série] aparecer [na minha linha do tempo] enquanto tava comprando jogos que eu sei que vou demorar anos pra zerar." (BRITO, Ary)

A primeira tem a ver com o autoconhecimento/autocritica. É saber das suas limitações pessoais que impedem de finalizar um jogo. Essa série de posts foi toda sobre isso.

"Uma das coisas que eu mais gosto no Steam é que eu posso jogar e falar com os amigos facilmente." (RODRIGUES, Bianca)


Esse é um ponto muito forte. A aparência do Steam é muito amigável (user-friendly). A primeira impressão causada pelo programa faz o usuário ter vontade de conhecer melhor a plataforma. Conquistado, ele passa a conhecer melhor as funções do produto. Com isso vem...

"A gente compra pelo prazer mesmo, as vezes nem por querer jogar. É muito bom ver aquela lista da biblioteca CHEIA de jogos. Chega a dar uma felicidade! (BRÜCH, Guilherme)

...essa "necessidade" de acumular as coisas, do fetiche de possuir o produto, de poder estar com ele sempre a mão (ou a um clique do mouse). Uma das razões pessoais que atribuo a isso, no caso dos jogos, é o que chamo de EFEITO PLAYSTATION. O que quero dizer? Na época do Playstation, tanto o 1 como o 2, os jogos piratas estavam facilmente disponíveis na internet ou em qualquer esquina por preços "ridículos": com 10 reais era possível comprar até 3 jogos. E eu comprava ou era presenteado com eles, sem contar os que baixava na internet. Cheguei a ter, talvez, mais de 150 jogos piratas. Se eu tiver finalizado 20, acho que é muito. Provavelmente esses que ZEREI são aqueles considerados "clássicos": Final Fantasy 12, Ico, Shadow of The Colossus, God of War, etc.

(Um parentese: acredito que jogar em videogame ainda traz menos distração do que no computador)

"Acho melhor esperar e comprar meus jogos em promoções, porque pago mais barato para tê-los. Eu quero as coisas só quando não tenho. Quando consigo, elas perdem o valor" (CHINA, Afonso)

Outra razão para o Steam sobressair é, claro, as promoções (consumismo, oi!)! Ora, se CADA jogo fosse R$100,00 ou R$150,00, certamente nem estaria escrevendo isso. Por esse valor temos que ter PLENA CERTEZA de que usufruiremos ao máximo! Por outro lado, a classe média tem condições de arcar com R$30 por mês em 3 ou 4 jogos. Dizem por aí, os GURUS AMOROSOS, que a arte da conquista é muito mais gratificante que a próprio ficada, porque tem todo um desafio envolvido. Neste caso, dizer que ao conseguir o jogo, ele perde o valor, faz todo sentido. Isso casa bem com a próxima resposta que é a seguinte:

"A gente vai crescendo e o dinheiro para jogos sobe enquanto o tempo para jogá-los diminui e talvez até um pouco de paciência de zerar um jogo 100% como antigamente." (GOULART, Thiago)

Compro porque posso. Isso soa meio arrogante, mas é a verdade e não podemos ignorá-la. Nem todo mundo possui dinheiro ou cartão de crédito para realizar as transações. As minhas escolhas se baseiam, através de imagens, trailers e opiniões de amigos, em games que considero que podem me agradar (você nunca vai me ver comprando um jogo de tiro, por exemplo). Apesar de poder comprar, isso não deve ser visto somente como um ato de esbanjamento, mas sim pela óptica de adquirir o que ambiciona com a intenção de jogar.



"Eu ainda adoro zerar jogos, mas nunca zero 100%. Eu jogo a história principal, posso me esforçar para ver algum final alternativo. Mas 100% nunca." (STAMMATO, Alessandro)

Isso não tem NADA A VER COMIGO. Eu tenho essa FIXAÇÃO por querer completar tudo até o fim, receber todas as recompensas, ver todos os possíveis finais, etc. Jogo - quando jogo - o tempo necessário para alcançar todas as conquistas. É como na frase a seguir:

"Eu tenho sempre o sentimento de terminar querendo fazer tudo do jogo, mais como não consigo fazer tudo, eu não termino. Isso se prolonga ate o abandonamento do jogo antes do fim" (CHINA, Afonso)

Apesar desse pensamento estar voltado para quem joga, isso acontece bastante. Sim, há meios de finalizar o jogo procurando os DETONADOS na internet, mas qual a graça disso? O jogo desperta seu instinto investigativo e não há razão para que você use os avanços dos outros como se fossem seus. Simplesmente perde a graça ir atrás das respostas sem nem ao menos tentar. E se você tenta e não consegue, o caminho natural é o esquecimento.




Outro argumento que levanto, também pessoal, é a questão da nostalgia. Boa parte dos jogos que adquiro são do gênero indie, que além de serem "alternativos", ainda possuem muitos traços característicos dos primórdios dos videogames: são em plataforma, personagens pequeninos, medidor de vida, contador de tempo, possibilidade de game over ou continue, etc.

"Não consigo jogar muitos jogos da Steam porque geralmente são games que exigem um certo tempo disponível. Aquele que mais jogo é League of Legends que, quando estou a fim de jogar, entro e jogo por meia hora, mais ou menos. Se eu quiser parar, paro. Não preciso gastar horas para "zerar" (VILLELA, Pedro)

"Acho chato fazer as coisas sozinho, então geralmente os jogos que mais me divertem e consomem as minhas horas são aqueles que jogo com outras pessoas, ou seja, gosto mesmo é de interagir, fazer coisas em grupo, que não te deixam "sozinho" (RIGHI, Diogo) 

Esses dois comentários possuem algo em comum: a vontade de jogar em equipe (multiplayer) e a necessidade que o jogo seja breve. Usamos os jogos hoje como uma forma de socialização, de botar as conversas em dia. Nem sempre podemos sair de casa e ver quem gostamos pessoalmente, então fazemos isso pela internet. Os games preenchem, em certa medida, essa necessidade. A exemplo de League of Legends, outros jogos possibilitam uma partida breve, tais como: Age of Empires, centenas de jogos de tiro (CS, Battlefield, Call of Duty), StarCraft, WarCraft, etc. Até mesmo em MMO, dependendo da forma como se joga, juntar os amigos para completar uma QUEST em World of Warcraft torna o jogo "breve".

Em relação ao tempo, penso que somos uma geração cheia de PROCRASTINADORES, ou seja, de gente que deixa pra fazer tudo de última hora. Talvez não seja uma exclusividade nossa, mas com certeza é uma característica. Fruto da globalização, quem sabe. Muitos devaneios neste paragrafo. O que quero dizer é que protelamos demais nossas tarefas (não só em jogos, mas na vida), deixamos tudo para depois e as vezes nunca fazemos nada. As vezes me pego pensando:

"Poxa, vou demorar tantos minutos para realizar isso. Vai demorar muito mesmo! Melhor deixar pra lá e fazer alguma outra coisa que seja mais rápida".

No fim, acabo não fazendo nem uma coisa nem outra. Já aconteceu com você? Pois é. O que sempre me lembra o verso de uma canção:

"NADA melhor do que não fazer NADA"



E é isso. Encerro abruptamente esta série de posts com várias respostas levantadas, mas com a certeza de que existem tantas outras que sequer cogitei (cogitamos). No momento estas foram, para mim, suficientes e satisfatórias. E como eu não paro de me questionar, aqui vai uma difícil para você pensar:

Quando é que irei jogar esses jogos até o fim?

domingo, 22 de dezembro de 2013

Por que compro jogos se não os jogo? - Parte 3

Nessa terceira parte da série "Por que compro jogos se não os jogos?", vamos falar um pouco sobre o TEMPO. Ou a falta dele. Será que falta mesmo? Antes de começar a leitura, relembre do que já abordamos: de inicio mostramos as vantagens que o Steam oferece para que usemos jogos legalizados ao invés dos piratas e em seguida tratamos da questão da propaganda e do consumismo.


Para começar, o tempo que me refiro é o cronológico, aqueles dos minutos, horas e dias. Aquele do nosso cotidiano.

Vamos lá: queria argumentar que a falta de tempo é um dos motivos para não jogar, mas isso seria uma grande mentira. Como apenas estudo, isso não é um problema. Disponho de boa parte das 24 horas diárias. Mesmo assim ainda precisamos falar do tempo. Por que? Devido a maneira que organizamos ele.

Quem reclama da falta de tempo, trabalha e/ou estuda, realmente tem poucos horários disponíveis para a jogatina. A questão é que o gerenciamento das nossas atividades envolve um processo particular de seleção: certas pessoas priorizam uma ocupação em detrimento de outra. Bater bola, beber cerveja, passear pela cidade, sair com os amigos, com a namorada, dentre outras coisas são mais importantes do que jogar.

No meu caso, qualquer barulhinho no facebook ou whatsapp tira minha concentração do que estiver jogando e já vou dando ALT+TAB (na vida real também) pra ver quem falou. Dependendo do que for, ignoro, mas o mais comum é prestar atenção. Isso já me faz deixar de lado os jogos, mesmo que por um breve momento (nunca é breve, essa é a verdade).

Outro argumento para não jogar os jogos que tenho é que, e essa justificativa é bastante FORTE, outros jogos são melhores (lembrando que, nesse caso, ser melhor é relativo).

No próprio facebook jogo Dragon City, uma mistura de Age of Empires com Pokemon. No Steam, jogo de tempos em tempos o MMO infinito Rusty Hearts; Fora dele há o League of Legends, onde tenho mais de 4000 partidas. É tempo demais!


Já cheguei a acreditar que possuía algum DEFICIT DE ATENÇÃO, FALTA DE FOCO, mas pensando melhor, percebi que minha concentração é bastante direcionada ao que estou fazendo: se é algo que me sinto bem, então vou até o final (independente do que seja). Talvez os jogos não me entretenham tanto quanto acreditei que eles assim o fizessem ou então não dei uma chance merecida a eles, dispensando uma quantidade de horas maior que fariam ter uma opinião mais embasada do jogo (e assim poder desistir dele ou continuar).

No próximo post, o último, teremos a conclusão dessa reflexão e algumas das respostas a pergunta que norteou esta série: por que compro jogos se não os jogo?

Descubra para que serve o arquivo .mds


Pra isso.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Por que compro jogos se não os jogo? - Parte 2

Continuando a sequência do post "Por que compro jogos se não os jogo?", a pergunta ainda persiste. No post anterior falei das vantagens que o Steam oferece em relação aos produtos piratas. Essa não é a única resposta. Vamos tentar responder uma abordagem diferente.


CONSUMISMO. Sim, exatamente. Já fui chamado diversas vezes por Paolla e Kivia de consumista, porque sempre mostrava a elas os livros que comprava no sebo (olá, ESTANTE VIRTUAL!). Porem os livros que compro, livros físicos, os leio. Realmente estou CONSUMINDO-OS no sentido de UTILIZÁ-LOS. Todavia, quando baixo filmes na internet e armazeno-os no HD externo ao invés de assisti-los, estou apenas ACUMULANDO-OS. Apesar de perceber essa diferença SEMÂNTICA, acredito que ambos tem relação, porque mesmo que não se gaste diretamente com os filmes (ou até livros em .pdf, .epub, etc), há o gasto indireto com eletricidade e provedor de internet. Ambos são uma forma de consumismo.

"Consumismo pressupõe excesso" (LIMA, Túlio. In: Facebook. 2013), mas em que medida podemos mensurar o que é excesso? Esta é uma resposta particular, mas penso que se estou levantando esta hipótese, talvez eu seja mesmo consumista (para os meus padrões).

A Wikipedia, fonte do saber de todo INTERNAUTA, diz que:
"A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário. Já o consumismo se caracteriza pelos gastos excessivos em produtos supérfluos, movidos pela propaganda."
E a banda Titãs, na canção COMIDA, falava sobre o que era necessário:
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte
Na letra são citadas outras coisas, mas vocês já pegaram a ideia. Definir o que é "necessário" não é simples: quem se define, se limita, e nossas necessidades são bastante transitórias. Claro, se você pegar o BASICÃO DA SOBREVIVÊNCIA, teríamos água, ar, comida, teto e, sobretudo, companhias. Porem ninguém quer sobreviver: queremos viver. Vamos deixar isso de lado e focar no que a Wikipédia caracteriza como consumismo: "caracteriza-se pelos gastos excessivos em produtos supérfluos, movidos pela propaganda"

Isso casa perfeitamente com a opinião de um outro gamer: "consumismo é mais o ato de comprar e ter do que de usar" (RIGHI, Diogo. In: STEAM., 2013). Com relação as ofertas do Steam, seu discurso também está em CONSONÂNCIA: "é a oportunidade, a sensação de estar ganhando, levando vantagem".

Vamos analisar a imagem abaixo, que é a home do site do Steam em 20 de Dezembro de 2012, com as promoções de fim de ano. Reparem nas PALAVRAS MÁGICAS.


Aquela que mais aparece é "Promoção": quatro vezes. Para onde você olha (em cima, em baixo, esquerda, direita), você vê PROMOÇÃO. É essa a sensação de estar levando vantagem que RIGHI fala. Temos esta OPORTUNIDADE de adquirir algo por um preço abaixo do padrão. Por que deixar passar? "DESCONTOS" é outro vocábulo relacionado diretamente com promoção.

Outro termo utilizado é "RECOMPENSA": ora, não apenas vou gastar, mas serei recompensado por isso. "Que maravilha!", pensamos instintivamente. Está intimamente ligada a "GRATUITOS". E, por fim, temos "NOVOS", simbolizando o óbvio: novidades, coisas frescas, recém-lançadas, nada antigo ou ultrapassado.

"Se cabe no seu bolso (o barato é relativo), mas não vai ter muita utilização, você comprou por impulso". (FELIPELI, Angela. In: Facebook. 2013).

Baseado nestes argumentos supracitados e no post anterior, estou convicto de que:

a) a plataforma Steam oferece incentivos, através de propagandas, que me motivam (ou seria induz?) a comprar ao invés de piratear.
b) sou consumista.

Essas duas respostas são suficientes para responder "por que compro jogos se não os jogo?". Acredito que não. Certamente ainda há mais razões e estas serão abordadas na próxima parte desta série de posts.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Por que compro jogos se não os jogo? - Parte 1

Steam, pra quem não sabe, é um programa de computador criado por uma empresa, a Valve, com o intuito de combater a pirataria (e ganhar dinheiro, ÓBVIO). Reúne um catalogo ENORME de jogos de diversas produtoras e está sempre fazendo promoções dos mesmos. Promoções mesmo! Jogos abaixo de 10 reais e jogos BONS! Vale a pena utilizá-lo.

Sabendo disso...

Essa imagem mostra os jogos que possuo na Steam (comprados, dados de presente ou de graça)

Todo mundo se considera o centro do universo. Tudo que acontece gira em torno de nós e nós sempre somos melhores que os outros ou temos as desculpas esfarrapadas para nossos fracassos. Por pensar que sou diferente dos demais, me peguei pensando nos amigos que tem videogames e vivem comprando jogos (ORIGINAIS) todo mês, sem nem mesmo terem zerado os que já possuem. "Não vou ser como esses caras", penso. Logo em seguida entro na minha conta do Steam e vejo que existem mais de 10 games que COMPREI e nem os joguei, apenas "abri pra ver como é".  Pra se ter uma ideia, o jogo que mais gastei minhas horas é Rusty Hearts. Um MMO infinitográtis.

Me pergunto então: por que compro jogos se não os jogo?

A primeira resposta que me vem a cabeça é uma outra pergunta: por que eu compro? Afinal, provavelmente, esses jogos existem na internet para baixar. PIRATAS, claro, mas ainda assim existem. Então quais as vantagens que a Steam oferece que me IMPELEM a adquirir o original?

- Jogos de graça, jogos baratos e jogos legais: sem bons jogos, não haveria sucesso. São baratos de verdade (em comparação com os jogos "físicos", aqueles do mercado tradicional, com caixinha, manual do jogo, etc), sem esse lance de promoções falsas que lojas físicas fazem por aí. Um exemplo abaixo: 17 jogos do Sonic por R$25,00. Até jogos que não estão em promoção são mais baratos que os oficiais para os consoles!


- Sem complicação de ir atrás de crack, serial ou até mesmo o jogo dar erro: os males da pirataria são que, vez por outra, o jogo não roda. Outros problemas podem acontecer, tais como: faltar algum arquivo .dll, o serial pirata não funcionar (idem pro keygen) e o arquivo executável, que era pra ser um crack, é apenas um vírus. No Steam é só baixar e rodar. Fim.

- Um único gerenciador para os jogos: caso seu computador EXPLODA, você pode baixar o Steam em outro aparelho e baixar os jogos novamente, sem necessidade de VASCULHAR a internet atrás de jogos ou ficar dependendo de torrents sem seeders

- Facilidade em jogar com múltiplos jogadores: o multiplayer fica mais fácil quando não é necessário instalar nenhum aplicativo de terceiros (estou falando de você, HAMACHI).

- Modo offline: não é necessário acesso a internet para rodar os jogos para um jogador (single player), desde que o game esteja plenamente atualizado.

- A rede social do Steam: nela os jogadores compartilham opiniões e conhecimentos, imagens de jogos, notas dos mesmos, podem se comunicar por chat ou por voz. A plataforma ainda compila informações pessoais sobre os games (horas jogadas, conquistas desbloqueadas, recomendações, etc). Para quem tem, em sua maioria, amigos gamers, pode deletar o perfil do Facebook tranquilamente que não irá sentir falta.

- Possibilidade de salvar os progressos nos jogos na nuvem (caso seu computador EXPLODA novamente).

- Não tem perigo de perder o jogo em uma ENCHENTE ou em um INCÊNDIO, diferente das mídias físicas.

- É limpinho e é legal (dentro da lei).

Estas são algumas das vantagens que consegui compilar sobre o Steam em relação a jogos piratas, mas ainda assim não consegui responder a pergunta inicial: "por que compro jogos se não os jogo?".

Na segunda parte deste post, irei abordar a questão do consumismo. Será que eu compro apenas por que está barato?

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cerveja, Yakult e Minibis

As pessoas estão conseguindo beber cada vez mais, por isso as empresas estão aumentando o tamanho das latas.


Por outro lado, estão comendo menos Bis. Logo criaram essa coisa minuscula chamada Minibis (sério, o Bis já é pequeno!).


O consumo de Yakult se mantem inalterado, então não vemos diferença nas embalagens. Tá longe o dia que veremos Yakult em "litrão".


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Análise das skins Clássica e Faraônica do Amumu a partir de suas Splash Art

De tempos em tempos o pessoal da Riot Games, produtora do jogo League of Legends, lança skins. Estas nada mais são do que uma nova "vestimenta", por assim dizer, a um determinado personagem. Não afeta em nada o poder do herói, mas muda, as vezes drasticamente, os seus efeitos visuais. 

Certas skins são temáticas, ou seja, possuem um tema principal que pode ou não ter a ver com a história do personagem. Descobriremos isso mais tarde. 

Neste post, trataremos das skins Clássica e Faraônica feitas para o personagem "Amumu - A Múmia Triste".


Começando pelo básico: por que esse nome "Faraônico"? Faraó era o título dos Reis do Antigo Egito. Não era apenas uma outra forma de dizer que fulaninho de tal era rei, mas sim que era um rei e isso foi designado pelos DEUSES. O Faraó era considerado uma figura divina entre os seres humanos: uma "desculpa" forte o suficiente para evitar que alguém desobedecesse sua autoridade. Durante o período que reinaram, predominantemente eram homens, porem houve exceções, sendo o caso mais famoso o da rainha Cleópatra.

Vamos começar a analise das imagens? Abaixo é a skin clássica do Amumu, ou seja, a padrão do jogador. Pelo título do personagem, "a Múmia Triste", já infere-se a relação de Múmia com o Egito. Há razão para se pensar isso: os Egípcios não são responsáveis pela criação das múmias, mas aperfeiçoaram bastante as técnicas de mumificação. Para cada extrato da sociedade egípcia, haviam diferentes maneiras de fazê-lo, sendo o do Faraó, da nobreza e dos ricos os de tipo mais complexos (afinal eles tinham mais recursos para gastar, né?). Uma Múmia é simplesmente um cadáver bem preservado (seja de modo intencional ou não). Seu objetivo nada mais era do que preservar o corpo para a vida após a morte, pois acreditavam na imortalidade da alma e esta precisava de um receptáculo para quando fosse necessário voltar.


Mudando um pouco de assunto: essas duas imagens acima são oficiais do League of Legends. Reparou a diferença? Na segunda imagem, que não está mais no site oficial (mas está na net, inclusive no LoL chinês), há um "holograma" com figuras que se assemelham a um homem e uma mulher. Quem seriam eles? A principio pensei que poderia ser a forma humana de Amumu com sua mulher ou irmã. Porem conversando com CINTIA, ela atentou para os seguintes aspectos: o personagem tem voz de criança, é pequenino e tem essa enorme carência por abraços e por amigos. Sendo assim, a imagem representaria a figura paterna e materna de Amumu e, talvez, seja esse o motivo da sua tristeza.

A resposta é: na história original que fizeram sobre Amumu, aqueles eram seus progenitores. Contudo, devido a crença popular que Amumu não era humano, mas sim um Yordle (uma raça do jogo composta por seres pequeninos, que lembra muito hobbits), mudaram a arte do personagem, retirando os humanos da imagem. 


Voltando ao assunto: o cenário que Amumu está inserido é um deserto. Não se vê nenhuma vegetação ao redor: apenas areia. Um deserto não precisa ser necessariamente quente: existem desertos polares (a característica comum a eles é a falta de chuva). Relação com o Egito: deserto do Saara, o segundo maior do mundo. No mundo de League of Legends, o deserto onde Amumu "acordou" foi o de Shurima.

E onde Amumu estava? Exatamente. No canto direito da imagem dá para perceber traços que lembram uma dos lados de uma pirâmide. Como vocês já devem saber, as pirâmides não são exclusividade do Egito: várias outras civilizações da antiguidade possuíam formas arquitetônicas semelhantes. A diferença era o seu objetivo: no caso do Egito, tinham a função religiosa de resguardar o corpo e os tesouros do Faraó, de modo a impedir que estes fossem roubados. As pirâmides contavam com diversos aparatos que visavam impossibilitar os saques, tais como: armadilhas, labirintos, acessos falsos.  

Na magia que Amumu está conjurando em sua mão direita, percebemos vários símbolos egípcios. Vamos a eles:

 

Esse simbolo é um hieroglifo traduzido como a letra Y para nós. O que tem a ver com o Amumu? Nada. Não consegui abstrair nenhum significado.


Essa eu NÃO TENHO CERTEZA! A imagem parece de um pássaro, principalmente por causa do bico. Encontrei esta imagem do deus-falcão Hórus e, na minha concepção é a que mais se aproxima desse simbolo (sugeriram que pode ser o touro Ápis, mas não vi nenhum iconografia parecida). "Hórus, o falcão, pairava acima de todo o país e de seus habitantes e era o símbolo natural do rei que reinava sobre todo o Egito.". Se estou correto, então presume-se que Amumu era uma pessoa MUITO importante antes de se tornar a Múmia Triste.


Não sei o que é isso :( Se alguém souber, deixe ai nos comentários. 

 

O Anel de Shenu (ou Shen) tem o sentido de "rodear" e significa proteção eterna. No League of Legends, o ultimate do Amumu é um circulo que impede que o time adversário avance, proporcionando uma defesa para sua equipe. 

 

O Ankh é símbolo da vida eterna. Os egípcios usavam-na para indicar a vida após a morte, ou seja, ressurreição. Ora, nosso personagem é uma múmia, a personificação da vida eterna.


O Olho de Hórus relaciona-se com o olho esquerdo do deus egípcio de mesmo nome. A Wikipédia diz que é responsável por lidar com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Também significa proteção, coragem e poder. Sentimentos, de tristeza, é o que não faltam a Amumu. Intuição? Hm, acho que não.

Ufa, né? Faltou alguma coisa? Creio que não. 

FALTOU SIM!

A skin faraônica do Amumu! Afinal, como percebemos acima, ela tem tudo a ver com a dinâmica do personagem. Lançada em 2 de Fevereiro de 2010, é uma das skins legacy (legado), custando 520 RP (riot points). Quais os símbolos presentes nesta splash art que não estão na clássica?


Na parede atrás do Amumu vemos desenhos de humanos na parede, respeitando a Lei da Frontalidade (frontalismo). "A Lei da Frontalidade funda-se no princípio de valorizar o aspecto que mais caracteriza cada elemento do corpo humano." Não é como se os egípcios não soubessem desenhar em perspectiva, mas sim que não era o "estilo" da época.



O trono possui uma cobra (ou serpente, não sei a diferença) Naja. Esse adorno na coroa (veja a primeira imagem deste post) é chamado de Uraeus e significa soberania, realeza, divindade e autoridade divina. "A ostentação da uraeus era um símbolo da invencibilidade do faraó e de sua imortalidade". Na mitologia egípcia era representada pela deusa (com cabeça de cobra) Meretseger


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

"Vi no face..."

Um dos meus hábitos é ficar prestando atenção nas conversas dos outros. Principalmente quando estou sozinho. É uma forma de me manter antenado ao que está acontecendo no mundo.


Quarta-feira agora houve uma paralisação do trânsito de Natal devido a uma manifestação da galera dos transportes alternativos. E, claro, muita gente reclamou. Porque, veja só, todos os que reclamaram USAM CARROS. Na minha concepção, protesto só funciona efetivamente se mexer com as pessoas. Senão elas não sabem o que tá acontecendo, o que estão reivindicando, nada. Parar o trânsito em locais que privilegiam o individualismo dos carros frente a coletividade dos transportes (sejam alternativos ou não) é uma forma bastante efetiva.

Mas voltando ao assunto de ouvir conversas dos outros: estava eu na UFRN e um grupo de pessoas falava sobre essa manifestação. Uma das garotas dizia que até o percurso das ambulâncias foi interrompido e pessoas, no plural, morreram por causa do protesto. Um colega dessa menina interpelou, "é sério isso? não tava sabendo..." ao que a garota respondeu "é sim, procura no facebook...".

Longe de desconsiderar as informações que são dadas na rede social, mas muitas, MUITAS mesmo, são dadas sem nenhum embasamento e compartilhadas sem critério. A frase atribuída a Goebbels, o rapaz responsável pela propaganda nazista na segunda guerra mundial, "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade", faz bastante sentido nessas horas. 

Peloamordeapolo, apurem suas informações! Até a Wikipédia é mais confiável que as informações desencontradas no Facebook. Não encontrei em um canto sequer, nos jornais onlines daqui da cidade, menção a estas pessoas que morreram e estavam em ambulâncias (o que só engrossaria o coro daqueles que acharam ruim a manifestação, "eita, uma pessoa morreu, tudo culpa deles!"). Se nem a "imprensa oficial" relatou, fica difícil acreditar. 

A proposito, existe um site MUITO bom chamado e-farsas que procura desvendas essas farsas que as pessoas publicam na internet como se fossem verdade. Recomendo!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Despertador


Antes de dormir, boto meu celular nos locais mais improváveis e difíceis de pegá-lo. Tudo isso para ter uma enorme dificuldade em encontrá-lo quando o despertador toca no dia seguinte. Faço isso para que consiga me manter acordado, mas nunca dá certo, mesmo tendo que por uma cadeira, subir nela e esticar toda minha mão para encontrar o celular que vibra e toca incessantemente EM CIMA DO GUARDA-ROUPA.

Esse esforço é todo em vão, pois logo em seguida dou um cochilo ao invés de ficar acordado (meu objetivo inicial).

E o pior mesmo é, quando acordo, sequer lembro que tinha feito todo esse exercício para encontrar e desligar o alarme. "Como esse celular veio parar debaixo do meu travesseiro?" penso eu.

Nunca tenho a resposta.